"Meu cachê é esse. Quer assim? Bem", disse Anitta, em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, exibida neste domingo, quando comentava sobre a "CPI do sertanejo", como ficou conhecida nas redes sociais a polêmica sobre cachês milionários a sertanejos como Gusttavo Lima pagos por prefeituras Brasil afora.
A cantora também afirmou que nunca usou a Lei Rouanet, pelo qual foi criticada pelo sertanejo Zé Neto durante um show. "Meu irmão é que cuida para mim das coisas. Eu liguei para o meu irmão e para o meu outro sócio, Daniel, e falei ‘gente, eu já usei essa lei?'. 'Porque eu não lembro.’ Eles falaram ‘não’."
"Como a gente começou a nossa empresa do nada, a gente está sempre contratando auditoria, porque a gente sempre está com medo de fazer algo, por falta de conhecimento", afirmou Anitta. Ela disse ainda que já recebeu propostas de desvio de verba. "Eu já recebi propostas. Eu e meu irmão. 'Você cobra tanto, aí eu vou e pego um pedaço.' Eu falei não."
Anitta ainda contou a história por trás da tatuagem que fez no ânus, há cerca de um ano, que também foi ironizada pelo sertanejo Zé Neto. Segundo ela, a ideia partiu de uma brincadeira que fez com o pai, que queria fazer uma tatuagem. "Ele falou que doía, mas ele queria muito fazer."
Então, para incentivar o pai, ela disse que faria uma tatuagem no lugar mais sensível do corpo. "A gente até deu um Google, aí foi esse lugar e eu tive que fazer, né", contou. "A tatuagem que está causando no Brasil. E eu achei que estava só me divertindo com os meus amigos."
Involuntariamente, Anitta foi quem deu início a uma série de investigações em torno de shows de sertanejos pagos por prefeituras. A polêmica pôs o Ministério Público na cola de administrações públicas de cerca de 30 cidades de Roraima, Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso. Desde então, o episódio tem levado a importantes revelações sobre o uso de verba pública em megaeventos de sertanejos.
Na semana passada, por exemplo, foi revelado que a Prefeitura de Conceição do Mato Dentro, uma cidadezinha mineira, pagaria ao cantor Gusttavo Lima um cachê de mais de R$ 1 milhão, com uma verba que só pode ser destinada à saúde, educação, ambiente e infraestrutura.
Hoje, 29 cidades pelo país têm shows investigados pelo Ministério Público. A maioria deles são de eventos de Gusttavo Lima, mas Xand Avião e Wesley Safadão também aparecem entre os cachês suspeitos.
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