Virada Cultural tem cachês de até R$ 300 mil; veja lista com Gloria Groove e Pitty

Lista inclui ainda valor pago pela Prefeitura de São Paulo para Barões da Pisadinha, Diogo Nogueira, Criolo e outros destaques

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São Paulo

Uma das principais atrações da Virada Cultural neste sábado (28), os Barões da Pisadinha, fenômeno do forró, ganharão R$ 300 mil da Prefeitura de São Paulo. Eles têm um dos cachês mais altos do evento, que ocupa o centro e diversos bairros paulistanos com uma programação cultural que dura 24 horas.

Os Barões da Pisadinha, que têm um dos cachês mais altos da Virada Cultural de São Paulo 2022
Os Barões da Pisadinha, que têm um dos cachês mais altos da Virada Cultural de São Paulo 2022 - Divulgação

O duo vem à frente da cantora Gloria Groove, que vai embolsar R$ 250 mil. O grupo de rap Planet Hemp, de Marcelo D2, levará R$ 175 mil. O sambista Diogo Nogueira foi contratado por R$ 120 mil, mesmo valor do rapper Criolo e de Kevin O Chris.

Os valores, que são públicos, foram obtidos pela reportagem no Diário Oficial do município. A lista completa pode ser conferida abaixo.

Segundo a Secretaria Municipal de Cultura, os valores dos cachês são definidos com base na média praticada pelo mercado obtida por meio de pesquisa de preço, de acordo com a Lei 8.666/1993, que regulamenta licitações e contratos administrativos.

"Todos os processos de contratação são precedidos por negociação individual com os representantes de cada atração artística, cujo objetivo é a redução de custos e economicidade", diz a secretaria, por meio de nota.

A discussão em torno de cachês de cantores brasileiros veio à tona depois que o Ministério Público de Roraima informou nesta quarta-feira que vai investigar a contratação de Gusttavo Lima por R$ 800 mil para a realização de um show em São Luiz, cidade a 275 quilômetros de Boa Vista, a capital do estado.

Um dos elementos que levou o Ministério Público a abrir a investigação é que a cidade, com o segundo menor PIB do estado, tem 8.232 habitantes. É como se cada morador da cidade, entre adultos e crianças, precisasse desembolsar R$ 100 para custear o cachê do cantor.

A situação é diferente na Virada Cultural de São Paulo. Na capital paulista, é como se cada morador desembolsasse R$ 0,24 para custear o show dos Barões da Pisadinha ou R$ 0,20 para o de Gloria Groove, donos dos dois maiores cachês encontrados pela reportagem.

Outro questionamento do Ministério Público foi qual retorno os moradores de São Luiz teriam a partir do show, inclusive financeiro. Em São Paulo, o impacto econômico da última Virada Cultural antes da pandemia, em 2019, foi de R$ 235 milhões positivos, segundo o Observatório de Turismo da prefeitura.

Isso porque o gasto médio de cada turista que veio para a cidade, por exemplo, foi de R$ 404, impactando as indústrias hoteleira, de restaurantes, bares e serviços. Naquele ano, quase 25% do público do evento era de turistas.

"A realização do evento gera impacto econômico positivo na cidade, fomentando o turismo, comércio, serviços e toda uma cadeia de artistas, técnicos e produtores", diz a Secretaria Municipal de Cultura.

Veja os cachês da Virada Cultural

  • Barões da Pisadinha: R$ 300 mil
  • Gloria Groove: R$ 250 mil
  • Planet Hemp: R$ 175 mil
  • Ferrugem: R$ 140 mil
  • Criolo: R$ 120 mil
  • Djonga: R$ 120 mil
  • Kevin O Chris: R$ 120 mil
  • Diogo Nogueira: R$ 120 mil
  • Thaeme & Thiago: R$ 120 mil
  • Pitty: R$ 116 mil
  • Vitor Kley: R$ 80 mil
  • Pocah: R$ 80 mil
  • Zeca Baleiro: R$ 60 mil
  • João Carlos Martins: R$ 60 mil
  • Rael: R$ 50 mil
  • Letrux: R$ 50 mil
  • Karol Conká: R$ 40 mil
  • Arnaldo Antunes: R$ 38 mil
  • Vitão: R$ 30 mil
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