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É Tudo Verdade premia filme sobre luta contra a Covid e documentário polonês

'Quando Falta o Ar', de Anna e Helena Petta, leva R$ 20 mil, e 'O Filme da Sacada', R$ 12 mil, além do troféu da mostra

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São Paulo

O documentário brasileiro "Quando Falta o Ar", de Anna Petta e Helena Petta, e o polonês "O Filme da Sacada", de Pawel Lozinski, foram os grandes vencedores da 27ª edição do festival É Tudo Verdade. O anúncio foi feito na noite deste domingo (10), e a entrega dos troféus e certificados aos premiados brasileiros ocorreu em evento com a projeção de "O Território", de Alex Pritz.

cena de filme
Cena do filme 'Quando Falta o Ar', de Anna Petta e Helena Petta - Tarso Sarraf

O longa nacional faz um retrato da luta coletiva contra a Covid-19 no país pela perspectiva de médicas, enfermeiras e agentes de saúde. Além do troféu da mostra, a produção leva R$ 20 mil. "É um registro precioso de uma memória coletiva ainda recente e um registro inestimável da importância do Sistema Único de Saúde, o SUS", afirmou o júri sobre o trabalho.

Já na competição internacional, o vencedor foi o polonês "O Filme da Sacada", feito a partir de gravações de pessoas que passam na calçada do diretor e são convidadas a falar e refletir sobre a vida. A decisão unânime do júri citou "o mosaico de retratos profundos de personagens retirados do anonimato urbano por um dispositivo insólito e simples que realiza um surpreendente mergulho em suas personalidades, medos e desejos".

Os grandes vencedores terão novas sessões online na plataforma É Tudo Verdade Play —o nacional, na segunda-feira (11), e o polonês, na terça (12), ambos com transmissão gratuita às 21h.

Entre os longas nacionais, "Sinfonia de um Homem Comum", de José Joffily —sobre o diplomata brasileiro José Maurício Bustani—, recebeu menção honrosa, enquanto o francês "Ultravioleta e as Gangues das Cuspidoras de Sangue", de Robin Huzinger, mereceu a citação especial por "construir um panorama que combina história particular e pessoal com a memória cinematográfica".

Já entre os curtas produzidos no Brasil, "Cantos de um Livro Sagrado", de Cesar Gananian e Cassiana der Haroutiounian, leva o prêmio de R$ 6.000 por sua abordagem original à Revolução de Veludo, ocorrida na Armênia em 2018. A menção honrosa na categoria ficou para "Cadê Heleny?", de Esther Vital, animação em stop motion feita com bordados sobre a tortura e o desaparecimento da militante Heleny Guariba durante a ditadura.

Na modalidade internacional, o curta vencedor foi "Como se Mede um Ano?", de Jay Rosenblatt —que também leva R$ 6.000 pela narrativa de crescimento da filha do diretor ao longo de 17 anos—, e a menção honrosa foi para "Ali e Sua Ovelha Milagrosa", com direção de Maythem Ridha, que acompanha um menino de 9 anos que é obrigado a sacrificar Kirmeta, sua ovelha favorita.

Cena do documentário "O Filme da Sacada", exibido no É Tudo Verdade de 2022
Cena do documentário 'O Filme da Sacada', exibido no É Tudo Verdade de 2022 - Divulgação

Os curtas vencedores também terão reprise online no É Tudo Verdade Play de segunda (11), a partir das 12h, até quarta (13), às 23h59, respeitando o limite de visionamentos.

O É Tudo Verdade qualifica automaticamente as produções nacionais e internacionais vencedoras para entrar na corrida pelo Oscar do próximo ano nas respectivas categorias.

O júri da competição nacional contou com a historiadora Eloá Chouzal, o diretor e fotógrafo de cinema e televisão Carlos Ebert e o escritor, cineasta e colunista deste jornal Renato Terra. Para avaliação dos longas estrangeiros, foram chamados o cineasta Luiz Bolognesi, de "A Última Floresta", o jornalista e designer uruguaio Hugo Bure e a cineasta norte-americana Megan Mylan —ganhadora do Oscar em 2009 pelo curta documental "Smile Pinki".

Melhor longa ou média-metragem brasileiro
"Quando Falta o Ar", de Anna Petta e Helena Petta (vencedor)
"Sinfonia de um Homem Comum", de José Joffily (menção honrosa)

Melhor curta-metragem brasileiro
"Cantos de um Livro Sagrado", de Cesar Gananian e Cassiana der Haroutiounian (vencedor)
"Cadê Heleny?", de Esther Vital (menção honrosa)

Melhor longa ou média-metragem internacional
"O Filme da Sacada", de Pawel Lozinski (vencedor)
"Ultravioleta e as Gangues das Cuspidoras de Sangue", de Robin Huzinger (menção honrosa)

Melhor curta-metragem internacional
"Como se Mede um Ano?", de Jay Rosenblatt (vencedor)
"Ali e Sua Ovelha Milagrosa", de Maythem Ridha (menção honrosa)

Prêmio Aquisição Canal Brasil de Incentivo ao Curta-Metragem
"Cadê Heleny?", de Esther Vital —recebe R$ 15.000 e o Troféu Canal Brasil

Prêmio EDT, da Associação de Profissionais de Edição Audiovisual
"Solmatalua", de Rodrigo Ribeiro Andrade (curta)
"Sinfonia de um Homem Comum", de José Joffily (longa)

Prêmio Mistika
"Cantos de um Livro Sagrado", de Cesar Gananian e Cassiana der Haroutiounian —recebe R$ 8.000 em serviços de pós-produção digital

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