Diretora deixa cargo na Documenta de Kassel após acusações de antissemitismo

Mural 'Peoples Justice' foi considerado ofensivo por judeus, o que fez Sabine Schormann sair da mostra de arte

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Frankfurt | AFP

Sabine Schormann, diretora da Documenta, a mostra de arte contemporânea de Kassel, na Alemanha, deixará o cargo, após a polêmica causada por um conteúdo considerado antissemita. A informação foi anunciada pela organização do evento, neste sábado (16).

O conselho de supervisão da Documenta expressou sua "profunda consternação pelo fato de se poder observar claros motivos antissemitas" na abertura do evento, em junho, segundo um comunicado.

Depois disso, chegou-se a um acordo com a diretora para rescindir o seu contrato e nomear uma direção interina.

A obra que causou o escândalo era do coletivo indonésio Taring Padi, cujo mural intitulado "People's Justice", ou "Justiça do Povo", mostrava um soldado com cabeça de porco, uma estrela de Davi e a inscrição "Mossad" no capacete.

Também exibia um homem com dentes compridos, cabelos encaracolados, um chapéu com a inscrição da SS nazistas e um charuto no canto da boca, remetendo às charges antissemitas dos judeus ortodoxos.

O trabalho foi rapidamente coberto depois que a embaixada israelense e representantes dos judeus alemães exigiram sua remoção.

Pessoas retiram uma grande cortina cheia de desenhos que estava num mural
Membros da Documenta retirando a obra "People's Justice", em 16 de julho de 2022 - Uwe Zucchi / dpa / AFP
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