Na onda de 'Mike: Além de Tyson', veja filmes e séries sobre boxeadores

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São Paulo

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O que Robert De Niro, Denzel Washington, Will Smith, Hilary Swank e Sylvester Stallone têm em comum? Todos foram indicados ao Oscar por papéis de boxeadores. Parece um bom caminho para garantir um convite para a cerimônia —dos citados acima, apenas De Niro e Swank venceram.

As cinebiografias de boxe voltam ao foco com a nova série que estreia nesta semana no Star+, "Mike: Além de Tyson", e que tem os dois primeiros, dos oito, episódios já disponíveis.

Pena não ter encontrado "O Lutador", com Daniel Day-Lewis, nos catálogos de streaming. Confira abaixo algumas sugestões.

Cena do filme "Rocky: Um Lutador". À esquerda da imagem está Rocky, um homem branco, com cabelos lisos e pretos. Ele usa luvas vermelhas de boxeador, esta sem camisa e veste short branco com detalhes em vermelho. À direta da imagem está Apollo, um homem negro, com cabelos crespos e pretos. Ele esta de costas para a fotografia, e encara Rocky. Ele também usa uma luva vermelha de boxeador e também está sem camisa. Apollo veste um short listrado vermelho e branco, com detalhes em azul que remetem a bandeira dos EUA. Ambos os boxeadores são musculosos e estão suados, eles estão em um ringue com piso branco e cercados por cordas vermelhas.
Cena do filme 'Rocky: Um Lutador' - IMDb

Ali
Cinebiografia acompanha a trajetória do peso-pesado Cassius Clay, um prodígio nos ringues que também fez fama pelo estilo falante ao promover seus combates e por seu discurso político contra o racismo e a guerra. O boxeador ganhou ainda mais destaque quando se converteu ao islamismo, trocando o seu nome para Muhammad Ali. Com direção de Michael Mann, o filme traz Will Smith no papel principal, que lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar (perdeu para Russell Crowe, por "Uma Mente Brilhante").
Disponível na HBO Max e no Prime Video (165 min.)

Dica bônus: Encarando Ali
Este documentário de 2009 recheado de material de arquivo de Ali traz depoimentos de pugilistas que encararam o peso-pesado, seja nos tempos de Ali, seja nos tempos de Cassius Clay —antes de sua conversão ao islamismo. Entre os entrevistados estão George Foreman, que relembra a famosa luta do Zaire de 1974, Larry Holmes, Joe Frazier e Leon Spinks.
Disponível no Prime Video (102 min.)

O Campeão de Hitler (Max Schmeling)
O peso-pesado alemão Max Schmeling estava no auge quando Adolf Hitler chegou ao poder, nos anos 1930. Com uma mulher tcheca e com um agente judeu, Schmeling não era apoiador do regime nazista, mas foi usado como propaganda, principalmente após a primeira luta contra o americano negro Joe Louis. Sem conseguir controlar sua carreira, o governo o convocou para lutar na Segunda Guerra, sempre em missões arriscadas. Schmeling foi contemporâneo de Jim Braddock, o pugilista de "A Luta pela Esperança". O filme só aparece no Prime com o título original (o nome do pugilista) e sem legendas: você pode vê-lo dublado ou treinar o seu alemão.
Disponível no Prime Video (123 min.)

O Dia Mais Feliz da Vida de Olli Mäki
O boxeador e padeiro finlandês Olli Mäki é alçado ao status de ídolo nacional em 1962 ao ganhar a oportunidade de lutar pelo título mundial. No início de sua preparação, que inclui esforços para ficar no peso correto, ele se apaixona por uma mulher. O filme foca o lado simples do personagem (que foi real). Vencedor da mostra Um Certo Olhar, em Cannes em 2016.
Disponível no Looke (92 min.)

Jarkko Lahti em "O Dia Mais Feliz da Vida de Olli Mäki". A fotografia está em preto e branco. Lahti é um homem branco com cabelos loiros com alguns sinais de calvície. Ele veste uma camisa com tecido fino, de cor clara e mangas longas. Ele esta pulando corda e suando em um ginásio de esportes.
Jarkko Lahti em 'O Dia Mais Feliz da Vida de Olli Mäki' - Divulgação

Hurricane: O Furacão
Em 1966, Rubin Carter, vulgo Hurricane (Denzel Washington), estava em plena forma e era considerado um nome forte para desafiar o campeão pelo título dos pesos-médios. No entanto, o boxeador é erroneamente acusado de ser um dos assassinos de três jovens no estado americano de Nova Jersey e é preso, julgado e condenado à prisão perpétua. Anos depois, três jovens ativistas tentam provar a inocência de Carter. A história do pugilista inspirou a música "Hurricane", sucesso de Bob Dylan dos anos 1970. Washington foi indicado ao Oscar (perdeu para Kevin Spacey, por "Beleza Americana"). Leia a crítica do filme na Folha.
Disponível no Star+ (140 min.)


Os Irmãos Freitas
Antes de se tornar campeão mundial de boxe, Acelino Popó Freitas não era nem o principal boxeador da família. A série acompanha em oito episódios a trajetória da família, com o irmão mais velho, Luís Cláudio, treinando com o pai. A rivalidade dos irmãos se acentua à medida que Popó começa a se destacar. O elenco inclui Daniel Rocha, Rômulo Braga, Maria Flor e Rui Ricardo Diaz.
Disponível na HBO Max e no Prime Video (oito episódios)

A Luta pela Esperança
Cinebiografia de Jim Braddock (Russell Crowe), um bom peso-pesado que se aposenta após algumas derrotas. Com os Estados Unidos mergulhados na crise da Grande Depressão dos anos 1930, Braddock aceita pequenos bicos para alimentar a família. No entanto, ele recebe uma nova chance no boxe e inesperadamente vence rivais considerados mais fortes. Assim, ele ganha a oportunidade de disputar o título mundial. Por sua história de superação, que deixaria Rocky Balboa morrendo de inveja, foi apelidado de "Cinderella Man". Leia a crítica do filme na Folha.
Disponível no Star+ (144 min.)

Mike - Além de Tyson (novidade)

Estrearam nesta quinta (25) os dois primeiros episódios da série de ficção que dramatiza a vida de Mike Tyson, um dos mais impiedosos campeões mundiais dos pesos-pesados, famoso por derrubar os oponentes quase sempre nos primeiros rounds. A conhecida trajetória de Tyson é reproduzida neste primeiro contato com a série, da infância pobre e violenta, incluindo as passagens pela cadeia, ao precoce contato com o treinador Cus d’Amato, que virou uma espécie de pai de Tyson, mas que morreu cedo. A ver ainda como a produção do canal Hulu vai tratar a decadência do ídolo, que começou com o caso de estupro que o levou à prisão. Trevante Rhodes, de "Moonlight", está ótimo no papel do lutador e Harvey Keitel participa como D’Amato. A série usa o já manjado recurso de pôr o protagonista mirando a câmera para conversar com o espectador, quebrando a chamada quarta parede.

Disponível no Star+ (uma temporada, dois de oito episódios)

Menina de Ouro

Drama premiado com quatro troféus no Oscar —filme, direção (Clint Eastwood), atriz (Hilary Swank) e ator coadjuvante (Morgan Freeman)— que poderia ser dividido em duas partes. Na primeira, a história da pobre e abnegada Maggie, que convence o turrão Frankie a ser seu treinador e, com muita dedicação, consegue se destacar no boxe feminino. Melhor não falar da segunda parte agora, mas ela consegue ser ainda mais dramática. Leia a crítica do filme na Folha.

Disponível na HBO Max (132 min.)

Punhos de Sangue

O filme traz a trajetória real do boxeador Chuck Wepner (Liev Schreiber) que, reza a lenda, teria inspirado o roteiro de Sylvester Stallone para o primeiro "Rocky". Tudo porque o azarão Wepner enfrentou Muhammad Ali em 1975 e aguentou até o 15º round. No ano seguinte, o azarão "Rocky, Um Lutador" foi a maior bilheteria do ano. Wepner chegou a processar Stallone, mas aceitou um acordo financeiro, e adorava ostentar o apelido "The Real Rocky". O filme ainda tem Naomi Watts e Elisabeth Moss no elenco. Leia a crítica do filme na Folha.

Disponível no Prime Video (98 min.)

Um pugilista branco se apoia nas cordas de um ringue de boxe. Ele tem um bigode proeminente de cor castanha semelhante ao seu cabelo. Ele está sem camisa, usa luvas de boxes pretas e veste um short branco. O personagem olha para a direita, como se estivesse observando a chegada de seu adversário.
Liev Schreiber vive Chuck Wepner, conhecido após protagonizar luta racial com Muhammad Ali - Divulgação

Rocky, Um Lutador

Até os jedis se aposentam, mas o destemido Sylvester Stallone não larga o osso e já completa 46 anos como o destemido Rocky Balboa. O lutador alçado de "loser" a campeão esmurra rivais e evoca Adrian Pennino desde 1976 no filme que surpreendeu ao vencer o Oscar de melhor longa do ano —nocauteando "Todos os Homens do Presidente", "Rede de Intrigas" e "Taxi Driver". Mas, o primeiro "Rocky" é realmente muito bom. Os outros cinco, para quem estiver disposto, também estão disponíveis no Prime, assim como os dois "Creed", filmes que renovaram a franquia com o incansável Rocky agora como o treinador e mentor do filho de Apollo Creed, o primeiro rival.

Disponível no Prime Video (119 min.)

Touro Indomável

Martin Scorsese assina esta cinebiografia do peso-médio Jake LaMotta, filmada em preto e branco e indicada a oito prêmios no Oscar —venceu dois, incluindo o de ator para Robert De Niro. O filme de 1980 acompanha igualmente o sucesso de LaMotta no esporte, onde era conhecido como "o touro do Bronx", e sua violência e comportamento destrutivo também fora dos ringues, o que afetou a relação com o irmão Joey (Joe Pesci) e com a mulher, Vickie (Cathy Moriarty).

Disponível no Prime Video (129 min.)

O Vencedor

Cinebiografia do pugilista meio-médio Micky Ward (Mark Wahlberg), que vivia à sombra do irmão, um boxeador que chegou a enfrentar o grande campeão Sugar Ray Leonard, mas que sofre para se livrar das drogas. Para construir sua carreira, Micky precisa o tempo todo se equilibrar entre a família disfuncional, os conselhos do irmão e treinador e a relação com a nova namorada (Amy Adams). Oscar de ator coadjuvante (Christian Bale) e atriz coadjuvante (Melissa Leo). Leia a crítica do filme na Folha.

Disponível no Prime Video (116 min.)

O que tem de novo

Eu Sou Alfred Hitchcock

Com comentários de diretores hollywoodianos, como John Landis e Steven Spielberg, e de pessoas próximas a Hitchcock, este documentário traça um ótimo perfil do famoso mestre do suspense, desde sua transição do cinema mudo para o falado no Reino Unido até o sucesso em Hollywood. O filme recupera a tese do autor, difundida por críticos e cineastas franceses. No caso de Hitch, com uma defesa de seu ardoroso fã, François Truffaut. Para quem leu o livro "Hitchcock/Truffaut: Entrevistas", o filme pode parecer apenas um bônus ilustrado, mas sempre divertido.

Disponível na HBO Max (84 min.)

Uma Família Exemplar

Neste drama policial sul-coreano, um professor substituto prestes a se divorciar —muito motivado pela crise financeira— se depara acidentalmente com um carro parado na beira da estrada. As pessoas estão mortas e, no banco de trás, há um saco de dinheiro, muito dinheiro. Após pegar a grana, ele tenta limpar a cena do crime. Obviamente ficam alguns rastros, o suficiente para que ele e sua família comecem a ser perseguidos pela máfia e por uma detetive da polícia.

Disponível na Netflix (uma temporada, dez episódios)

Podres de Ricos

Finalmente esta simpática comédia romântica, de 2018, entra no catálogo da HBO Max —reza a lenda que, antes de chegar aos cinemas, a Netflix tentou produzir o filme. A trama começa com o casal Rachel (Constance Wu) e Nick (Henry Golding) em Nova York. Quando ele a convida para o casamento de um amigo em Singapura, ela descobre que o namorado é de uma família… podre de rica. Daí em diante, o filme mostra o esforço de Rachel para ser aceita por amigos e parentes de Nick, principalmente a matriarca da família (Michelle Yeoh). Inclui participação divertida de Awkwafina e um dos casórios mais chiques do cinema. Leia a crítica do filme na Folha.

Disponível na HBO Max (120 min.)

Untold: A Namorada que Não Existiu

A ótima série de documentários "Untold", da Netflix, joga luz em episódios menos explorados envolvendo astros do esporte, mas não necessariamente com o jogo no centro da questão. É o que acontece neste "A Namorada que Não Existiu", lançado em duas partes, que traz a trajetória do jogador universitário de futebol americano Manti Te’o, que tinha tudo para ser uma estrela da NFL. Reservado e religioso, ele se envolveu em 2012 em um relacionamento online com uma mulher, sem saber que estava sendo vítima de um caso de "catfish" (pessoas que criam perfis falsos nas redes sociais para iludir a vítima, emocional ou financeiramente), ainda pouco comentado na época. A produção mostra como o caso abalou a carreira de Te’o.

Disponível na Netflix (dois episódios)

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