Morre o cineasta cubano Juan Carlos Tabío, diretor de 'Morango e Chocolate'

Morte acontece menos de uma semana após a de Enrique Pineda Barnet, outro renomado cineasta de Cuba

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Belo Horizonte

O cineasta cubano Juan Carlos Tabío, um dos diretores do icônico filme "Morango e Chocolate" —sobre o drama vivido pelos homossexuais durante a Revolução Cubana —morreu nesta segunda-feira (18), aos 77 anos, em Havana.

Homem falando ao microfone
Cineasta cubano Juan Carlos Tabío fala durante entrevista coletiva em Havana em 2011 - Adalberto Roque / AFP

O anúncio foi feito pelo Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográficos, o ICAIC, sem especificar a causa da morte.

“Na madrugada de segunda-feira, 18 de janeiro, morreu em Havana o cineasta Juan Carlos Tabío, figura importante da cinematografia nacional e autor de obras reconhecidas pelo público e pela crítica”, disse o portal Cubacine, do ICAIC.

Autor de "Se Permuta" e "Plaff", Tabío foi vencedor do Prêmio Nacional de Cinema em 2014 e codiretor dos filmes “Morango e Chocolate”, de 1993, e “Guantanamera”, de 1995, com Tomás Gutiérrez Alea —que é considerado o mais importante cineasta de Cuba.

"Morango e Chocolate" concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 1995, com um enredo sobre as perseguições e internações em campos de trabalhos forçados vividas por homossexuais nos primeiros anos da Revolução Cubana.

A morte de Tabío acontece menos de uma semana após a do também renomado cineasta cubano Enrique Pineda Barnet, que morreu na última terça-feira (12), aos 87 anos, em Havana.

Reconhecido internacionalmente por dirigir "A Bela de Alhambra", o primeiro filme cubano a ganhar o prêmio Goya, uma espécie de Oscar espanhol, em 1990, Barnet também foi coautor do roteiro de “Soy Cuba”.

Dirigido pelo russo Mikhail Kalatozov, o filme de 1964 chegou a ser considerado um “esplêndido fracasso” pela forma como a equipe soviética retratou o temperamento afro-caribenho dos cubanos. Mas sua excelência cinematográfica atraiu a atenção de grandes cineastas.

Com movimentos de câmera exuberantes e planos-sequência impressionantes, "Soy Cuba" é considerado uma obra-prima por gigantes como Martin Scorsese e Francis Ford Coppola.

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