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'Tunic' brinca com a nostalgia sem dispensar a modernidade

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São Paulo

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Lançado em março, "Tunic" é um daqueles jogos cheios de surpresas, segredos e mistérios, em que quanto menos informações você tiver sobre ele, mais vai aproveitar. Portanto, aviso de pequenos spoilers à frente.

[Spoilers a partir deste ponto]

Mais do que um jogo de ação/exploração, "Tunic" é uma homenagem a uma geração de gamers que cresceu nos anos 1990 e encarava sem medo jogos complexos, mesmo sem entender praticamente nada do que estava escrito na tela.

Era o tempo em que quase nenhum jogo era traduzido para o português. Para saber como jogar e detalhes da história, era preciso ler um manual ou sair experimentando comandos a esmo até entender as mecânicas do game.

É essa experiência de jogar um videogame pela primeira vez como uma criança que Andrew Shouldice queria resgatar ao longo dos sete anos em que desenvolveu "Tunic".

"Tem um monte de jogos por aí que tentam evocar nostalgia com visual, jogabilidade e sons como os de jogos clássicos. Mas, na verdade, é o sentimento de deslumbramento e de explorar o desconhecido que eu queria capturar", afirmou Shouldice em entrevista ao site Gamerant.

Para atingir esse objetivo, o game se utiliza alguns pequenos truques:

  • Não há tutorial. O jogador tem que descobrir por si só, ou por uma série de páginas de manual espalhadas pelo jogo, até mecânicas básicas, como que botão apertar para correr, equipar armas, atacar, etc.

  • Esse manual também dá dicas da história do jogo e sobre que caminho seguir, mas boa parte das páginas do guia só serão encontradas se o jogador se aventurar por territórios desconhecidos e encontrar passagens secretas no mapa.

  • Ainda que tenha uma função essencial, o manual é em si um quebra-cabeça. Boa parte dos textos do jogo estão em uma língua incompreensível, com apenas alguns trechos "traduzidos" para o inglês. Só observando o contexto o jogador consegue entender a mensagem contida lá.

A opacidade com que os elementos do jogo são apresentados lembra a experiência de jogar "Elden Ring", apesar de a temática e ambientação dos dois jogos serem bem diferentes.

"Tunic" também pega emprestado alguns elementos de jogabilidade que se tornaram famosos nos títulos da FromSoftware, como a capacidade de rolar para fugir de ataques e a de poder resgatar sua "alma" para não perder as moedas conquistadas até sua morte. A inspiração principal, porém, é nos jogos antigos da série "The Legend of Zelda".

A ambientação, os inimigos e até a túnica verde utilizada pela raposinha protagonista parecem ter saído de "Zelda", o que, segundo o site Gamerant, levou alguns fãs da série da Nintendo a apontarem plágio do jogo lançado para PC e consoles Xbox --está disponível no serviço por assinatura Xbox Game Pass.

"As pessoas que jogaram [‘Tunic’] olham para ele e em geral falam ‘isso parece um pouco com um jogo da Zelda’, mas depois elas veem que o combate é bem mais variado e técnico do que, digamos, em Zelda 1 [jogo para NES que deu origem à franquia]", afirma Shouldice.

O game realmente vai muito além de ser apenas um "Zelda-like". É a capacidade de mexer com a nostalgia sem abrir mão de elementos modernos de jogabilidade e da tecnologia gráfica à disposição que tornam "Tunic" um jogo único.


Play

dica de game, novo ou antigo, para você testar

The Legend of Zelda: A Link to the Past

(Super Nintendo)

Apesar de ter sido lançado há 30 anos, "The Legend of Zelda: A Link to the Past" continua popular. O game foi importante para atualizar a franquia depois do sucesso no NES e se tornou um dos grandes títulos definidores da série, influenciando todo o gênero de jogos de ação/aventura. Atualmente, está disponível no serviço de assinatura Nintendo Switch Online.

Imagem do jogo "The Legend of Zelda: A Link to the Past", para Super Nintendo
Imagem do jogo "The Legend of Zelda: A Link to the Past", para Super Nintendo - Divulgação Nintendo

​Update

novidades, lançamentos, negócios e o que mais importa

  • A Sony anunciou que a reformulação do PlayStation Plus, tornando-o em um serviço de games por assinatura, deverá ser lançada nas Américas em 13 de junho. O serviço chegará primeiro à Ásia (com exceção do Japão), onde começa a funcionar em 23 de maio.
  • Tanto a Microsoft quanto a Sony estudam formas de incluir anúncios em jogos nos seus consoles, afirma o site Business Insider. Segundo a publicação, em ambos os projetos os anúncios se encaixariam organicamente ao jogo, por exemplo, como placas de publicidade em um estádio ou outdoors de um circuito de corrida.
  • A Nintendo anunciou a antecipação do lançamento de "Xenoblade Chronicles 3". O título previsto para setembro deste ano chegará às lojas em 29 de julho. Dias depois, em movimento que pareceu coordenado, a empresa anunciou que "Splatoon 3" será lançado em 9 de setembro para o Switch.
  • O número de fãs de esportes eletrônicos no Brasil dobrou entre junho de 2018 e novembro de 2021, aponta pesquisa Ibope Repucom. Segundo o levantamento, 46% dos internautas brasileiros maiores de 18 anos afirmam ter interesse em e-sports, o que representaria um público de 50,5 milhões de pessoas. Em 2018, esse público era de 24,6 milhões de indivíduos.
  • A Sega anunciou o lançamento de "Sonic Origins", coletânea remasterizada dos primeiros quatro jogos do ouriço azul. O lançamento do título está marcado para 23 de junho, mas já é alvo de críticas pelo preço alto (a partir de R$ 214) e pela confusa divisão de conteúdo em DLCs.

Download

games que serão lançados nos próximos dias e promoções que valem a pena

27.abr

  • "The Stanley Parable: Ultra Deluxe": R$ 99,99 (Switch), preço não disponível (PC, Xbox One/X/S, PS 4/5)

  • "Vampire: The Masquerade - Bloodhunt": grátis (PC, PS 5)

28.abr

  • "Bugsnax"*: preço não disponível (Xbox One/X/S, Switch)

  • "Dorfromantik": R$ 27,89 (PC)

  • "Rogue Legacy 2": R$ 47,49 (PC), preço não disponível (Xbox One/X/S)

  • "Unsouled"*: R$ 37,99 (PC), preço não disponível (Xbox One/X/S, Switch)

29.abr

  • "Nintendo Switch Sports": R$ 199 (Switch)

*Disponível no Xbox Game Pass

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