Descrição de chapéu Virada Cultural

Djonga teve show abarrotado e com som baixo que exibiu má organização da Virada

Apresentação em Itaquera foi animada, ainda que parte do público tenha desistido e outra não tenha escutado o rapper

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São Paulo

Nem mesmo o volume baixo do som do palco Itaquera foi capaz de esvaziar o show do rapper Djonga, na Virada Cultural, no final de tarde deste domingo.

Com muito empurra-empurra entre o público, uma multidão agitada assistiu ao músico mineiro, que subiu ao palco com 22 minutos de atraso e contagiou os milhares de pessoas, ao som de "O Cara de Óculos", do disco "Histórias da Minha Área", de 2020.

Retrato do rapper Djonga, de cabelo rosa
O rapper mineiro Djonga - Daniel Assis/@176Studio/Divulgação

Última atração de Itaquera, o show de Djonga reafirmou a má organização da Virada em relação à logística dos palcos. Nomes como o do rapper e o da cantora pop Gloria Groove, que cantou no mesmo palco, no dia anterior, atraíram multidões numerosas e o público ficou abarrotado.

Inúmeras pessoas reclamaram do palco, que era muito pequeno para o porte do evento, e algumas até desistiram de ver o show antes mesmo do início.

A reportagem encontrou ainda pessoas passando mal devido à aglomeração, apesar de ter visto poucos bombeiros ao redor.

Em vários momentos do show, o público fez coros de "aumenta, aumenta", pedindo que o som —demasiado baixo— fosse ajustado, mas foi ignorado. O volume permaneceu assim até o fim.

Ainda assim, o rapper conquistou a simpatia do público, que, mesmo sem conseguir ver e ouvir o show de maneira adequada, dançou e cantou os sucessos do mineiro com empolgação.

A setlist incluiu canções como "Hat-Trick", "Solto", "Gelo", "Hoje Não", "Leal" e "Ufa" —sua parceria com Sidoka e Sant que traz referências ao grupo Racionais MCs.

Foram várias as vezes que o público puxou o coro "ei, Bolsonaro, vai tomar no cu", principalmente durante as faixas "Olho de Tigre", que traz o verso "fogo nos racistas" e "Favela Vive 3" —parceria com ADL, Choice e Menor do Chapa.

Foi com "Esquimó", do álbum "Heresia", que Djonga encerrou o show, por volta das 18h30. O rapper pediu que o público repetisse o verso "eu acho engraçado um racista baleado" algumas vezes, antes de deixar o palco.

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