A Casa Folha celebra uma década de programação neste ano. O espaço de eventos organizado pelo jornal ocorre na Flip, a Festa Literária Internacional de Paraty, desde 2011 e leva nomes de relevância internacional para debater questões contemporâneas. Além deles, colunistas da Folha também compõem a programação das edições.
Com exceção dos anos de 2020 e 2021, por causa da pandemia de coronavírus, a Casa Folha aconteceu todos os anos desde que o jornal passou a ter uma presença institucional no evento literário no litoral fluminense.
Abaixo, veja os nomes de destaques de cada um dos dez encontros que ocorreram.
2011
Esse foi o primeiro ano que a Folha teve um espaço físico com programação na Flip. O escritor e artista Ferreira Gullar, então colunista do jornal, participou do evento e explorou o componente político de sua poesia, atravessada pelo período da ditadura e por sua relação com o CPC, o Centro de Cultura Popular, da UNE, a União Nacional dos Estudantes.
2012
A programação da Casa Folha contou com o escritor espanhol Javier Cercas, autor de "Soldados de Salamina", publicado em 2001, comentando os caminhos da literatura em sua língua. Outra participação internacional foi do americano-nigeriano Teju Cole —naquele ano, o autor havia lançado um livro no Brasil da história de um médico após o atentado de 11 de Setembro.
2013
Neste ano, o escritor mexicano Juan Pablo Villalobos foi o convidado que mais chamou a atenção. Chamado de última hora, o autor de "Festa no Covil" chamou a atenção das poucas iniciativas brasileiras para apostar em novos autores mexicanos. "O único país com que a produção brasileira tem mais intercâmbio é a Argentina, e há alguns selos pequenos se esforçando para levar novos autores para o português. Mas nos outros países do continente isso é quase nulo. O México não é uma exceção."
2014
A edição da Casa Folha contou com a participação dos colunistas do jornal Tati Bernardi e Antonio Prata em uma mesa sobre humor, poesia, infância e amizade. João Pereira Coutinho, também colunista da Folha e escritor português, participou de uma palestra sobre pensamento conservador.
2015
O crítico de cinema da Folha, Inácio Araujo, foi o principal nome de uma mesa sobre cinema e literatura. Na conversa, mediada pela jornalista Teté Ribeiro, Araujo afirmou que, mesmo estando em uma festa literária, o que menos se via era literatura.
2016
Benjamin Moser, escritor e biógrafo de Clarice Lispector, foi convidado para uma conversa sobre o porquê da literatura nos dias de hoje.
2017
A escritora angolana Djaimilia Pereira de Almeida participou da Casa Folha para falar sobre seu então recém-lançado livro "Esse Cabelo".
2018
A edição teve, em seu encerramento, uma conversa sobre escravidão, liberdade e racismo. A consultora, palestrante e ex-consulesa francesa na capital paulista Alexandra Loras conversou com a historiadora Lilia Moritz Schwarcz sobre o tema.
2019
O último dia da programação contou com uma mesa em homenagem ao jornalista Otavio Frias Filho. Ele dirigiu a Redação da Folha até sua morte, que ocorreu em agosto de 2018.
2022
O grande destaque da décima edição da Casa Folha é a presença de Annie Ernaux, a vencedora do Prêmio Nobel de Literatura deste ano. O debate também teve a presença do escritor Geovani Martins.
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