Maestro Ira Levin é exonerado do Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Nomes dos novos regente titular e diretor artístico ainda estão sendo definidos

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Belo Horizonte

O maestro americano Ira Levin, diretor artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, foi exonerado da instituição nesta segunda-feira (13).

Ele ingressou no teatro em 2019, como regente da Orquestra Sinfônica do Municipal, e ocupava o cargo de diretor artístico desde agosto do ano passado.

O maestro americano Ira Levin, no Theatro Municipal em São Paulo, em foto de 2002 - Gustavo Roth/Folhapress

Levin regeria, nesta sexta (17), o concerto "Série Mozart" com a Orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O concerto não foi desmarcado, mas terá como regente interino o violinista Carlos Mendes.

Em nota, a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro afirma que "Ira Levin foi um profissional que muito contribuiu durante a sua passagem pelo Theatro" e que "os nomes do novo maestro titular e diretor artístico ainda estão sendo definidos pela Fundação Teatro Municipal em conjunto com os corpos artísticos".

De portas fechadas há quase dois anos por causa da pandemia, o Municipal do Rio de Janeiro reabriu no fim de outubro. Problemas estruturais se agravaram durante a pandemia. Os camarins estão depredados, a cortina, rasgada, e os dutos de ar-condicionado, imundos.

No mês passado, em respostas a queixas de que estaria passando a maior parte do tempo fora do Rio de Janeiro, regendo outras instituições, Levin disse a este jornal que lutava para salvar a instituição, da qual teve de se afastar durante a pandemia. Mesmo assim, afirma ter elaborado toda a programação do Municipal.

"Eu comprei agora na pandemia um apartamento no Rio, mas ainda está em obras", afirmou. Até 14 de novembro, porém, ele rege a ópera "Os Sete Pecados Capitais", no Theatro São Pedro, em São Paulo. "Não aceito nenhuma crítica", disse ao repórter.

Levin foi diretor artístico e musical do Theatro Municipal de São Paulo, esteve à frente da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, em Brasília, foi regente convidado no Theatro Colón, em Buenos Aires, além de ter atuado nas principais casas de ópera de Bremen e Dusseldorf, na Alemanha.

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