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Coleção Folha traz obra sobre estudos afro-brasileiros do baiano Edison Carneiro

Livro 'Ladinos e Crioulos' mostra como o sentido histórico é complementado nas etnografias vivenciais do autor

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São Paulo

A Coleção Folha Os Pensadores traz, no próximo domingo (17), a obra de um dos maiores etnólogos de nosso país, especializado em temas afro-brasileiros: "Ladinos e Crioulos: Estudos sobre o Negro no Brasil", do baiano Edison Carneiro (1912-1972).

Amigo do escritor Jorge Amado e do pintor Carybé, o ensaísta dá nome ao Museu de Folclore localizado no Rio de Janeiro, devido à sua atuação fundamental nessa área. Trabalhou, entre outros locais, no Conselho Nacional de Folclore, na Comissão Nacional de Folclore, vinculada à Unesco, e nas sociedades de folclore do México, Argentina e Peru.

Na apresentação do livro, Raul Lody conta que, "em 'Ladinos e Crioulos', publicado em 1964, Edison Carneiro reúne textos escritos em diferentes momentos, tendo como eixo as relações África/Brasil, e lhes dá um sentido histórico que é complementado nas experiências baianas, em verdadeiras etnografias vivenciais".

capa de livro
'Ladinos e Crioulos', texto do etnólogo brasileiro Edison Carneiro, é o 27º volume da Coleção Folha - Os Pensadores - Reprodução

Para Lody, a obra "quer mostrar o mergulho do autor na costa africana e na costa brasileira –as rotas da escravidão, os portos, os povos da Mina– nos desejos de interpretar Aruanda, uma terra construída a partir de Luanda, do porto de Luanda em Angola, como um quase paraíso, marcando o desejo do retorno, de voltar à África".

Ele diz ainda que "os documentos e os textos de pesquisa revelam o compromisso de Edison Carneiro com a Bahia. Ele busca o Brasil, mas reafirma e expõe Salvador, o candomblé, as matrizes africanas permanentes em um amplo olhar sobre a afro-descendência".

"Durante a escravidão, chamava-se novo ou boçal o negro recém-chegado da África, aturdido com o tipo de sociedade que encontrava aqui, incapaz de exprimir-se senão na sua língua natal e ainda distinguível pelas marcas tribais que trazia no rosto", explica Carneiro, referindo-se ao título da obra.

"Desse estágio inicial o negro africano passava a ladino, após acostumar-se ao português, ao trabalho nas fazendas ou nas minas, ao serviço doméstico, à disciplina da escravidão e às artimanhas dos seus pares, com quem convivia, para evitar punições e desmandos e garantir-se proteção ou segurança", afirma o autor. "Era crioulo o negro nascido no Brasil."


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