Restauradores usam seringas para salvar afrescos de 700 anos de Giotto na Itália

Pinturas capela de Assis retratam cenas da vida Maria Madalena e Lázaro ressuscitado por Jesus

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Reuters

Ultimamente, seringas medicas estão sendo usadas em Assis, cidade no centro da Itália. Mas, isso não tem nada a ver com a pandemia: os restauradores estão usando-as para salvar afrescos inestimáveis de 700 anos de idade de Giotto.

Eles quase já concluíram o projeto que dura um ano para limpar e consolidar os afrescos da Capela da Madalena, situada na capela inferior da basílica de São Francisco de Assis, que abriga a tumba do santo do século 13.

Os afrescos retratam cenas da vida de Maria Madalena, incluindo uma na qual Jesus ressuscita Lázaro.

Vários anos atrás, durante um exame dos afrescos, o restaurador-chefe, Sergio Fusetti, ouviu sons ocos ao lhes aplicar batidas suaves, o que indicava que a argamassa que os segura estava se soltando lentamente das paredes.

Autoridades decidiram realizar a primeira restauração dos afrescos em quase 50 anos.

“Após a limpeza, fazemos a consolidação. Isto é realizado fazendo pequenos furos e usando uma seringa plástica, o mesmo tipo usado para injeções de remédios em nós mesmos. Injetamos um aderente de resina acrílica”, explicou Fusetti.

“Depois, eliminamos a antiga miscelânea de restaurações anteriores que foram malfeitas ou feitas com argamassa. Nós as refazemos usando somente areia e cal e depois vamos à fase final, a estética, que é feita exclusivamente com aquarelas.”

A basílica de Assis é um local de peregrinação para fiéis e também para artistas e estudantes de história da arte, já que contém cerca de 10 mil metros quadrados de afrescos de Giotto e outros mestres, como Cimabue, Simone Martini e Pietro Lorenzetti.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.