Louvre tem 70% de queda de visitantes em 2021 em relação ao pré-pandemia

Apesar de recuperação do fluxo do público ao longo do ano, nova variante ômicron gera mais incertezas

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São Paulo | AFP

O Museu do Louvre, em Paris, o maior do mundo, registrou em 2021 uma nova queda de visitantes, devido à Covid-19, que chegou a 70% em relação a 2019, um ano antes da pandemia. Esse percentual é quase o mesmo de 2020, quando a frequentação despencou 72%.

A recuperação do fluxo de público começou a ser observada no final do ano, mas, com a chegada da variante ômicron e a retomada de restrições, as incertezas voltaram ao mundo cultural francês.

Público usando máscaras à espera da entrada no museu do Louvre, em Paris, em outubro de 2021 - Kevin Coombs/Reuters

O Louvre ficou fechado por cinco meses em 2021, de 1º de janeiro a 19 de maio, devido à crise sanitária. Ao longo do ano, recebeu 2,8 milhões de visitantes, ou seja, 100 mil a mais do que em 2020, mas uma queda abismal em comparação com os 9,6 milhões de 2019.

Em 2018, o Louvre registrou seu público recorde –10,2 milhões de pessoas.

O museu, que abriga a "Mona Lisa", de Leonardo da Vinci, entre outras obras-primas, ficou 194 dias aberto em 2021. A partir de outubro, o número de visitantes começou a se normalizar e, entre os meses de outubro e novembro, recebeu mais visitas do que durante o verão europeu de 2021, temporada de inverno no Brasil.

Assim como em 2020, esses visitantes foram, em sua maioria, franceses (61%) e, destes, 28% parisienses. Por nacionalidade, o percentual de visitantes foi 6,2% de americanos; 6% de alemães; 4,4% de italianos; 4% de espanhóis; 3,2% de holandeses; 2,1% de britânicos; e 2,1% de belgas. Praticamente não houve visitantes de países asiáticos. Uma parcela de 20% dos visitantes era menor de 18 anos. A entrada do Louvre é gratuita para jovens franceses e da União Europeia.

A queda do número de visitantes significou uma redução drástica do caixa, de € 80 milhões (cerca de R$ 510 milhões), em relação a 2019.

O Estado francês destinou um total de € 110 milhões de euros, o equivalente a R$ 705 milhões, ao Louvre para compensar essas perdas e relançar as atividades do museu. Outros € 6 milhões de euros, ou R$ 38 milhões, chegarão em 2022, informa a entidade.

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