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05/10/2010 - 11h13

Reedição de álbuns solo escancara as mil facetas de John Lennon

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CARLOS GOSCH
DA EFE

Combativo, roqueiro, utópico, transgressivo e também convencional, as mil faces de John Lennon podem ser conferidas na reedição de seus álbuns solos, levados hoje novamente ao público, agora com som remasterizado.

A iniciativa, supervisionada diretamente por sua viúva, Yoko Ono, põe à disposição do público os sete álbuns que Lennon editou entre 1970 - ano da separação dos Beatles - até 1980 - quando foi assassinado-, mais o disco com músicas inéditas publicado quatro anos após sua morte.

Os oito álbuns foram agrupados em uma caixa junto a um CD duplo que apresenta um disco com os singles não incluídos nos LPs e outro com versões inéditas.

O lançamento, às vésperas do 70º aniversário do músico britânico - no próximo sábado -, inclui também outra caixa com quatro discos que agrupam tematicamente as canções de Lennon (as políticas, as roqueiras, as de amor e as filosóficas), além de um novo álbum de grandes sucessos.

AP
John Lennon, em foto de arquivo durante apresentação em 1972, em Nova York
John Lennon, em foto de arquivo durante apresentação em 1972, em Nova York

É preciso advertir que os discos de Lennon sozinho nunca soaram tão bem e que suas produções foram, em algumas ocasiões, um tanto descuidadas, longe da riqueza sonora de seus trabalhos com os Beatles.

O processo de remasterização dessas gravações não fez milagres, mas as canções ganharam frescor.

Esta reedição mostra um artista poliédrico e irregular, cuja atividade se concentrou nos anos imediatamente posteriores à separação dos Beatles, já que nos últimos cinco anos de sua vida só publicou um disco.

O primeiro álbum deste projeto de remasterização, "John Lennon/Plastic Ono Band" (1970), é também o favorito da crítica.

Inclui canções como "Mother" e "God" - com a célebre frase "não acredito nos Beatles" - que serviram de tratamento a Lennon. Com este disco, o músico britânico enfrentou seus fantasmas e limpou sua alma, em um exercício de valor artístico que continua surpreendendo 40 anos depois.

Mas é o icônico "Imagine" (1971) que permanece entre o grande público como o favorito de todos os trabalhos de Lennon solo. A remasterização deu brilho à empolada produção de Phil Spector, que alcançava momentos memoráveis em "Jealous Guy".

Da utopia pacifista de "Imagine", Lennon passou um ano depois à crítica social em "Some Time in New York City", um disco que se abria com a feminista "Woman is the Nigger of the World" e que incluía canções cantadas por Yoko Ono, coautora da maior parte do álbum.

A nova edição deste álbum inclui um disco gravado ao vivo na época pela Plastic Ono Band, grupo com o qual John e Yoko atuavam ao vivo.

Desde que foi morto a tiros por um fã em Nova York há quase 30 anos, a obra pós-beatle de Lennon ficou repleta de carga emotiva que impediu qualquer julgamento objetivo.

Três décadas mais tarde, a reedição de seus álbuns solo representa uma oportunidade para ouvir a música que há por trás da lenda.

 

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