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Livros sobre racismo se tornam best-sellers enquanto protestos crescem nos EUA

Obras de não ficção sobre a experiência negra lideram a lista de mais vendidos da Amazon, incluindo títulos infantis

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Jill Serjeant
Los Angeles | Reuters

De “Não Basta Não ser Racista” (Faro Editorial, 192 págs.) a “A Nova Segregação” (Boitempo, 374 págs.), a literatura a respeito da história da discriminação racial nos Estados Unidos está esgotando agora que os brancos americanos buscam se educar enquanto os protestos de âmbito nacional contra a morte de negros desarmados aumentam.

Como a morte de George Floyd, que foi sufocado por um policial branco de Minneapolis, desencadeou mais de uma semana de protestos de rua em vários estados, os americanos em casa estão se voltando a livros, filmes e programas de televisão que explicitam décadas de discriminação.

Livros de não ficção sobre a experiência negra lideram a lista de mais vendidos da Amazon.com, incluindo títulos infantis. Muitos estão esgotados e volumes usados chegam a custar US$ 50 (R$ 255).

No site da Barnes and Noble, oito dos dez best-sellers são livros já publicados anteriormente.

“Isso não acontece todo dia. O primeiro e o segundo mais vendidos no geral na Amazon neste momento são dois livros que desafiam o racismo. Isto são vocês”, disse Ibram X. Kendi, autor de “Como Ser Antirracista” no Twitter nesta semana.

Assim como as manifestações transcendem a cor da pele, os americanos estão procurando e repassando listas de leituras recomendadas a amigos e seguidores por meio de postagens no Twitter e no Instagram.

Kendi, que compilou uma dessas listas para o jornal New York Times no final de semana, escreveu que o objetivo é “confrontar nossas crenças convenientes e nos conscientizar de que ‘eu não sou racista’ é um slogan de negação”.

Os apoiadores também são instados a fazer suas compras em lojas de propriedade de negros ou independentes, uma forma concreta de ajuda.

As recomendações se estendem a filmes e TV, incluindo “Cara Gente Branca”, “Moonlight: Sob a Luz do Luar” e “Faça a Coisa Certa”.

Ava DuVernay, diretora dos dramas de temática negra “Selma: Uma Luta pela Igualdade” e “Olhos que Condenam”, lançou uma plataforma de educação virtual cuja meta é usar tais conteúdos “como um trampolim para uma compreensão mais profunda”.

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