Valter Hugo Mãe, expoente da literatura contemporânea de língua portuguesa, disse neste domingo (14) que não irá participar da Bienal do Livro do Rio de Janeiro, marcada para o início de dezembro, ao contrário do que havia anunciado a organização do evento.
O escritor português estava confirmado, na programação do evento, para uma mesa de debate com o líder indígena Ailton Krenak sobre como a língua interefere em conflitos como desterros e genocídios.
O autor explicou no Instagram que estava negociando sua participação com os organizadores, mas que não houve um acordo. Ele diz não acreditar que a Bienal do Livro tenha agido de "má-fé", mas que se precipitou.
"Não foi prudente abrir meu nome, porque de facto eu manifestei vontade de ir, mas fiquei à espera do convite formal e de avaliar as condições que teria de viajar. Inclusive, minhas condições de saúde."
A Bienal do Livro não esclareceu como o erro se deu, mas lamentou, em nota, o mal-entendido. "O autor sinalizou com entusiasmo seu interesse em participar, com a concordância e envolvimento de suas editoras de Portugal e do Brasil, mas as tratativas infelizmente não evoluíram."
O escritor também lamentou pelos leitores que haviam comprado ingressos para vê-lo no evento e adiantou que pretende regressar em breve ao Brasil.
A Bienal do Livro do Rio de Janeiro, no Riocentro, vai de 3 a 12 de dezembro com a presença de 50% do público e a exigência do passaporte da vacina.
Na programação, há nomes como a argentina Mariana Enríquez, autora do romance fantástico "Nossa Parte de Noite", e Julia Quinn, do megasucesso "Os Bridgertons", além de Matt Ruff, de "Lovecraft Country".
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