O Festival de Cinema de Gotemburgo, o maior da Escandinávia, decidiu fazer a edição deste ano num formato inusitado. Devido à pandemia de coronavírus, ele está sendo realizado numa ilha isolada, com a presença de apenas uma participante.
A enfermeira sueca Lisa Enroth foi escolhida entre 12 mil candidatos para ser a espectadora solitária. Desde o dia 30 de janeiro, ela está isolada na ilha de Hamneskär, na Suécia, onde vai ficar uma semana assistindo a todos os 70 filmes da competição.
Fã de cinema, Enroth tem 41 anos e disse que apresentou sua candidatura para fugir da rotina tumultuada que leva há quase um ano no pronto-socorro de um hospital. “Esta é uma ótima oportunidade para relaxar e refletir sobre o ano que acaba de passar”, disse à AFP.
O único contato que a enfermeira tem com o mundo é por meio de um diário em vídeo que aparece no site do festival. Há, porém, uma outra pessoa na ilha por motivos de segurança.
Hamneskär é uma ilha rochosa com 250 metros de comprimento e 150 metros de largura, localizada na costa oeste da Suécia. Com um farol vermelho icônico, chamado "Pater Noster", ela só pode ser alcançada de barco ou helicóptero.
Segundo os organizadores desta edição do Festival de Gotemburgo, Enroth conseguiu a única vaga por causa de seu status de heroína contra o coronavírus.
“Nestes tempos turbulentos, é bom poder oferecer esta experiência única a um dos muitos heróis do sistema de saúde que trabalham tanto contra a Covid-19”, disse Mirja Wester, chefe do festival.
Neste ano, os filmes selecionados também serão exibidos no site do evento. O Festival de Cinema de Gotemburgo começou na sexta-feira (29) e vai até o dia 8 de fevereiro.
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