Morreu, nesta quarta-feira (3), a escritora Maria Lúcia Alvim, aos 88 anos. De Araxá, em Minas Gerais, a autora vivia em Juiz de Fora, no mesmo estado, e é irmã de Maria Ângela Alvim e de Francisco Alvim, também poetas contemporâneos brasileiros.
Maria Lúcia Alvim estava internada com um quadro de Covid-19 e foi intubada no último final de semana.
Seu título mais recente, "Batendo Pasto", publicado em agosto de 2020 pela editora Relicário e elogiado pela crítica, foi escrito ainda em 1982.
O livro foi resgatado de um manuscrito que a escritora havia deixado para Paulo Henriques Britto com instruções para publicar só depois de sua morte.
Antes de "Batendo Pasto", a autora havia publicado outros cinco livros, o primeiro deles em 1959. Ela acabou sendo convencida por Britto e Ricardo Domeneck a permitir a publicação do título, seu primeiro inédito em 40 anos.
"A apresentação de 'Batendo Pasto' diz que a obra da Maria Lúcia não fez parte de nenhum grupo específico dentro da poesia brasileira, então, talvez, isso tenha contribuído para a poesia dela ficar um pouco relegada", diz Maíra Nassif, editora da Relicário.
"Mas isso também diz de uma poesia muito original, que tem uma abertura para incorporar formas diversas."
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