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Johnny Depp vencedor já esqueceu o julgamento e faz uma turnê musical

Dois dias depois do fim do julgamento do processo que venceu contra a ex-mulher, ator apareceu de surpresa em shows

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O que vai ser da vida e da carreira de Johnny Depp e Amber Heard depois do desgaste desse julgamento longo, custoso, complicado, triste e dispendioso? A conta vai além dos R$ 15 milhões que ela agora deve a ele, segundo o veredito divulgado pelo júri nesta quarta-feira, e dos US$ 2 milhões que ele dará a ela.

Desde 11 de abril, um grupo de sete pessoas, principalmente, esteve ligado a cada detalhe desse julgamento, que virou um fenômeno de audiência, de comentários, de opiniões, de postagens e todas as coisas que acontecem hoje em dia quando um assunto atrai a atenção do que parece ser todo o planeta.

Entre essas sete pessoas estavam três jovens asiáticos, entre 20 e 40 anos, um homem asiático mais velho, entre 40 e 50 anos, dois homens brancos de 50 a 60 anos, um jovem branco de 20 a 30 anos, uma jovem asiática de 20 a 30 anos e uma mulher negra de 40 a 50 anos.

Ninguém sabe o nome deles e o rosto deles não pode ser filmado ou fotografado. A pedido de Amber Heard, acatado pela juíza Penney Azcarate, a identidade dessas sete pessoas será mantida em segredo por um ano.

Johnny Depp e Amber Heard - Reuters/AFP

Elas foram escolhidas porque foram consideradas isentas pelos advogados dos dois times, e são elas que vão determinar o veredito. Na sexta-feira passada, quando terminaram as considerações finais de ambos os lados, chegou a vez dos sete jurados começarem a trabalhar. O que eles começaram a fazer imediatamente, na própria sexta-feira, pelas duas horas que ainda tinham no dia.

Sem conclusão, voltaram nesta terça-feira, às 9h, para o tribunal de Fairfax, nos Estados Unidos, para repensar sobre as mais de cem horas de testemunhos que ouviram. E rever cada detalhe, cada prova, cada argumento, conversar e debater entre si até que todos estejam de acordo com uma sentença. Ficaram até o final do dia deliberando, mas ainda não conseguiram chegar a um veredito, o que ocorreu só nesta quarta-feira pela tarde.

Eles não tinham prazo, mas deviam ter pressa. Ficaram sete semanas sem trabalhar, proibidos de pesquisar ou mesmo conversar com os amigos ou a família sobre o caso.

Nesta terça, depois de cinco horas e 50 minutos de deliberação, a juíza recebeu uma pergunta do júri –se o título do artigo que Amber Heard publicou no jornal The Washington Post, que ela diz que não escolheu, deve ser levado em consideração. O título em questão é "Eu me posicionei contra a violência sexual –e enfrentei o ódio da nossa cultura. Isso tem que mudar".

Esse artigo é o motivo pelo qual esse julgamento existiu. É por causa dele que Johnny Depp acusou sua ex-mulher de difamação. "O título é a alegação", resumiu a juíza Azcarate, afirmando que sim, ele deve ser considerado pelo júri.

E, enquanto o mundo parecia prender a respiração de tanta ansiedade até saber qual seria o resultado final, Johnny Depp aproveitou o final de semana e foi à Inglaterra, onde se apresentou, para surpresa do público, duas noites seguidas nos shows do guitarrista britânico Jeff Beck, de 77 anos, um de seus heróis.

Jeff Beck apresentou Johnny Depp à plateia como "alguém que bateu na porta do meu camarim cinco anos atrás e, desde então, não paramos mais de rir". Em 2020, Depp e Beck gravaram, juntos, um cover da música "Isolation", de John Lennon. E essa foi uma das quatro músicas em que Depp tocou guitarra e cantou no show do amigo.

As outras foram "What’s Going On", de Marvin Gaye, "Little Wing", de Jimi Hendrix e "Hedy Lamarr", de Jeff Beck. O ator ficou 20 minutos no palco e voltou no bis. Jeff Beck contou ao público, que ovacionou a chegada não anunciada de Depp, que os dois haviam mantido segredo sobre a aparição surpresa "por razões óbvias".

A turnê europeia de Jeff Beck está prevista para durar até o dia 25 de julho, quando toca em Paris. Os outros quatro shows marcados na Inglaterra estão com quase todos os ingressos vendidos, muito por causa do rumor de que Johnny Depp estará no palco, o que não foi confirmado nem negado pelos seus advogados desde que ele fez a primeira aparição surpresa, no último domingo.

Johnny Depp disse, em uma das vezes em que testemunhou no tribunal de Fairfax, além de em muitas entrevistas ao longo de sua carreira de quase 40 anos no cinema, que a música é sua paixão original. Ele tem uma banda há dez anos, chamada Hollywood Vampires, com Alice Cooper e Joe Perry, do Aerosmith. O nome é uma homenagem a um grupo formado por Alice Cooper nos anos 1970 com outros nomes do rock da época, que se encontravam para beber até cair.

E a música, pelo jeito, retribui a paixão do ator. Paul McCartney, amigo íntimo dele, que já tocou guitarra em suas gravações e apareceu em vários videoclipes do ex-Beatle, deu o que foi interpretado como um sinal de que está torcendo por Depp em um show em Orlando, no estado americano da Flórida.

McCartney, que também está em turnê, voltou a apresentar a música "My Valentine", de dez anos atrás, nos seus shows mais recentes. Enquanto toca a canção com sua banda no palco, um telão atrás mostra o clipe em que Johnny Depp aparece tocando guitarra e recitando a letra em linguagem de sinais para Natalie Portman.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, Amber Heard voltou para a cidade de Yucca Valley, no deserto da Califórnia, perto do parque Joshua Tree, onde está morando e criando sua filha Oonagh Paige, de um ano.

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