Descrição de chapéu Moda

Sensualidade toma o Lollapalooza com looks transparentes e psicodélicos

Os 'lollapaloozers' quiseram botar o corpo para jogo na volta do festival depois de dois anos de isolamento

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Os "lollapaloozers", como são conhecidos os frequentadores do Lollapalooza, quiseram botar o corpo para jogo com looks repletos de transparência e psicodelia na primeira edição do festival desde o início da pandemia.

Os mais ousados escolheram os tecidos de tule ou de laise, repleto de furinhos, que caem justos sobre o corpo e demarcam todas as curvas da silhueta. Foi uma aposta vista tanto entre os homens quanto entre as mulheres, que recorreram a um tapa-mamilos, normalmente no formato de estrela, para compor o look.

Transparência vira tendência de moda no Lollapalooza
Transparência vira tendência de moda no Lollapalooza - Rubens Cavallari/Folhapress,

É uma tendência que já vinha em alta na moda, com desfiles tomados não só por transparências, mas também por fendas, nas passarelas de Nova York, Londres, Milão e Paris. A diferença é que, antes restrita à noite, agora a ousadia também parece desfilar sob o sol do meio-dia.

A empresária Bruna Alcântara, que desfilou pelo Lolla neste sábado sem medo de mostrar o corpo, diz que um look de tule como o seu, inspirado por Kim Kardashian, é uma resposta à quarentena que nos trancou por meses dentro de casa.

É, para ela, que veio de Manaus para o festival em São Paulo, a reconquista do direito à diversão —e também da autoestima. "Nos últimos dois anos, não saí de casa. Gosto de me sentir exposta, porque demorei muito tempo para me sentir confiante em relação ao meu corpo e, agora, quero mostrar."

A empresária Bruna Alcântra desfila no Lollapalooza 2022 com look repleto de transparência
A empresária Bruna Alcântra desfila no Lollapalooza 2022 com look repleto de transparência - Pedro Martins/Folhapress

Sua visão é amparada pelo sociólogo Dario Caldas, diretor do Observatório de Sinais, um birô que acompanha o surgimento e a queda de tendências. "A moda atual está muito sexualizada. Ela aponta para o pós-pandemia, em que todos querem voltar a ser sexy e botar para quebrar", afirma.

As estampas psicodélicas não ficam para trás no que diz respeito à sensualidade. Num resgate do estilo tie-dye, que surgiu nas décadas de 1960 e 1970, elas podem ser —e normalmente são— combinadas com transparências.

É um estilo que, quase sempre coladinho no corpo, traz formas geométricas distorcidas e embaladas por uma atmosfera hippie e alucinógena, o que no Lolla apareceu em camisetas, blusas, vestidos, calças, saias e até nos croppeds, tão famosos na internet.

Houve, ainda, um resgate do trompe l’oeil e suas cores vibrantes. Invenção do francês Jean Paul Gaultier nos anos 1990, é um estilo marcado por ilusão de ótica, com a sensação de que a pessoa está usando uma roupa sobre a outra.

A estampa foi vista no Lolla sobretudo em bodies que a estilista Pamela Madlangbayan criou numa parceria com a varejista chinesa Shein, que fez sucesso nas redes sociais depois de ter sido usada por Jade Picon no Big Brother Brasil. Talvez tenha sido ela, afinal, a grande inspiração dos "lollapaloozers".

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.