Cantor e compositor John Prine morre aos 73 anos, vítima do coronavírus

Considerado um dos compositores mais influentes de sua geração, ele era ídolo de artistas como Bob Dylan

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Reuters

O cantor e compositor country John Prine morreu nesta terça-feira (7), aos 73 anos, vítima de complicações da Covid-19, a doença causada pelo coronavírus. Ele estava internado em um centro médico de Nashville, capital do Tennessee (EUA), em estado crítico desde a última semana de março.

Considerado um dos compositores mais influentes de sua geração, Prine ganhou o Grammy duas vezes e era ídolo de artistas como Bob Dylan e Kris Kristofferson. Teve canções gravadas por Johnny Cash ("Sam Stone") e Bette Midler ("Hello in There").

"Nos unimos ao mundo em luto pela morte do reverenciado cantor e compositor country e folk John Prine", disse a Recording Academy em comunicado por escrito.

O cantor e compositor John Prine se apresenta durante a gala do Songwriters Hall of Fame de 2019 no The New York Marriott Marquis, em junho de 2019 - Angela Weiss / AFP

Nascido em Chicago em outubro de 1946, Prine aprendeu a tocar vioão aos 14 anos, com seu irmão mais velho. Também assistiu a aulas de música na Old Town School of Folk Music.

Após terminar o colegial no subúrbio de Maywood, Illinois, trabalhou como carteiro por cinco anos e tocava em clubes de Chicago.

Mais tarde, ele contaria que algumas de suas canções mais conhecidas foram escritas enquanto andava pelas ruas de Chicago entregando correspondência.

O cantor e compositor Kris Kristofferson viu Prine se apresentando em um clube e reconheceu o talento, o que levou Prine a assinar com a Atlantic Records. Lançado em 1971, o álbum de estréia foi amplamente elogiado pela crítica.

Seu estilo de composição inicial ganhou comparações com Bob Dylan, que mais tarde chamou Prine de um dos seus favoritos.

Prine lançou uma série de álbuns na década de 1970, conquistando grandes audiências e elogios da crítica.

Nos anos 1980, farto da indústria fonográfica, ele fundou sua própria gravadora, Oh Boy Records, lançando álbuns com essa marca pelas próximas décadas.

Ele ganhou o primeiro Grammy em 1991, com o melhor álbum folclórico contemporâneo, por "The Missing Years". Ele venceria um segundo Grammy na mesma categoria em 2005 por "Fair and Square". Em dezembro de 2019, a Recording Academy o homenageou com um prêmio de realização vitalícia.

Prine sobreviveu a um câncer em 1998, passando por uma cirurgia no pescoço e na língua que deixou sua voz com um tom ainda mais profundo e grave. Em 2013, ele foi diagnosticado com câncer no pulmão esquerdo e também se recuperou.

Agora, não resistiu ao coronavírus.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.