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Editor Carlos Andreazza deixa o grupo Record para se dedicar ao jornalismo

Rodrigo Lacerda substitui o editor-executivo, que se notabilizou por publicar autores ligados ao campo conservador

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São Paulo

O editor Carlos Andreazza está de saída da Record, um dos maiores grupos editoriais do país, onde ocupava a posição de editor-executivo. Ele será substituído por Rodrigo Lacerda, que tem longa carreira na edição e tradução de livros.

Andreazza pretende se dedicar integralmente ao jornalismo, sua formação original, segundo a editora.

Ele mantém uma coluna no jornal O Globo e foi contratado há pouco pela rádio CBN, também do Grupo Globo, para ser âncora de um novo programa com estreia prevista para fevereiro e para assumir o CBN Rio. Por isso, também anunciou na semana passada sua saída da BandNews FM.

carlos andreazza
O editor Carlos Andreazza em evento na Livraria Cultura, em 2016 - Bruno Poletti/Folhapress

Andreazza se notabilizou como editor de autores de viés liberal e conservador na Record, onde era responsável pelas áreas de não ficção e literatura brasileira.

Publicou obras de nomes como Olavo de Carvalho e Rodrigo Constantino, mas também autores mais à esquerda, como Ricardo Lísias —incluindo o "Diário da Cadeia" que escreveu sob o pseudônimo de Eduardo Cunha, numa decisão que foi alvo de disputa judicial.

Andreazza, aliás, sempre foi um dos mais vocais defensores da liberdade de expressão para biografias não autorizadas antes da decisão do Supremo Tribunal Federal de 2015 que garantiu sua liberação.

Na mesma nota em que anunciou a saída do editor-executivo, a Record comunicou a contratação de Rodrigo Lacerda, que dirigiu a prestigiosa coleção Clássicos Zahar e editou a obra completa de Machado de Assis.

Como tradutor, foi premiado com o Jabuti por "Hamlet" e "O Conde de Monte Cristo", esta com André Telles, e, como autor, obteve a distinção por "O Fazedor de Velhos" e "O Mistério do Leão Rampante".

Em nota, a presidente da editora, Sonia Jardim, agradeceu a Andreazza por desempenhar o papel de editor "com grande excelência" e afirmou que Lacerda é "um nome do primeiro time do mercado editorial". "Certamente conseguirá imprimir sua marca, sem perder de vista os valores da editora Record, que preza pela diversidade de pensamento e pelo debate.”

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