Descrição de chapéu Livros

Tom Zé é eleito como novo imortal da Academia Paulista de Letras

Com 32 votos dos 35 votantes, cantor e compositor tropicalista ocupará a cadeira 33, que era de Jô Soares, morto neste ano

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

O cantor e compositor Tom Zé, de 85 anos, foi eleito na tarde da última terça-feira (27) como o mais novo imortal da Academia Paulista de Letras. Ele teve 32 votos dos 35 votantes para ocupar a posição na entidade.

Tom Zé em ensaio para o álbum 'Língua Brasileira'
Tom Zé em ensaio para o álbum 'Língua Brasileira' - Divulgação

O cantor e compositor tropicalista ocupará a cadeira 33, que antes era de Jô Soares, morto no último mês de agosto, aos 85 anos.

Tom Zé nasceu em Irará, na Bahia, mas há décadas mora em São Paulo. "O compositor, poeta, músico e ecologista escolheu São Paulo para viver e muitas de suas músicas contemplam a capital, como ‘São, São Paulo’, que ganhou o Festival da Record em 1968", diz a nota da Academia Paulista de Letras com o anúncio da eleição.

Tom Zé estudou música na Universidade Federal da Bahia, adquirindo a base teórica que serviu para que ele desenvolvesse conceitos de vanguarda na música caipira. Chegou a São Paulo nos anos 1960 e fez parte do movimento tropicalista liderado por Caetano Veloso e Gilberto Gil. Seu álbum de estreia, que contém "São, São Paulo" foi "Grande Liquidação", de 1968.

Nos anos 1970, ele lançou vários álbuns hoje considerados clássicos, entre eles "Tom Zé", "Todos os Olhos", "Estudando o Samba" e "Correio da Estação do Brás". Em 1984, abraçou o experimentalismo no disco "Nave Maria", com instrumentos que ele criou a partir de parafernálias.

Nos anos 1990, foi redescoberto pelo músico britânico David Byrne, ex-vocalista do Talking Heads, e passou a lançar discos com regularidade. O último deles é "Língua Brasileira", publicado este ano.

Tom Zé passa a ser membro da Academia Paulista de Letras poucas semanas depois da posse da escritora, filósofa e colunista deste jornal Djamila Ribeiro. Ela assumiu a cadeira 28 da instituição, que pertencia à escritora Lygia Fagundes Telles, morta em abril deste ano.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.