Mario Frias passará a controlar redes sociais de todos os órgãos da Cultura

Postagens de Ancine, Iphan e demais vinculadas deverão passar por crivo do secretário

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São Paulo

Em ofício enviado às instituições vinculadas à Secretaria Especial da Cultura, Mario Frias informa que todos os posts em redes sociais, sites e portais oficiais deverão ser previamente enviados ao secretário, para que ele avalie e, se for o caso, autorize o material.

A solicitação vale para a Ancine, a Agência Nacional do Cinema, a Biblioteca Nacional, a Fundação Casa de Rui Barbosa, a Fundação Cultural Palmares, a Funarte, a Fundação Nacional de Artes, o Ibram, o Instituto Brasileiro de Museus, e o Iphan, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O ofício foi enviado na última sexta (4).

Editais, chamamentos públicos e outros instrumentos como acordos de cooperação também deverão ser previamente remetidos à secretaria.

O documento também traz que nomeações, exonerações e outras requisições que envolvam cargos comissionados e funções de confiança devem ser remetidas à Secretaria Especial da Cultura, que então encaminha para o gabinete do ministro do Turismo, pasta à qual a Cultura é subordinada.

Segundo o ofício, as solicitações se amparam no decreto 10.449, de 7 de agosto de 2020, que põe em vigor o papel da secretaria de supervisionar as entidades vinculadas ao setor da cultura.

Na semana passada, o perfil oficial do governo, o SecomVC, postou vídeo estrelado por Mario Frias, parte de uma campanha dedicada a heróis nacionais e ao que a peça chama de "bela e grandiosa" história do Brasil. O material foi alvo de críticas e paródias do humorista Marcelo Adnet. O secretário e o perfil se posicionaram na redes sociais, atacando o ator da TV Globo.

Em publicação no Instagram, Frias diz que Adnet é um “garoto frouxo e sem futuro”, uma “criatura imunda”, “crápula” e “Judas”.

Depois das críticas que o secretário especial da Cultura dirigiu ao humorista, o SecomVC afirmou no Twitter que "infelizmente, há quem prefira parodiar o bem e fazer pouco dos brasileiros".

O perfil oficial do órgão escreveu, ao lado de uma foto de Adnet, mas sem mencionar seu nome, que não imaginava que a campanha lançada nesta semana em celebração do Dia da Independência "causaria reações maldosas".

Após o perfil oficial do governo ter criticado Marcelo Adnet por ter parodiado vídeo de campanha da Secretaria Especial da Cultura, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse que resposta ao humorista foi "um equívoco, porque ajudou o Adnet".

"Eu acho que em nenhum momento era para ter colocado ele na vitrine", disse Faria em entrevista ao programa "Pânico", nesta terça-feira (8).

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