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15/10/2010 - 10h01

Trilogia "Pretobrás", de Itamar Assumpção, é finalizada com dois álbuns póstumos

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MARCUS PRETO
DE SÃO PAULO

Quando, em 1998, Itamar Assumpção (1949-2003) fazia "Pretobrás - Por que que Eu Não Pensei Nisso Antes", último álbum lançado por ele em vida, o artista tinha em mente que aquela seria a primeira peça de uma trilogia.

Não teve tempo para completá-la --um câncer no intestino o levou prematuramente, aos 53 anos.

Mas deixou vasto material inédito, registrado em estúdio profissional só com voz e violão --boa parte composta na fase aguda da doença, quando, embriagada pelos remédios, a dor se distraía.

Foi com essas gravações que Anelis e Serena Assumpção, filhas de Itamar, construíram agora "Pretobrás II -¤Maldito Vírgula" e "Pretobrás III - Devia Ser Proibido".

Os dois discos chegam agora ao público, dentro da "Caixa Preta", que reedita em CD toda a obra do artista.

Caio Guatelli - 13.dez.2000/Folhapress
O compositor Itamar Assumpção em sua casa, em São Paulo, em 2000
O compositor Itamar Assumpção em sua casa, em São Paulo, em 2000

"Ele já deixou tudo bem encaminhado, algumas indicações de que músicas deveriam entrar [no segundo e terceiro volumes]", diz Serena. "A gente se baseou um pouco nelas. Mas a escolha final do repertório se deu com os produtores."

Os produtores, no caso, são Beto Villares (Céu, Zélia Duncan) para o volume 2 e Paulo Lepetit, que acompanhou Itamar desde o começo, nos anos 1980, para o 3.

O disco cuidado por Lepetit mantém a estética dos trabalhos que ele e Itamar fizeram juntos, como "Isso Vai Dar Repercussão", gravado em 2001, mas lançado postumamente em 2004.

"Quis fazer um disco bem orgânico, tocado sem truques de estúdio", diz Lepetit. "Usei muito a banda Isca de Polícia, que acompanhou Itamar em boa parte da vida, e o Naná Vasconcelos, um dos últimos parceiros dele."

Além de Naná e Isca, Lepetit convidou Zélia Duncan, Arrigo Barnabé, Bocato, Edgard Scandurra e Alzira Espíndola para participarem do CD, cantando ou tocando.

Já Villares interfere consideravelmente na cartilha sonora clássica de Itamar.

"Como o Beto não era amigo do meu pai, tem menos amarras em relação a ele", diz Serena. Isso deu mais liberdade na hora de criar."

Estão no volume de Villares os cantores Seu Jorge, BNegão, Arnaldo Antunes, Anelis e Serena Assumpção, Thalma de Freitas e Elza Soares e as bandas Orquídeas do Brasil e Duofel.

DOZE SHOWS

O lançamento da "Caixa Preta" acontece durante todo este mês entre o teatro e a choperia do Sesc Pompeia.

Serão seis shows duplos --dois por noite-- juntando artistas como Naná Vasconcelos, Zélia Duncan, Arnaldo Antunes e Elza Soares (leia programação completa à dir. e à esq. desta página).
Em cada apresentação, um dos 12 álbuns de Itamar vai ser mostrado na íntegra.

Mas a "Caixa Preta" não encerra a carreira de Itamar. Na garimpagem que deu origem aos novos "Pretobrás", muito material inédito ficou de fora por falta de espaço. Poderemos ter, então, outro disco novo de Itamar.

SHOWS DE LANÇAMENTO DA CAIXA PRETA
QUANDO estreia hoje, às 21h30
ONDE Sesc Pompeia (r. Clélia, 93, tel. 0/xx/11/3871-7700)
QUANTO R$ 28
CLASSIFICAÇÃO 12 anos (shows no teatro) e 18 anos (na choperia)

 

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