Guitarrista virtuoso, cara de garotão. Assim foi descrito Eddie Van Halen pela Folha, em 1983, quando a banda veio se apresentar no Brasil.
O músico morreu nesta terça-feira (6), aos 65 anos, vítima de câncer na garganta.
E como essa flamboyant estrela do heavy-metal chegou ao país, há quase 40 anos? Dormindo.
É o que relata o jornalista Pepe Escobar no texto publicado na Folha em janeiro daquele ano.
Mas também nao era para menos. O repórter relatou o que chamou de "rock-odisseia latina", repleta de "imbróglios tropicais" —a demorada e buracrática viagem da banda Van Halen em meio a uma turnê que passava pela América Latina. No Galeão, os integrantes tiveram que carregar malas pesadas, enfrentar a alfândega e esperar mais de duas horas pelo seu vôo para São Paulo, onde fariam três shows.
Em compensação, experimentaram guaraná —"muito saboroso", disse David Lee Roth.
Eddie Van Halen, segundo a reportagem, era o mais animado da trupe. Ele havia acabado de ser eleito, pela quarta vez, o melhor guitarrista de rock pelos leitores da revista Guitar Player.
"É verdade que tenho recebido muito cumprimentos nos últimos anos, de Carlos Santana, Andy Summers, do Police, e até de Frank Zappa, que sempre admirei. Ele disse que eu tinha 'reiventado a guitarra elétrica'. Não é tanto assim", disse Eddie à Folha.
Considerado um dos melhores e mais influentes guitarristas da história do rock, o holandês Eddie Van Halen formou a banda Van Halen na Califórnia em 1972 com seu irmão, Alex, na bateria, Michael Anthony no baixo e David Lee Roth nos vocais. Wolfgang, o filho de Eddie, se tornou baixista da banda em 2006.
Eddie Van Halen foi o principal compositor do álbum de estreia do grupo em 1978, que o levou ao estrelato do rock com músicas como "Runnin' with the Devil" e "On Fire".
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