Bruna Marquezine, que está prestes a estrelar o filme "Besouro Azul" da DC Comics, sua primeira oportunidade em Hollywood, segue enfrentando barreiras dentro da indústria, mas também fica à mercê de críticas nas redes sociais que expressam uma patrulha sobre seu corpo.
"Sempre houve, sempre existiu. Seja criança, seja adolescente, sempre ouvi comentários sobre o corpo na família. Não venho de um lar feminista, consciente desse lugar", lembra ela, em entrevista à Folha.
A última polêmica foi recente. Durante a semana de moda em Paris neste ano, usou um vestido transparente que, como é possível ver em vídeo publicado em seu Instagram, deixava seus seios à mostra. Não demorou para que usuários criticassem o look.
Em seguida, Marquezine distribuiu então uma série de respostas no Twitter. "Relaxa, machista. A minha fama aqui é de atriz, modelo, fashionista, influenciadora, gente boa, gentil, educada, divertida e de uma baita de uma gostosa!", escreveu.
"[Esses comentários de] 'vão achar que é uma vagabunda', 'vai sair que nem puta?', 'você é pra casar' —todo mundo que conheço cresceu ouvindo isso. Então, essa resposta [ao comentário do usuário] eu dei gargalhando. A gente estava muito feliz, sabia da série que acabamos de vender, do filme [da DC Comics]", relembra ela.
"Quando vejo um comentário daquele já sei [que vão ocorrer comentários], e isso não é um problema. Tanto que não deixo de usar sabendo que esses comentários vão surgir", afirma, sugerindo que as redes sociais hoje funcionam para trazer mais evidência para esse tipo de problema na socidade.
"Chega a ser patético repetir algo tão óbvio, ter de explicar isso para um homem criado, que ele não tem direito a opinião a nada sobre meu corpo", defende a atriz. "A forma como me visto pode dizer muito sobre mim, mas não sobre como devo ser tratada. Tive vontade de rir, mas já transcendi isso? Não, tem de ver ainda como um problema. O 'machista do caralho' veio porque me achei gentil demais na primeira resposta.
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