Descrição de chapéu Ao Vivo em Casa Televisão

Cristiana Oliveira critica queimadas no Pantanal e demissões na Globo

Em live, atriz fala dos 70 anos da televisão brasileira e relembra papel de Juma na novela sucesso dos anos 1990

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

No dia em que a televisão brasileira completa sete décadas, a convidada do Ao Vivo em Casa foi a atriz Cristiana Oliveira, 56, eternizada pelo papel de Juma na novela “Pantanal”, que estreou em 1990 na TV Manchete e deve ganhar um remake da Globo no ano que vem. A conversa foi mediada pela jornalista Laura Mattos, colunista da Folha.

Oliveira, que vem denunciando as queimadas no que já atingiram quase 20% de todo o bioma, criticou exageros do governo. “Sou contra pessoas que só pensam no agronegócio, pecuária, e deixam nossa natureza ser destruída”, disse a atriz. “Não adianta exacerbar na economia e daqui a pouco a gente não ter ar para respirar.”

Oliveira afirmou que a novela "Pantanal" mudou sua vida para melhor como ser humano e afirma que a refilmagem da Globo prevista para o ano que vem vai “misturar entretenimento com realidade”. Segundo a atriz, a novela vai comunicar a história para a nova geração. "Principalmente, em meio a essa situação drástica. Quem sabe o vilão não vai ser um fazendeiro que queima seu pasto?”

A atriz Cristiana Oliveira no Ao Vivo da Folha
A atriz Cristiana Oliveira no Ao Vivo da Folha - Reprodução

Oliveira considera que não é justo comparações com a próxima atriz que interpretará a próxima Juma. “A alma da história existe no texto do Benedito Ruy Barbosa, o Bruno Luperi está adaptando porque é nos dias de hoje e a Juma existe no texto do Benedito.”

Com 31 anos de carreira, a atriz já passou por emissoras como Manchete, Globo e Record. Ela relembra que, no início de carreira, na Manchete, havia um ritmo mais lento, mas que havia um desejo entre os envolvidos nas produções para que tudo desse certo.

Acostumada a gravar no máximo 20 cenas por dia, Oliveira penou para se acostumar com o ritmo da Globo, a Hollywood brasileira, quando entrou em 1992. “Cheguei a gravar 55 cenas em um dia, a minha interpretação ficou comprometida”, contou ela que disse que à época a autora Glória Perez chamou sua atenção. “Ela me disse ‘sei que você veio da Manchete, está acostumada com outro ritmo, mas você tá precisando de vida na tua personagem'.”

Oliveira, que trabalhou na emissora durante 22 anos, comentou as recentes demissões de astros, como Tarcísio Meira, Glória Menezes, Antonio Fagundes e Renato Aragão. “O pensamento da Globo é como uma empresa, mas isso é frio demais, a gente está lidando com patrimônios da TV brasileira, que eles sejam até negociados, mas fiquem. Usem os veteranos na televisão, eles são importantes.”

Em relação ao aniversário de 70 da televisão brasileira, ela disse desejar que nunca acabe. “[Espero] que continue escolhendo cada vez mais histórias verdadeiras, que continuem atingindo o coração das pessoas, a TV tem que continuar com as histórias não só entretendo como atraindo. Não estamos num momento só do entretenimento, mas da conscientização, de rir de si mesmo, tomara que nunca morra”, disse.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.