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'As Agentes 355' é pura porrada, mas Penélope Cruz sai da mesmice

Filme que traz mulheres de diversas nacionalidades reverencia o feminino, apesar de ser dirigido por homem

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As Agentes 355

  • Elenco Jessica Chastain, Penelope Cruz, Lupita Nyong’o, Diane Kruger
  • Produção EUA, 2021
  • Direção Simon Kinberg

O mar está mesmo para espiões neste verão. Após os lançamentos de "007 - Sem Tempo para Morrer" e "King’s Man: A Origem", estreia agora mais um filme em que agentes secretos correm o mundo atrás de um vilão prestes a destruir a Terra com uma terrível arma ultratecnológica.

A diversidade não é só um conceito correto, ela também traz público e, desta vez, é uma equipe de mulheres que vai impedir a devastação do planeta. Para diversificar melhor, elas também têm várias nacionalidades.

A agente americana Mace Brown, vivida por Jessica Chastain, junta forças com a espiã alemã Marie, papel de Diane Kruger, e a especialista em computadores britânica Khadijah, interpretada por Lupita Nyong’o. A terapeuta colombiana Graciela, papel de Penélope Cruz, se une a elas e, na segunda metade do filme, ainda chega a chinesa Lin Mi Sheng, vivida por Bingbing Fan. Todas foram desgarradas de suas agências e organizações e agora trabalham por baixo do pano.

A super-arma que elas têm de recuperar é realmente temível. No início, sobra até para o Brasil. Os homens também, quase todos eles são cruéis e traiçoeiros. E a violência corre solta na produção.

Mas o que eleva o padrão desse filme é Penélope Cruz, uma psicóloga sem nenhum treinamento que é enviada para convencer um espião em campo e acaba envolvida com as agentes experientes. Cruz construiu uma personagem que traz o alívio cômico e permite que o espectador se identifique na tela, já que nem todos que vamos ao cinema somos experts em armas e assassinatos.

A agente 355 que dá nome ao filme é um resgate histórico dos idos da Revolução Americana de 1766. Era uma espiã real que fazia parte de uma equipe, sob as ordens de George Washington, que descobriu informações vitais a respeito dos movimentos das tropas britânicas para os generais americanos.

O nome dessa mulher nunca veio a público e ela sempre foi conhecida pelo seu codinome agente 355. Em entrevista de divulgação do filme, Jessica Chastain, que também é a produtora, comentou o assunto.

"O título é muito importante porque há tantas mulheres que trabalharam incansavelmente nos bastidores, independentemente da área, e que nunca foram reconhecidas. Mesmo quando você procura nos livros, é muito raro encontrar histórias de mulheres e o que elas fizeram. Então, ‘As Agentes 355’ tira o chapéu para todas as mulheres que não foram reconhecidas e amplia seus poderes, suas forças e suas realizações. É uma forma de dizer ‘obrigada’."

A obra, no entanto, é dirigida por um homem. Simon Kinberg é um produtor e escritor de diversos sucessos, trabalhou na franquia dos X-Men e agora se aventura pela segunda vez na direção, com um resultado melhor do que no decepcionante "Fênix Negra", de 2019.

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