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18/03/2011 - 09h28

Marco Nanini aproxima público de tragicomédia familiar

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GUSTAVO FIORATTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quando atuou em "Os Solitários" (2002), espetáculo que reunia duas peças do americano Nicky Silver, Marco Nanini encerrou temporada com uma sensação: "Pterodátilos", que fazia par com "Homens Gordos de Saia", poderia um dia ser reencenada em um teatro que não fosse tão grande quanto o Alfa.

Essa é a explicação principal da revisitação que o ator --em sua terceira parceria com o diretor Felipe Hirsch-- faz ao texto, uma tragicomédia familiar. "Pterodátilos" volta hoje ao cartaz, reformulada para o teatro Faap, que tem 506 lugares.

"No Alfa, o espetáculo tinha uma impostação mais épica, mais operística", diz Nanini. "Ficamos com 'Pterodátilos' na cabeça, achando que o espetáculo poderia ser encenado mais próximo do espectador", conclui.

O novo olhar aproxima a plateia de um núcleo familiar em processo de desmantelamento, o que não significa que a encenação agora se incline ao realismo.

Nanini interpreta dois papéis: o de uma menina problemática de 15 anos, rejeitada pela mãe, e o o pai dela, "um sujeito que vive seus problemas passivamente, como se estivesse na prisão".

Completam o núcleo familiar a própria mãe --que na temporada de 2002 foi interpretada por Marieta Severo e agora é vivida por Mariana Lima--, o outro filho do casal (Álamo Faço) e o namorado da filha (Felipe Abib).

Flavio Colker/Divulgação
O ator Marco Nanini, na peça que estreia hoje em São Paulo
O ator Marco Nanini, que retoma parceria com o diretor Felipe Hirsch na peça que estreia nesta sexta-feira em SP

NOVO FOCO

Os diálogos explicitam conflitos interpessoais ora conduzidos por questões mais cotidianas, como a rejeição, ora articulados em um campo trágico.

Incesto, dominação, estupro, abuso e doenças --um dos personagens é portador do vírus HIV--, em alguns pontos, acabam se tornando temas centrais.

É um texto típico de uma primeira fase de Silver, que disse, em entrevista ao "New York Times", considerá-la mais "nervosa".

"Eu estou muito diferente da pessoa que eu era quando escrevi essas peças. Eu tinha raiva de muitas coisas. Se você olhar para 'Pterodátilos', essa é uma peça que tem muita, muita raiva", afirmou o autor.

Nanini explica que a nova leitura partilhada com Hirsch sublinha um desequilíbrio provocado pelo consumo. "Na primeira encenação, sinto que o foco da peça estava no problema da Aids, por exemplo", diz.

"Agora, o foco muda, a coisa do consumismo está mais forte, o que nos aproxima de uma realidade que está tomando conta do Brasil."

PTERODÁTILOS
QUANDO sex., às 21h30, sáb., às 21h, e dom., às 18h
ONDE Teatro Faap (r. Alagoas, 903, tel. 0/xx/11/3662-7233)
QUANTO R$ 30 a R$ 80
CLASSIFICAÇÃO 16 anos

 

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