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Dívidas motivaram racha entre Bienal e arquitetos
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SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO
Um racha financeiro entre a Fundação Bienal de São Paulo e o Instituto de Arquitetos do Brasil está por trás da mudança de endereço da edição deste ano da mostra de arquitetura, que vai trocar o pavilhão de exposições de arte pela Oca, no Ibirapuera.
Será a primeira vez que isso acontece desde que foi criada a Bienal Internacional de Arquitetura, em 1973.
Embora as duas instituições tenham atribuído a problemas de agenda a saída da BIA do pavilhão da Bienal, a última edição do evento terminou sem pagar seus fornecedores nem as contas do espaço onde foi realizada.
Em cartas obtidas pela Folha, os presidentes da Bienal e do IAB, Heitor Martins e Rosana Ferrari, discutem um valor de R$ 164 mil, que os arquitetos devem ao pavilhão desde o fim da oitava edição da mostra, em 2009.
Esse valor é a metade daquele pago por uma empresa que usou o espaço do pavilhão durante a última BIA, numa negociação intermediada pela Fundação Bienal.
Eduardo Knapp - 29.out.09/Folhapress | ||
Montagem na última edição da Bienal Internacional de Arquitetura de SP, há dois anos |
No entender da fundação, o montante pago pela empresa para dividir o espaço com a mostra de arquitetura teria de ser dividido entre Bienal e IAB. Mas os arquitetos afirmam que caberia a eles receber o valor total, gerando um desentendimento.
Segundo um levantamento feito pela Folha, o IAB deve ainda R$ 286 mil a outras empresas, além de R$ 353 mil à prefeitura por pagamentos atrasados de impostos --elevando a dívida total da instituição à casa dos R$ 800 mil.
"É uma entidade sem fins lucrativos", disse Ferrari, presidente do IAB, à Folha. "Vira e mexe a gente está devendo e passando o chapéu."
Ferrari acrescentou que a dívida da última edição foi causada pela perda de um patrocínio de R$ 1,1 milhão, o que teria cortado metade do orçamento da mostra, e que as dívidas atuais do IAB, negociadas, somam R$ 250 mil.
Alvo de críticas pesadas, a última Bienal Internacional de Arquitetura começou com partes do pavilhão ainda em montagem e não conseguiu negociar o aluguel de todos os seus espaços expositivos até o final da exposição.
Para a próxima edição da BIA, que começa no fim do ano na Oca, o IAB tenta captar R$ 5 milhões, buscando apoio do MinC, do Ministério das Relações Exteriores e da Prefeitura de São Paulo.
Procurado pela reportagem, o presidente da Fundação Bienal, Heitor Martins, não quis comentar o caso. Em nota, sua assessoria afirmou que "a Bienal não comenta o relacionamento econômico com seus parceiros".
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