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26/03/2011 - 10h02

Maratona na TV traça evolução da carreira de Liz Taylor

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INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Elizabeth Taylor foi, antes de tudo, uma sobrevivente. Porque não é fácil ser atriz mirim de sucesso, passar com desenvoltura a atriz dramática de peso e, ao mesmo tempo, mulher belíssima, conciliar a fama, Hollywood e a vida pessoal.

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Isso se poderá comprovar hoje na homenagem do canal TCM à atriz (morta na última quarta) com uma fieira de seis filmes. A amostragem é incompleta, claro, nem sempre a melhor, mas dá uma boa ideia da evolução de Liz Taylor e da vastidão de seus recursos.

Tudo começa na adolescência com "A Coragem de Lassie" (16h), o terceiro filme da célebre collie. O longa é de 1946 e está na raiz da frase célebre de Liz Taylor segundo a qual alguns dos melhores atores com quem contracenou eram animais.

Às 17h40 entra "Quatro Destinos" (1949), rebatizado pela emissora como "Adoráveis Mulheres". É a adaptação do famoso relato de Louisa May Alcott que seria refilmado em 1994.

Ela faz Amy, uma das quatro irmãs que crescem enquanto o pai luta na Guerra de Secessão. É a Liz adolescente ainda, aos 17 anos, que está nesse filme de Mervyn LeRoy.

Já quando faz "Ivanhoé, o Vingador do Rei", que entra às 19h50, Liz era mulher feita. Na aventura, ela é Rebecca, a encantadora judia cujo pai, Ivanhoé, salvará de normandos nada gentis.

Enfim, um filme de aventuras em que o espaço das mulheres era restrito, ainda que se chamassem Elizabeth Taylor e Joan Fontaine.

MGM/The Kobal Collection
Elizabeth Taylor contracena com Paul Newman em "Gata em Teto de Zinco Quente", adaptação da peça de Tennessee Williams
Elizabeth Taylor e Paul Newman em "Gata em Teto de Zinco Quente", adaptação da peça de Tennessee Williams

GRANDE CINEMA

O melhor mesmo vem a seguir: "Gata em Teto de Zinco Quente" (1958), às 22h, e "De Repente, no Último Verão" (1959), à 0h05, trazem Liz em em grandes interpretações.

Nas duas adaptações de textos de Tennessee Williams, a homossexualidade está em pauta. No primeiro, de forma um tanto velada, já que o marido de Liz, Paul Newman, é tratado como impotente sexual (o que era melhor face à censura).

A presença de Liz como a mulher absolutamente perturbada pela situação é memorável. Aqui já se percebe o elo entre atriz e mulher de vida pessoal atribulada que marcaria sua maturidade.

Em "De Repente, no Último Verão", Katharine Hepburn tenta subornar o dr. Montgomery Clift para que ele lobotomize sua sobrinha, a perturbada Liz.

Monty não engole o dinheiro nem as ideias da rica senhora assim tão fácil, e o filme, na tradição de Williams, desnudará os personagens, seus segredos e reais motivações. Na tradição de Joseph L. Mankiewicz, o teatro gera grande cinema.

Para encerrar a noite, "Nossa Vida com Papai", às 2h15, retorno à adolescência da atriz (1947), aqui sob a direção de Michael Curtiz.

NA TV
Elizabeth Taylor
Maratona com seis filmes da atriz
QUANDO hoje, a partir das 16h, no TCM
CLASSIFICAÇÃO não informada

 

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