Estrela de 'Ozark', Laura Linney quer usar pijama do Snoopy no Emmy 2020

Atriz conta o que tem feito na quarentena e explica sucesso da série que recebeu 18 indicações ao prêmio

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Sarah Bahr
The New York Times

“Ozark”, da Netflix, se tornou atração obrigatória para muitos dos americanos que ficaram presos em casa durante a quarentena —e agora a série recebeu 18 indicações ao Emmy, o que a deixa empatada com “Succession”, da HBO, como a série com maior número de indicações.

Laura Linney foi indicada como melhor atriz na categoria drama, por interpretar a mãe durona e chantagista-chefe Wendy Byrde. É sua segunda indicação ao Emmy pelo papel e a sétima de sua carreira. Ela já foi premiada quatro vezes, por “Wild Iris”, “John Adams”, “Frasier” e “The Big C: Hereafter”.

“Ozark” está se preparando para sua quarta —e última— temporada, mas Linney diz não saber mais do que os fãs sobre a direção que a história vai tomar. Em julho, ela falou sobre sua recente obsessão com a culinária, o que ela está assistindo na quarentena e a possibilidade de receber um dos grandes prêmios televisivos vestindo pijama. Abaixo trechos editados da conversa.

Onde você estava quando chegou a notícia? Estava em um consultório médico e tinha, francamente, esquecido que aquela era a manhã do anúncio dos indicados. E aí meu telefone disparou.

É estranho receber esse tipo de reconhecimento em um momento em que as coisas andam tão difíceis para tanta gente? É uma inversão completa. Essa deveria ser a principal preocupação de alguém? Não. Mas é bacana que tenha acontecido, para o meu pequeno e isolado grupo de pessoas? Sim.

A audiência de “Ozark” continua a crescer. Qual é o motivo, em sua opinião? Espero que seja porque todos nós —não só os atores, mas os escritores, a equipe de produção e o pessoal técnico— trabalhamos muito bem juntos. E espero que seja porque nós, com o passar do tempo, estejamos melhorando.

Por que você acha que a série atraiu o interesse das pessoas? Em um momento como este, todo mundo está tendo de descobrir quem somos, quem desejamos ser, de que maneira devemos tratar uns aos outros, de que maneira devemos nos tratar —e acho que tudo isso tem alguma coisa a ver com a reação que encontramos. A série também tem muito suspense, e um elenco realmente ótimo.

Como você tem passado a quarentena, até agora? Fico muito tempo na cozinha. E tenho passado muito tempo com minha família, o que é uma coisa muito agradável de fazer mesmo que tenha acontecido por um motivo desagradável. Eu estou tentando dar aulas em casa para o meu filho e procurando maneiras de mantê-lo ocupado.

As aulas em casa estão sendo como você imaginava? Meu filho tem seis anos, ou seja, a escola para ele é o jardim da infância. Passamos muito tempo em nossa vida dizendo para as crianças não ficarem tempo demais na frente de uma tela, e de repente tudo acontece em uma tela. Isso confunde os pequenos.

Laura Linney na série "Ozark"
Laura Linney na série "Ozark" - Divulgação

Você conseguiu experimentar alguma receita nova? Minha amiga Jeanne Tripplehorn me passou uma receita de bolo de chá Earl Grey que é ótima —uma receita do The New York Times. É fantástica.

Qual é sua obsessão no momento? Recentemente tenho assistido “Queer Eye” sem parar. É uma celebração muito maravilhosa e positiva da humanidade —eu fico lá sentada assistindo, e de vez em quando, pulo de alegria do sofá, e comemoro com eles, e depois choro.

Quando vocês enfim conseguirem voltar à produção, acha que o trabalho de vocês em “Ozark” terá uma abordagem diferente do que tinha antes da pandemia? Acho que não, mas a pandemia certamente transformou todos de maneiras que ainda não entendemos. Sei que vou curtir mais o trabalho. E será gostoso poder conviver de novo com as pessoas, quando isso for seguro.

Você tem algum desejo especial para a Wendy, na temporada final? Não, eu nem sonharia sugerir qualquer coisa. O que tiver que acontecer vai me empolgar. Nunca sabemos. Deixamos nossos roteiristas geniais fazerem a magia deles, e descobrimos mais tarde.

Você tem planos especiais para a noite do Emmy? Imagino que não possa ser outra coisa que não virtual, mas poderemos celebrar sentados no sofá. Talvez eu coloque meu pijama do Snoopy.

Tradução de Paulo Migliacci

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