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Maratonar: Veja filmes e séries sobre esporte no streaming

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São Paulo

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Biografias de atletas sempre renderam boas adaptações para o cinema. No entanto, muitas vezes duas horas não são suficientes para retratar suas ricas trajetórias. Mais recentemente, alguns ídolos do esporte também estão dando as caras em séries documentais mais longas.

E fãs de Magic Johnson tem agora a chance de conferir a trajetória do astro da NBA em duas séries recém-lançadas: a ficção "Lakers: Hora de Vencer", da HBO Max, e "Meu Nome É Magic", documentário da Apple TV+. Listo essas e outras dicas de séries ligadas ao esporte:

Ali
Cinebiografia acompanha a trajetória do boxeador peso-pesado Cassius Clay, um prodígio nos ringues que também fez fama pelo estilo falante ao promover seus combates e pelo seu discurso político, contra o racismo e contra a guerra, que ganhou ainda mais destaque quando ele se converteu ao islamismo, trocando o seu nome para Muhammad Ali. Com direção de Michael Mann, o filme traz Will Smith no papel principal, que lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar.
Disponível na HBO Max e no Prime Video (165 min.)

Dica bônus
Encarando Ali
Este documentário de 2009 recheado de material de arquivo de Muhammad Ali traz depoimentos de pugilistas que encararam o peso-pesado de frente, seja nos tempos de Ali seja nos tempos de Cassius Clay (antes de sua conversão ao islamismo). Entre os entrevistados estão George Foreman, que relembra a famosa luta do Zaire de 1974, Larry Holmes, Joe Frazier e Leon Spinks.
Disponível no Prime Video (102 min.)

Arremesso Final
Um dos lançamentos mais impactantes da Netflix em 2020, que ficou muito conhecido também pelo título original, "The Last Dance", este documentário em dez episódios relembra toda a carreira de Michael Jordan, com farto material de arquivo e de bastidores que se mesclam aos depoimentos do próprio Jordan. Ele relembra as conquistas, mas também as intrigas e motivações a cada temporada, e seu ressentimento pelo desmonte do time, mesmo após o sexto título na NBA com o Chicago Bulls.
Disponível na Netflix (10 episódios)

Cena de "Arremesso Final", documentário da Netflix
Cena de "Arremesso Final", documentário da Netflix - Divulgação

Campo dos Sonhos
Drama de beisebol estrelado por Kevin Costner quando o ator era o garoto de ouro de Hollywood, em 1989. O longa entrou na cultura pop da época com a famosa frase que o personagem de Costner ouvia dos céus: "Se você construir, ele virá". Assim o moço derruba metade do seu milharal para levantar um campo de beisebol, para desespero de sua família e de seus credores. A tal voz ainda o faz empreender outras jornadas relacionadas com o seu passado. O filme relembra paralelamente uma das histórias mais dramáticas do esporte, quando o Chicago White Sox se envolveu em um escândalo de apostas em 1919 e um dos melhores jogadores da época no país, Schoelles Joe Jackson, foi banido.
Disponível no Star+ (107 min.)

Invictus
Com direção de Clint Eastwood e George Foreman e Matt Damon no elenco, o filme recria o período que antecedeu a Copa do Mundo de Rúgbi de 1995, disputada na África do Sul. O país estava acabando de sair do apartheid, regime de segregação racial, e elegeu Nelson Mandela (Foreman), antigo preso político, como presidente. O rúgbi era um esporte praticado majoritariamente por brancos da elite, portanto, era desprezado pelos torcedores negros, a maioria do país. Mandela viu no torneio uma oportunidade de unir negros e brancos sul-africanos.
Disponível na HBO Max (134 min.)

King Richard: Criando Campeãs
Will Smith interpreta o pai das tenistas Venus e Serena Williams neste drama que resultou em seu tão comentado Oscar neste ano —mais pelo que ele fez na cerimônia do que pela atuação. Mas o filme é um drama redondinho, focado no esforço do polêmico Richard para que as filhas ainda pré-adolescentes tivessem acesso a um esporte que não é muito conhecido por ser praticado por pessoas de baixa renda, ou negros, principalmente nos anos pré-Venus. Leia a crítica na Folha.
Disponível na HBO Max (144 min.)

Lakers: Hora de Vencer
Na virada dos anos 1980, a NBA estava bem longe de ser uma das principais ligas do mundo, tanto do lado financeiro como do retorno de mídia. Tudo começou a mudar com a grande rivalidade que se desenhou naquela década entre Boston Celtics, que representava a América branca, e Los Angeles Lakers, a América negra. O proprietário da equipe californiana, Jerry Buss (John C. Reilly), uma espécie de Hugh Hefner do esporte, e o novato Magic Johnson (Quincy Isaiah) são os protagonistas na primeira temporada (uma segunda já foi confirmada).Mas há ainda ótimas figuras de apoio, como o ainda assistente técnico Pat Riley (Adrien Brody), Kareem Abdul-Jabbar (Solomon Hughes), Jerry West (Jason Clarke) e a executiva Claire (Gaby Hoffmann), que enfrenta o machismo vigente. A série mostra a luta de Magic nas duas pontas: para se firmar dentro do próprio time recheado de egos, incluindo o do próprio astro, e para ter o mesmo prestígio do outro novato, o "queridinho caipira" Larry Bird, dos Celtics. Recheada de promiscuidade e sarcasmo, cortesia de Adam McKay ("Não Olhe para Cima" e "Vice"), a série não foi lá muito bem recebida pela própria turma dos Lakers. Leia a crítica.
Disponível na HBO Max (8 dos 10 episódios)

Dica bônus:
Meu Nome É Magic
Coincidentemente, ou não, acaba de estrear na Apple TV+ esta minissérie documental em quatro episódios, na qual o próprio Magic Johnson relembra sua trajetória. A história vai desde os anos de colégio, quando ganhou o atleta apelido de Magic, passando pelas glórias na NBA e a mudança dramática do rumo de sua vida ao descobrir que era portador do vírus HIV, em 1991, ano em em que a Aids era sinônimo de sentença de morte. A série mostra ainda o lado empresário de Magic e sua relação com a família.
Disponível na Apple TV+ (4 episódios)

A Luta pela Esperança
Russell Crowe interpreta o boxeador James Braddock, pugilista dedicado que chegou perto do título mundial ainda nos anos 1920, mas teve um grande declínio justamente na época da Grande Depressão dos EUA, e chegou a viver em extrema pobreza com sua família. E quando não se esperava mais nada, ele teve uma chance contra um lutador promissor, e venceu. Mais algumas vitórias improváveis e ele teve a chance de disputar novamente o título dos pesados. Sua história de superação rendeu a ele o apelido de Cinderella Man. Dirigido por Ron Howard, o filme ainda tem Renée Zellweger e Paul Giamatti no elenco.
Disponível no Star+ (144 min.)

Man in the Arena
Finalmente estreou o décimo e último (será?) episódio da série documental que conta a história das dez disputas de Super Bowl de Tom Brady, incluindo as três derrotas. O último capítulo demorou mais de três meses para estrear, dando a entender que podia ter alguma relação com a suposta aposentadoria do quarterback. De fato, é um capítulo com um Tom mais emotivo, falando muito de família, dos valores do pai, e indo às lágrimas. A série é quase um grande manual de autoajuda (mas com ótimas cenas e histórias de bastidores), com Tom e convidados falando de suas motivações em cada uma das sete conquistas, e das lições nas derrotas, incluindo aquela em que Gisele Bundchen reclamou lindamente de todo o ataque do New England Patriots ao dizer que "meu marido não pode lançar e pegar a bola".
Disponível no Star+ (dez episódios)

Sunderland Até Morrer
Em 2017, o Sunderland foi rebaixado da Premier League para a segunda divisão inglesa. O documentário acompanha a temporada seguinte, que deveria ser a da volta à elite, mas se torna bem mais dramática. O que difere esta série documental de várias outras do mesmo estilo, e de times muito mais famosos, é o fato de a produção jogar luz nos moradores/torcedores e transformar a própria cidade com seus problemas financeiros em um personagem. O sucesso foi tanto que a jornada do clube ganhou uma segunda temporada. Impossível passar pela produção sem se tornar um torcedor honorário do Sunderland (estamos perto do playoff da terceirona, uhu).
Disponível na Netflix (2 temporadas, com 14 episódios)

Untold: Federer x Fish
Cinco documentários de pouco mais de uma hora cada um formam a série "Untold", ligados a diferentes esportes. Este (meu preferido) praticamente não mostra a figura de Roger Federer, apesar de seu nome no título. O protagonista é Mardy Fish, tenista americano de talento, mas pouca dedicação ao longo de boa parte da carreira. Então, ele resolve ter uma temporada "sangue nos olhos", com 100% de comprometimento físico e mental, para chegar no nível dos melhores. E em um momento que deveria ser seu ápice, um jogo contra Federer no Aberto dos EUA, ele teve um colapso. Em tempos em que se fala mais abertamente de saúde mental no esporte, o documentário mostra o preço que atletas de alto rendimento precisam pagar para chegar, ou permanecer, no topo.
Disponível na Netflix (79 min.)

O Vencedor
Mais uma história de boxeador azarão, no melhor estilo Rocky Balboa —mas verídica. O herói da vez é o pugilista meio-médio Micky Ward (Mark Wahlberg), que vivia à sombra do irmão, boxeador que chegou a enfrentar o grande campeão Sugar Ray Leonard, mas que sofre para se livrar das drogas. Para construir sua carreira, Micky precisa o tempo todo se equilibrar entre a família disfuncional, os conselhos do irmão/treinador e a relação com a nova namorada. Oscar de ator coadjuvante (Christian Bale) e atriz coadjuvante (Melissa Leo).
Disponível no Prime Video (116 min.)

O que tem de novo

Anos Incríveis
Finalmente chegou ao Brasil o remake de "Anos Incríveis". No entanto, esqueça os dramas colegiais de Kevin Arnold, Winnie Cooper e companhia, ou a abertura com "With a Little Help From My Friends". Os anos 1960 continuam, mas a sacada na nova versão foi deslocar o foco para uma família de negros de classe média, o que permite uma abordagem envolvendo questões raciais que ainda reverberam nos EUA. O jovem protagonista agora é Dean Williams (Elisha Williams), que tenta sobreviver à integração racial em sua escola no Alabama. O assassinato de Martin Luther King serve como pano de fundo para os dois primeiros episódios —todos são curtinhos, com menos de 25 minutos, e, como no original, dosam drama e humor. A narração em off continua um dos charmes da série, e com mais sarcasmo, cortesia de Don Cheadle.
Disponível na Disney+ (13 de 22 episódios)

O Bebê
Uma mulher corre da polícia até a beira de um penhasco carregando um bebê. Ela deixa a criança no chão e pula, mas a criança também salta em seguida, diante de dois policiais perplexos. Corta. Uma mulher aluga uma casa à beira-mar, ao pé de um penhasco, para pensar na vida e nas amigas que se distanciaram para formarem suas famílias. Então, uma mulher se esborracha no chão ao seu lado, em seguida, um bebê cai no seu colo. Ela até tenta se livrar da criança em seguida, mas, aparentemente, outros que se aproximam do pequenino também tem um final trágico, incluindo os dois policiais. Apenas o primeiro episódio desta série inglesa que mistura comédia e terror está disponível. Mas a premissa é bem curiosa.
Disponível na HBO Max (1 de 8 episódios)

Meu Nome É Bagdá
Premiado na mostra Generation do Festival de Berlim de 2020, o filme de Caru Alves de Souza conta a história da adolescente Bagdá (Grace Orsato), skatista que faz manobras com um grupo de meninos nas ruas e parques da periferia de São Paulo, até que encontra outras skatistas do sexo feminino e começa a questionar seu lugar no mundo. Com sua exibição comprometida nos cinemas devido à pandemia, o drama brasileiro tem nova visibilidade no streaming. Leia reportagem da Folha.
Disponível no Star+ (99 min.)

Outer Range
E se fosse possível cruzar o faroeste urbano com drama familiar de "Yellowstone" com um toque de sobrenatural/inexplicável de "Lost"? Talvez você chegasse a algo parecido com "Outer Range", ou "Além da Margem". Logo no primeiro episódio, Royal (Josh Brolin), patriarca da família Abbott, tem que lidar com a frustração dos filhos (um perdeu o rodeio e o outro está com a mulher desaparecida), ao mesmo tempo que seu vizinho clama por parte de suas terras e que algumas cabeças de gado sumiram. Então ele encontra um misterioso e gigantesco buraco que parece não ter fundo no limite de seu território, aparentemente sobrenatural ou extraterrestre. Enquanto busca uma explicação, o drama da vida real aumenta com a briga entre os filhos das fazendas vizinhas.
Disponível no Prime Video (4 de 8 episódios)

A Primeira-Dama
A série com o título original "The First Lady" vai e volta no tempo para mostrar a influência de Michelle Obama (Viola Davis), Betty Ford (Michelle Pfeiffer) e Eleanor Roosevelt (Gillian Anderson), no período anterior e posterior ao que ocuparam o cargo de primeira-dama dos Estados Unidos. Apenas dois dos dez episódios estão disponíveis, o suficiente para a crítica cair matando em cima de Viola Davis, também produtora, por seus trejeitos como a mulher de Barack Obama (Kiefer Sutherland de Franklin Roosevelt ninguém achou esquisito). Viola respondeu dizendo que a crítica não serve para absolutamente nada. O destaque no início fica para mais uma metamorfose de Anderson, a ex-agente Scully de "Arquivo X" que ganhou um monte de prêmios como Margareth Thatcher em "The Crown".
Disponível na Paramount+ (2 de 10 episódios)

Dica de graça

A Batalha de Argel
Clássico do cinema político, o filme de Gillo Pontecorvo mostra os momentos que levaram à independência da Argélia, em 1962, retratando a luta dos rebeldes argelinos contra um governo francês cada vez mais repressor e extremista.
Disponível no Sesc Digital Cinema em Casa, gratuitamente, até 28/6 (120 min.)

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