Descrição de chapéu Obituário James Caan (1940 - 2022)

James Caan, ator de 'O Poderoso Chefão' e 'Louca Obsessão', morre aos 82

Família do americano, que também esteve em 'Profissão: Ladrão' e 'Rollerball', anunciou a morte nas redes sociais

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São Paulo

O ator James Caan, conhecido pelo papel de Sonny Corleone em "O Poderoso Chefão", morreu nesta quarta-feira aos 82 anos. A informação foi divulgada por sua equipe em suas redes sociais.

"É com grande tristeza que informamos a vocês que Jimmy morreu na noite do dia 6 de julho. A família agradece pelo amor e as condolências enviadas e pede para que vocês continuem respeitando sua privacidade neste momento difícil", escreveu no Twitter.

James Caan na comemoração dos 50 anos de 'O Poderoso Chefão', em fevereiro - Chris Delmas/AFP

A notícia pegou os fãs do ator de surpresa, já que Caan vinha participando de eventos da indústria nos últimos tempos, como a celebração de 50 anos de "O Poderoso Chefão", que aconteceu em fevereiro deste ano. A causa da morte não foi divulgada.

Além do icônico filme sobre a máfia ítalo-americana, que rendeu a ele a única indicação ao Oscar em 1973, o ator também estrelou longas como "Louca Obsessão", de 1990, "Profissão: Ladrão", de 1981, e "Rollerball: Os Gladiadores do Futuro", de 1975.

Caan nasceu em 1940, em Nova York, e inicialmente queria ser jogador de futebol. Na Universidade de Hofstra, no entanto, se apaixonou pela atuação e conheceu Francis Ford Coppola, que o dirigiria mais tarde. Seu primeiro trabalho profissional foi nos palcos da Broadway, na peça "Blood, Sweat and Stanley Poole".

Ele migrou para as telas com um punhado de papéis pequenos, até que, em 1965, despontou como o protagonista de "Faixa Vermelha 7000" e, no ano seguinte, no faroeste "El Dorado", em que atuou ao lado de John Wayne e Robert Mitchum.

Ainda um talento novo em Hollywood, o cineasta Robert Altman o escalou para "No Assombroso Mundo da Lua", ficção científica de 1967. Depois, Caan e Coppola fizeram a primeira parceria, em "Caminhos Mal Traçados". O longa antecipou o sucesso de "O Poderoso Chefão", que mudaria para sempre as trajetórias tanto do ator, quanto do diretor.

No clássico, Caan, que originalmente havia feito teste para o papel de Michael Corleone, viveu Sonny, o irmão mais velho do protagonista. A cena da morte do personagem se tornou uma das mais lembradas da trilogia sobre a máfia, por causa da brutalidade e da sanguinolência dos tiros que atingem seu corpo em cena.

James Caan em 'O Poderoso Chefão', dirigido por Francis Ford Coppola em 1972 - Divulgação

Com o papel, ganhou projeção e passou a estrelar uma série de filmes de sucesso dos anos 1970 e início dos 1980. Entre os trabalhos estão "O Jogador", "Duas Ovelhas Negras", "Rollerball", "Uma Ponte Longe Demais" e o musical "Funny Lady", com Barbra Streisand.​

Depois de "Profissão: Ladrão", no entanto, Caan começou a ter problemas na carreira, que foi afundando após a morte prematura de sua irmã, Barbara Caan, que presidia sua produtora, e com o uso pesado de drogas. Ele, então, se afastou das câmeras e só reapareceria diante delas em 1987, novamente com Coppola, em "Jardins de Pedra".

Ele se restabeleceu como um dos grandes rostos de Hollywood, no entanto, com "Louca Obsessão", de 1990. No filme de Rob Reiner, adaptação da obra de Stephen King, ele interpretou um escritor que é sequestrado e amarrado a uma cama por uma fã obcecada —papel de Kathy Bates, que venceu o Oscar por ele.

Entre os anos 1990 e 2010, Caan continuou trabalhando de forma constante, acumulando papéis em filmes como "Mickey Olhos Azuis", "A Sangue Frio", "Dogville", "Um Duende em Nova York" e "Agente 86". O último trabalho foi no longa "Queen Bees", do ano passado, uma comédia inofensiva sobre a terceira idade, estrelada por Ellen Burstyn. ​

Ele ainda tem um filme em pós-produção, "Gun Monkeys", de Phillip Noyce, que o levou de volta ao universo da máfia, e estava cotado para aparecer em outros dois, "Redemption" e "Acre Beyond the Rye".

Caan foi casado quatro vezes, com Dee Jay Mathis, de 1961 a 1966, Sheila Marie Ryan, de 1975 a 1976, Ingrid Hajek, de 1990 a 1994, e Linda Stokes, de 1995 a 2017. Ele deixa cinco filhos, incluindo o também ator Scott Caan.

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