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FBI prende acusado de roubar manuscritos de Margaret Atwood

Italiano utilizava endereços de emails falsos para enganar autores e funcionários do mercado editorial

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São Paulo

Um cidadão italiano acusado de roubar centenas de manuscritos inéditos —incluindo de autores vencedores do prêmio Pulitzer, como Margaret Atwood— foi preso pelo FBI nesta quarta quando chegava ao aeroporto JFK, em Nova York, segundo os jornais The New York Times e New York Post.

A escritora Margaret Atwood
Margaret Atwood, escritora e autora de 'O Conto da Aia', em retrato de 2019 - Arden Wray/NYT

Filippo Bernardini, um funcionário da editora London’s Simon & Schuster UK, foi acusado por cometer fraude e roubo qualificado em virtude do esquema que perdurava pelo menos desde agosto de 2016, de acordo com o procurador do distrito sul de Nova York.

Entre os autores vítimas do acusado estão Sally Rooney, Kiley Reid e Ethan Hawke, além de Margaret Atwood, autora do famoso romance "O Conto da Aia", que inspirou a série homônima.

Segundo as autoridades policiais, para meter as mãos nos manuscritos, Bernardini entrava em contato com autores e agentes literários se passando por editor de diversas casas editoriais através de endereços de email falsos. Mudando poucas letras do endereço original, ele dificultava o reconhecimento da autenticidade. Ao todo, foram mais de 160 endereços falsos que enganaram profissionais da cadeia editorial.

Os investigadores acreditam que Bernardini tinha interesse em obter informações privilegiadas para fazer negócios e fechar acordos de filmes e programas de televisão antes de outros empresários do ramo. Ele não publicava os textos extraviados.

Um porta-voz da Simon & Schuster disse em nota que a editora estava "chocada e horrorizada" com as acusações e que suspendeu Bernardini até que surjam informações novas sobre o caso.

"O resguardo da propriedade intelectual de nossos autores é de grande importância para a Simon & Schuster, e para todo o mercado editorial, e agradecemos ao FBI por investigar esse incidente e apresentar acusações contra o suposto infrator", diz o comunicado da editora.

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