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Maratonar: séries para assistir na sexta-feira 13

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São Paulo

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Como acontece habitualmente, a sexta-feira 13 é um prato cheio para aquele filminho de terror para ser visto encolhido no sofá. No entanto, a lista de hoje tem a intenção de espalhar o medo por mais dias, quem sabe sábado 14, domingo 15 e segue ao longo da semana...

11 séries para você maratonar na sexta 13, e também no sábado, domingo…

Abaixo, nada de filmes, apenas séries, que incluem demônios, casas assombradas, cidades amaldiçoadas, famílias perseguidas etc. e tal. Bons sustos.

Ash vs. Evil Dead
Hoje Sam Raimi é o famoso diretor da trilogia "Homem-Aranha", com Tobey Maguire, e da sequência "Dr. Estranho no Multiverso da Loucura", em cartaz nos cinemas. Mas Raimi não abandona suas raízes, de quando era o jovem diretor de filmes B de terror que se tornaram cult, como "A Morte do Demônio", que ganhou sequências. O longa é a origem por trás desta série, sempre com o personagem canastrão Ash (Bruce Campbell, igualmente canastrão), que numa noite de bebedeira acaba invocando demônios por meio de um livro "das trevas". Garantia de imagens de possessões e sangue jorrando, bem ao estilo do filme, mas com doses de humor —e Raimi dirige o primeiro episódio.
Disponível na Netflix (3 temporadas)

Bates Motel
Fãs do clássico "Psicose", de Alfred Hitchcock, encontram um pouco das respostas para o comportamento de Norman Bates nesta série. Em cinco temporadas, o programa explora a relação edipiana de Norman (Freddie Highmore) e sua mãe obsessiva, Norma (Vera Farmiga) —que está bem viva na série… em boa parte dela; e nem adianta reclamar que é spoiler, se tem uma coisa certa no universo de "Psicose" é a morte de Norma, certo?.
Disponível na Globoplay (5 temporadas)

Castle Rock
Em tempos de multiverso, esta série é a sugestão perfeita para os seguidores do mestre do terror Stephen King. Personagens ligados a diferentes obras de King aparecem em todos os episódios, às vezes, como protagonistas, caso de Annie Wilkes (Lizzy Caplan) na segunda temporada —Wilkes é a enfermeira psicopata de "Louca Obsessão", que rendeu um Oscar a Kathy Bates; mas outras vezes pode ser apenas uma menção em um jornal, um sobrenome famoso de outro personagem ou uma referência geográfica, como a prisão de Shawshank (a mesma de "Um Sonho de Liberdade"). A série traz várias tramas que se cruzam na fictícia e aparentemente amaldiçoada cidade de Castle Rock depois que o advogado criminalista Henry Deaver (André Holland) retorna à cidade.
Disponível no Starzplay (2 temporadas)

Lore
O que torna "Lore" ainda mais aterrorizante é o fato de todas as suas histórias serem inspiradas em casos reais. A série é baseada no famoso podcast homônimo criado por Aaron Mahnke e conta a história da origem de mitos do terror, como bruxas, demônios, vampiros, lobisomens e afins, às vezes quase em tom documental.
Disponível no Prime Video (2 temporadas)

Lovecraft Country
Em um Estados Unidos imaginário dos anos 1950, um jovem negro veterano do Exército, uma amiga e o tio viajam pelas estradas do país na esperança de encontrar seu pai, que está desaparecido. A jornada leva o trio a se deparar com forças sobrenaturais e casos violentos de racismo, igualmente aterrorizantes. Os monstros da série são inspirados na obra de H.P. Lovecraft, e a produção leva a assinatura de Jordan Peele, o mesmo de "Nós" e "Corra!". Leia a crítica de Luciana Coelho.
Disponível na HBO Max (1 temporada)

A Maldição da Residência Hill
A obra da casa mal-assombrada escrita por Shirley Jackson já foi adaptada outras vezes, como no filme "Desafio do Além" (1963), de Robert Wise. Aqui ela ganha uma versão de Mike Flanagan, principal nome da onda recente de séries de terror e também responsável por "A Maldição da Mansão Bly" (na mesma Netflix e com elenco semelhante, mas história diferente). Flanagan trabalha com paciência e destreza o lado psicológico e as relações dos membros da família Crain em duas épocas diferentes. No passado, quando a trupe com marido, mulher e cinco filhos pequenos entra em uma casa com intenção de reformá-la para vendê-la, mas logo começam a ser assombrados por espíritos malignos; e no presente, quando precisam se reunir após uma tragédia. Cada episódio se debruça mais em um dos personagens, mas todos são bem costurados antes do grand finale —quase um "This Is Us" mal-assombrado.
Disponível na Netflix (10 episódios)

Marianne
Nesta série francesa de 2019, uma jovem e bem-sucedida escritora resolve aposentar sua famosa personagem, a bruxa Marianne, que assombrava seus sonhos na infância. No entanto, a partir desta decisão, ela volta a ter pesadelos e se vê obrigada a retornar para a cidade natal, o vilarejo fictício de Elden, na região da Bretanha. Lá, outras pessoas que a cercam também passam a ser assombradas pela bruxa, incluindo seus pais e sua agente literária.
Disponível na Netflix (1 temporada, 8 episódios)

Missa da Meia-Noite
A Igreja Católica é um elemento relevante nos filmes de terror. Afinal, para derrotar demônios ou espíritos malignos muitas vezes o melhor remédio é apelar para a fé. E provavelmente nenhuma série discutiu tão bem a espiritualidade no gênero quanto "Missa da Meia-Noite". Quanto menos você souber antes de assistir, melhor, mas dá para contar que a série se passa em uma pequena ilha quase abandonada, com algumas dezenas de habitantes. A presença de dois homens agita o cotidiano do lugar: Riley Flinn (Zach Gilford) está voltando à sua cidade natal após cumprir quatro anos de prisão por matar uma jovem em um acidente de trânsito —e ele vê a moça deformada toda noite antes de dormir; e o padre Paul (Hamish Linklater), que chega para assumir o lugar do antigo monsenhor, cuja ausência causa não é devidamente explicada.
A série é desenvolvida como um drama, com os elementos de terror sendo inseridos aos poucos, e ainda tem personagens importantes que saem de cena bem antes do final, no melhor estilo "Psicose". A minissérie é a terceira colaboração de Mike Flanagan para a Netflix —e a melhor delas.
Disponível na Netflix (7 episódios)

Servant
Quem está mais habituado ao ritmo das tramas de M. Night Shyamalan, o principal nome por trás de "Servant", talvez não se incomode com o desenvolvimento mais lento da série, que vai revelando seu terror aos poucos. Na história, um casal em luto contrata uma babá para cuidar de um boneco hiperrealista que faz às vezes do bebê que morreu poucas semanas após o nascimento. Claro que o bebê vai parecer mais vivo do que um boneco vez ou outra. E a produção ainda tem Rupert Grint (o Ronald Weasley de "Harry Potter") em papel de adulto. Shyamalan dirige quatro dos 30 episódios da série, que já teve a quarta temporada confirmada.
Disponível na Apple TV+ (3 temporadas)

Shining Vale
Esta série já apareceu por aqui antes, mas vale o repeteco. É uma das mais engraçadas de terror, ou uma das comédias mais assustadoras do streaming.
Na trama, cheia de referências a "O Iluminado", de Stephen King, um casal tenta recomeçar a vida em um casarão afastado em Connecticut depois que a mulher traiu o companheiro com o encanador. Com um livro de sucesso no passado, ela está pressionada para escrever um novo best-seller, mas logo começa a ser perseguida por uma entidade que "mora" na casa (Mira Sorvino), e quer ver sua história contada pela escritora. A série engrena depois do primeiro episódio, com destaque para a boa química entre Courtney Cox (a Monica de "Friends") e Greg Kinnear.
Disponível no Starzplay (1 temporada, 8 episódios)

O Terror
Provavelmente "O Terror" tem o roteiro mais original deste pacote de dicas. São duas temporadas, cada uma com uma história diferente. Na primeira, em 1845, dois navios da marinha inglesa buscam uma passagem pelo Ártico. Diante do isolamento no meio do oceano gelado, mortes inexplicáveis começam a atingir a tripulação. Jared Harris (da série "Chernobyl") e Ciarán Hinds (indicado ao Oscar de coadjuvante por "Belfast") interpretam os comandantes das embarcações. Já na segunda, o foco é em uma história do folclore japonês, na qual um fantasma assombra uma comunidade nipo-americana nos EUA no período da Segunda Guerra. A produção é de Ridley Scott e cada uma das temporadas tem dez episódios.
Disponível no Prime Video (duas temporadas)

O que tem de novo

Gaslit
"Todos os Homens do Presidente" continua o filme definitivo sobre o escândalo Watergate, que levou o presidente Richard Nixon à renúncia nos anos 1970. Esta série, no entanto, joga luz em outro personagem que teria sido importante para a revelação da tramoia, Martha Mitchell (Julia Roberts), mulher do advogado John Mitchell, ligado ao governo Nixon e interpretado por um irreconhecível Sean Penn. E se Martha não aparece em "Todos os Homens", o repórter Bob Woodward (que no filme de 1976 foi Robert Redford) dá as caras na série como um personagem menor… por enquanto.
Disponível no Starzplay (3 de 8 episódios)

The Offer
Impossível ser fã de "O Poderoso Chefão" e ignorar esta nova série, que conta os bastidores de uma das produções mais bem-sucedidas (e atribuladas) do cinema. O público mais jovem talvez não conheça boa parte das curiosidades que passam pela trama, cujo personagem principal é o produtor Albert S. Ruddy (o homem que recebeu a estatueta de melhor filme pelo longa de 1972). E este escriba concorda com a crítica de Teté Ribeiro, na Folha: perderam a chance de ter escolhido como protagonista o diretor da Paramount na época, Robert Evans (interpretado por Matthew Goode), personagem que provavelmente ainda vai ter um filme só dele. Leia a crítica na Folha.
Disponível no Paramount+ (5 de 10 episódios)

+ Dica bônus
O Poderoso Chefão - A Trilogia

No clima "Godfather", a trilogia de Francis Ford Coppola acabou de entrar no catálogo do Prime Video para quem quiser rever (não é possível que alguém não tenha visto). Os filmes contam a saga da família Corleone e sua luta contra outras famílias pelo controle do poder na máfia. Não é necessário dizer muito mais do que isso, a não ser que Marlon Brando está soberbo em "Chefão 1", Robert de Niro está soberbo em "Chefão 2", Al Pacino está soberbo em toda a trilogia e que Sofia Coppola como atriz é uma excelente diretora.
Disponível no Prime Video (3 filmes)

Dica de graça

Uma Questão Pessoal
No verão de 1943, durante a Segunda Guerra, Milton pensa em se juntar à resistência italiana, mas se apaixona por uma jovem que, por sua vez, revela seu amor pelo melhor amigo dele, Giorgio. No entanto, o amigo é preso pelos fascistas e Milton resolve ir atrás dele. A produção é o primeiro filme dirigido pelo mestre italiano Paolo Taviani sem o irmão, Vittorio, morto em 2018; mas os dois ainda dividem o crédito do roteiro. Leia a crítica na Folha.
Disponível no Sesc Digital Cinema em Casa, gratuitamente, até 12/6 (85 min.)

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