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22/02/2011 - 07h04

"Ecad é mesmo um mal?", questiona Caetano Veloso

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MARCUS PRETO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

A seguir, os principais trechos da entrevista com Caetano Veloso.

*

Folha - Você mesmo afirma que os argumentos dos pró-Creative Commons são mais claros. Por que não se comove com eles?
Caetano Veloso - Há questões que não estão resolvidas, a respeito das quais os dois lados ainda não se confrontaram. Algumas coisas podem ser perguntadas a todos.

Por exemplo...
O Ecad é mesmo um mal? Os próprios defensores de CC reconhecem que o Ecad passou a arrecadar muito mais nos últimos anos. Ou seja, está mais eficiente. Tenho medo de acontecerem coisas como quando o Collor e seu ministro Ipojuca Pontes --com todos os argumentos aparentemente racionais e corretos para uma sociedade liberal-- fecharam a Embrafilme. Milhões de pessoas podiam dizer com razão que a Embrafilme era um monstro criado pela esquerda do Cinema Novo com os militares da ditadura. Que era um negócio estadista, confuso e, talvez, até corrupto. Porém, aquele gesto de simplesmente fechar a Embrafilme matou o cinema brasileiro por anos.

Acha que esse mesmo raciocínio vale para o Ecad?
Não acho. Mas tenho esse caso da Embrafilme como pano de fundo que me serve, por exemplo, para o Pelourinho e para o Ecad. São coisas muito diferentes, eu sei. Mas sinto que, às vezes, há uma tendência que, em alguma medida, aos meus olhos, se parece um pouco com o que o Ipojuca fez. Digo isso como uma espécie de caricatura do que eu temo.

 

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