Descrição de chapéu Eleições 2022

Gusttavo Lima e Leonardo se reúnem com Bolsonaro em Brasília e apoiam presidente

Sertanejos, que demoraram a se posicionar politicamente nas eleições, afirmaram que pleito é sobre 'a família e os filhos'

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São Paulo

Os sertanejos Gusttavo Lima e Leonardo se reuniram com o presidente Jair Bolsonaro em Brasília nesta segunda-feira e declararam apoio ao candidato.

O presidente Jair Bolsonaro durante entrevista coletiva para anunciar o apoio de Gusttavo Lima e Leonardo ao presidente - Pedro Ladeira/Folhapress

"Com esse espírito de liberdade do nosso povo, de liberdade, de respeito a religiões, é que Leonardo e Gusttavo Lima estão presentes aqui", disse Bolsonaro, em conversa com a imprensa depois de uma reunião com os dois artistas.

Essa é uma das declarações mais expressivas de apoio ao presidente entre os sertanejos, que demoraram a se posicionar politicamente nas redes sociais ou em seus shows.

Com exceção de alguns nomes mais barulhentos, como o cantor Latino e os vocalistas dos Raimundos, Digão, e do Ultraje a Rigor, Roger Moreira, eram poucas as manifestações públicas de artistas conhecidos a favor do atual mandatário até a véspera do primeiro turno.

"A gente que veio do interior nunca imaginou que poderia estar do lado de um presidente. Acho que é sobre isso, sobre o idealismo da família, dos filhos", disse o sertanejo, nesta segunda. "Não vamos trocar o certo pelo duvidoso."

Já Leonardo afirmou que é contra "várias coisas do outro lado" e que se recusaria "a colocar uma bandeira nas minhas costas que tem uma estrela vermelha", ao declarar apoio ao presidente.

Depois de ser bastante criticado pelos altos cachês recebidos com dinheiro público, no que ficou conhecido como a "CPI do sertanejo", Lima chegou a se afastar de comentários de viés político.

Na época, ele chorou numa live, dizendo que "é muito triste ser esculhambado, tratado como se fosse um criminoso, um bandido". "Aqui existe um ser humano, um pai de família, ninguém aqui é bandido", ele disse. Foi um sinal de que o cantor ficou incomodado com a visibilidade negativa que recebeu com a polêmica.

Esse receio de retaliação a partir da manifestação política foi uma tônica identificada pela própria campanha de Bolsonaro. O caso de Lima ainda é parecido com o da dupla Zé Neto & Cristiano, que ecoou o discurso do presidente ao dizer que não usa a Lei Rouanet e criticar a tatuagem íntima de Anitta.

Chitãozinho e Zezé Di Camargo também estavam no Palácio da Alvorada com o presidente.

Ainda entre os sertanejos, Sorocaba, da dupla com Fernando, e Marrone, da dupla com Bruno, foram outros que embarcaram na campanha só na reta final. Ana Castela, uma das principais artistas do agronejo, abriu um de seus shows com referências à bandeira do Brasil e com o número de Bolsonaro nas urnas exibido na tela.

Depois que vídeos do evento viralizaram, ela afirmou que não se posiciona politicamente. A produtora do show informou que o vídeo exibido na abertura não foi feito pela cantora.

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