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Drauzio Varella diz que não declara voto, mas que 'com Bolsonaro não dá'

Médico afirma que saúde com presidente foi 'crime continuado' e ele não pode ficar no cargo mais quatro anos

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São Paulo

O médico Drauzio Varella afirmou em entrevista sobre sua nova biografia, "O Exercício da Incerteza", que a política de saúde no governo Bolsonaro foi "um crime continuado" e que o atual presidente não pode seguir no cargo por um novo mandato.

O oncologista, que mantém uma coluna neste jornal, afirmou que não costuma divulgar suas escolhas eleitorais. "É um inferno. Na última campanha eu era ministro do Haddad e do Bolsonaro."

"A única coisa que posso dizer é que com esse cara não dá", vaticina, em referência ao presidente. "Não pode acontecer essa pessoa ficar mais quatro anos no poder. O Brasil podia ter dado um show na pandemia. Um show. Por outro lado, foi o único país do mundo em que a autoridade maior se colocou a favor da disseminação do vírus."

A primeira coisa que próximo governo precisa fazer na gestão da Saúde, segundo Drauzio, é "reorganizar o ministério". "Virou uma confusão geral. Passou a ser organizado por pessoas colocadas lá por ideologia política, gente despreparada. Primeira coisa é reorganizar e definir uma política pública de saúde."

Ele reforça, contudo, que a crise no sistema de saúde não vem de hoje, sublinhando que houve 13 ministros diferentes da área de 2008 a 2018.

Drauzio está lançando, pela Companhia das Letras, uma autobiografia que cobre seus mais de 55 anos de carreira, da formação em oncologia à carreira como professor de cursinho até, depois, se tornar um dos rostos mais conhecidos da saúde brasileira.

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