Descrição de chapéu RFI

Jovem brasileira é primeira pessoa a ver 'Mona Lisa' após reabertura do Louvre

Após quatro meses fechado devido à pandemia do novo coronavírus, maior museu da França tem novos visitantes

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Márcia Bechara
França | RFI

A primeira visita que Lisa Gherardini —a famosa mulher retratada na pintura "Mona Lisa"— teve depois de quase quatro meses trancada em quarentena no Museu do Louvre, fechado por causa da pandemia, foi a de uma jovem brasileira.

Juliana Coelho, de 27 anos, estutante bolsista na área de música, em Nice, no sul da França, preparou esta visita com antecedência, mas não sabia que seria a primeira pessoa a ficar cara a cara (e sozinha) com a musa de Leonardo da Vinci. Uma verdadeira proeza celebrada com a família e amigos no Brasil.

Em entrevista à RFI, já no Brasil, para onde regressou ao fim de sua bolsa de estudos, Juliana Coelho conta que foi pega de surpresa pela pandemia ao chegar em Nice, na famosa região da Côte d'Azur. "Passei um semestre lá e logo veio o confinamento. Não consegui viajar para lugar nenhum, fiquei só em Nice. Com a flexibilização, tive vontade de ir a Paris, que não conhecia, era a minha primeira vez na Europa”, explica.

A estudante conta que notou que os museus estavam sendo reabertos, assim como a Biblioteca Nacional da França, onde desejava fazer uma pesquisa. “Eu poderia ter ido conhecer Paris em junho, mas decidi adiar por causa da insegurança, ninguém sabia direito ainda o que ia acontecer. Decidi então marcar para o começo de julho para pegar a reabertura do Louvre, no dia 6. Quando a bilheteria do museu reabriu, entrei correndo no site e comprei meu ingresso para o dia da reabertura, no primeiro horário”, lembra.

"Cheguei uns 20 minutos antes, o museu estava cheio de repórteres, com umas 30 pessoas na minha frente, na fila. Na hora de entrar, peguei uma escada para tentar achar o andar em que estava a 'Mona Lisa' [Pavilhão Denon, dentro do Louvre] e pensei que deveria ir lá primeiro, para pegar mais vazio, antes de fazer o resto do museu”, descreve a musicista.

Normalmente, ver a "Mona Lisa" no Museu do Louvre é quase uma missão impossível dada a multidão de turistas enfurecidos de todas as nacionalidades que se aglomeram em frente ao quadro, com câmeras e celulares de todos os tipos, todos os dias da semana, a qualquer hora do dia.

Pessoas com máscara em frente à quadro de Mona Lisa
Pessoas tiram foto de "Mona Lisa", de Leonardo Da Vinci, no Museu do Louvre, na França, em 23 de junho de 2020 - Charles Platiau/Reuters

Coelho conta que deu de cara na porta da sala onde está exposta a famosa musa de Da Vinci. “Não tinha ninguém ainda, só os seguranças. Era o setor das pinturas italianas. Fui a primeira a ver a 'Mona Lisa', fiquei um tempo sozinha com ela na sala. Uma agente de segurança me interpelou na saída e disse ‘Parabéns, você foi a primeira pessoa a reencontrá-la’”, lembra.

"Por alguns segundos a '"Mona Lisa' foi só minha. Quem imaginaria que eu veria a 'Mona Lisa' a sem ninguém na frente?", comemora.

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