Como a filha do guitarrista de Pitty redescobriu a música após suicídio do pai

Ananda Ferrari conviveu com o rock brasileiro dos anos 2000 nos churrascos de Peu Sousa

Chico Felitti

[RESUMO] De Novos Baianos a Pitty, de Charlie Brown Jr. a Carlinhos Brown, uma jovem de 19 anos conviveu com boa parte da música brasileira em seu próprio quintal —e precisou se redescobrir depois que o pai, guitarrista e compositor, se matou em casa.

 

“Acho que tô pronta. Pronta para me chamar de cantora”, diz Ananda Ferrari, 19, esmalte vermelho descascado e cabelo castanho assimétrico.

A frase carregaria apenas o peso da escolha profissional por que passa qualquer jovem, não fosse o papel que a música tem na vida de Ananda. Ela é filha de Peu Sousa, guitarrista central na cena rock ‘n’ roll de Salvador nos anos 2000. Enteado de Galvão, o mais velho dos Novos Baianos, Peu tocou com Baby do Brasil e Luiz Melodia. Foi apresentado pelo padrasto a Pepeu Gomes, que o define como um “puta guitarrista”.

Quando Ananda tinha 13 anos, Peu se enforcou no apartamento da família, em Salvador. Desde aquela época, ela vinha deixando a música, um sonho de criança, em suspensão.

 

A decisão de retomar o lado musical coincide com o retorno a Salvador. Após a morte do pai, Ananda foi morar com a mãe na Chapada Diamantina. A seguir, em São Paulo, com os avós. Na nova etapa soteropolitana, iniciada há um ano, começou pagando sozinha por um quarto de fundos. Ficou noiva e ganhou da avó paterna o aluguel do apartamento onde vive hoje.

 

Numa sexta-feira de agosto, Ananda encontrou a Folha na porta da casa da cantora e artista plástica Rebeca Matta, sua madrinha, no bairro do Rio Vermelho. A um quarteirão dali, na orla, ficam os bares e as casas de show onde Peu começou a carreira.

O interior todo branco do dúplex é interrompido apenas pelas pinturas de Rebeca nas paredes e pelo verde-esmeralda do mar, que entra pelas janelas. Fazia tempo que Ananda não passava por ali.

“Me dá um abraço suado”, diz Ni, a faxineira, quando percebe que a mulher que está na cozinha, à espera de Rebeca, é Ananda. Fazia 18 anos que as duas não se viam. Na casa, há uma foto da época em que Ni a conhecera: um bebê que se escorava no pai, então com o cabelo descolorido, para ficar em pé. 

Ananda olha para a imagem em que se equilibra em Peu e conta que fez um curso de autobiografia em São Paulo. Diz ter escrito cartas para o pai, narrando o que acontecia desde a morte dele, e pensou em juntá-las em um site ou um livro. “Mas não foi para frente.” 

Durante a adolescência, pensou em ser veterinária, médica e psicóloga. Estagiou com uma designer gráfica. “Mas sempre fui muito mais ligada à arte”, conta Ananda. Voltou à música, seu sonho de infância que parecia ter morrido.

“Quando novinha, eu não tinha voz. Era péssima. Teve um momento em que eu parei de cantar na frente das pessoas, para não incomodar”, ela ri e esconde o rosto entre as mãos. “No momento em que eu falei ‘doa a quem doer, eu vou cantar’, as pessoas falaram que era bonita a minha voz.”

Um ano após a morte do pai, Ananda começou a frequentar sites de cifras musicais. Por meses, ela teve um repertório de uma só música no violão: “Skyscraper”, da cantora pop americana Demi Lovato —“porque era fácil e não tinha pestana”. E porque havia memória afetiva na canção. 

Em 2009, a menina viu com Peu uma apresentação de Lovato, que fazia o show de abertura da boy band Jonas Brothers, de quem Ananda era fã. “Meu pai achou ela uma baita artista. E daí eu comecei a gostar.” Por muito tempo, ela quis ser Demi Lovato. “Hoje em dia, não. Hoje em dia eu quero ser eu. Ainda não sei bem quem, mas eu.”

Ananda passou de músicas de artistas que admirava para o repertório de Peu, inclusive para músicas que não chegaram a ser lançadas. “Não tem partitura, não tem cifra, não tem nada”, diz ela sobre as inéditas. A menina usa um violão que foi do pai para aprender as canções de ouvido, “o que às vezes é muito difícil, porque são músicas meio complexas”. Ela conta que a dedicação é algo que pegou de dentro de casa. 

“Ele é muito…”, Ananda escorrega no tempo verbal, para logo emendar: “Ele era assim, fazia muita música. Tocava sem parar por dias, semanas, e depois pegava abuso da própria música. Não queria mais ouvir.”

“Era assim mesmo. Tocava no repeat até não poder mais. Depois, não queria saber mais”, diz uma voz descendo as escadas. Rebeca é uma mulher baixa e calma, com dreadlocks castanhos até a cintura e um vestido que imita a estética do Iron Maiden, mas em que está escrito Água-Viva, junto com a estampa de uma medusa. Ela convida Ananda para subir até a laje, de onde se vê o mar.

Rebeca conheceu Peu no palco. Foi ver um show da Dois Sapos e Meio, uma das bandas que ele teve na juventude, e criou um laço instantâneo. “Parece que a gente se conhecia de outras vidas.”

A cena alternativa de Salvador 15 anos atrás era pequena, mas densa. “Era muito difícil, porque a axé music dominava o país. Mas era muito gostoso também. A gente se encontrava porque nós todos éramos ‘os outros’”, diz Rebeca, que ganhou o prêmio APCA de cantora revelação em 1999. Peu produziu um disco de Rebeca no começo dos anos 2000, enquanto trabalhava num projeto que seria um dos maiores da sua carreira: o álbum de estreia de Pitty.

O disco, “Admirável Chip Novo”, foi um dos mais populares de 2003, um dos últimos anos em que a venda de discos ainda deu lucro. “Equalize”, uma das principais canções do álbum, era uma parceria entre Pitty e Peu que, dizem os amigos, foi composta em meia hora.

Mas o carro-chefe do trabalho era “Máscara”, uma música improvável para ser o primeiro single de uma artista até então desconhecida do grande público. A faixa tem quase cinco minutos, o dobro da média do mercado pop, um trecho em inglês e um refrão de amor próprio que parece fazer sentido em 2018, mas era coisa mais rara 15 anos atrás. “Seja você/Mesmo que seja/Estranho/Seja você/Mesmo que seja/Bizarro, bizarro, bizarro”, cantava Pitty, ao som da guitarra de Peu.

Foi esse sucesso que levou a família do guitarrista a se mudar para São Paulo. Ananda passou a infância no quintal da MTV, com a mãe e o pai. Quase todas as bandas brasileiras que fizeram sucesso no começo do milênio frequentaram os churrascos da casa de Peu, na rua Mococa, que ficava a dois minutos a pé do prédio do canal de TV, no Sumaré.

A família ficou nessa casa de 2003 a 2010, e foi ali que, no aniversário de nove anos, Ananda ganhou um piano antigo, do tamanho de um armário. Começou a tocar “Hey Jude”, a única música que sabia mais ou menos de cor. “Eu escutei palmas.” O pai e a mãe a observavam da janela. 

“Ela sempre teve uma voz ótima”, diz Rebeca. “A Ananda diz que cantava mal, mas é mentira.”

A cantora esteve com Peu na semana em que ele tirou a própria vida. Diz que ele estava muito alegre quando tomaram um vinho californiano no La Taperia, restaurante espanhol de tapas de frente para o oceano Atlântico. A garrafa continua exposta no estabelecimento, como uma lembrança daquela noite.

Começa a gotejar na varanda do Rio Vermelho, e o céu que estava azul fica roxo em menos de cinco minutos. “Inverno em Salvador é assim”, justifica Rebeca. “Vamos sair?”.

A madrinha de Ananda nos leva de carro para um prédio próximo do largo do Campo Grande. É lá que mora Luisão Pereira, músico e produtor de 50 anos que é seu tio de consideração, já que era o irmão mais velho que Peu escolheu.

“Olha que loucura, ontem eu estava no estúdio e caiu uma foto dele da parede”, diz o barbudo careca e parrudo para Ananda, quando a recebe com um abraço. “Como você tá grande!”.

Luisão conta que conheceu Peu ainda criança, dançando com os braços soltos à moda de Renato Russo, em festas de Juazeiro, no interior da Bahia. “Peu apareceu com um guitarra Jennifer amarela horrorosa, aos sete anos, e disse que queria tocar. Eu tinha uns 16, 17 anos. A gente conviveu o resto da vida. E brigou uma vez só.”

Assim que Peu entrou na adolescência, Luisão convidou a banda do garoto para fazer o show de abertura do seu grupo, Cravo Negro, na Festa do Melão de uma cidade perto de Juazeiro. E o rapaz quase acabou na delegacia por cantar o refrão “A PM é pica mole, pica mole, pica mole” por cinco minutos no palco. “Só não apanharam porque eram molecada. E só não foram presos porque eram os filhinhos de não sei quem.” Ananda ri quando ouve essa história. 

Além da Cravo Negro, Luisão passou por bandas como Penélope, Bizarre Joe e Maionese Love. As carreiras dele e de Peu convergiram em poucos momentos, como quando os dois tiveram uma banda juntos, a Lourdes Maria, que tocava covers de Madonna arranjados por Peu.

Enquanto conta a história, Luisão vai tirando de um armário de seu estúdio memórias dessas três décadas de música. Recortes de fanzines. Discos. Centenas de fotos. Enquanto tenta enfiar tudo de volta no armário, em bolos desorganizados, sacode um maço de fotos de Peu. “Quem pode guardar as fotos dele?”. “Eu posso”, diz Ananda. 

No meio de uma ladeira de Lençóis, cidade a cerca de 400 quilômetros da capital baiana que serve de base para turistas que querem explorar a Chapada Diamantina, fica a Pousada do Sossego. Cinco casas para baixo do Sossego, no fim da rua, está a casa de Monique Ferrari.

Ela é a mãe de Ananda. E foi a mulher de Peu por quase 20 anos. “A Ananda quer fazer música. Não sou contra. Só não alimento mais sonho nenhum. Sem expectativa. Eu vi aonde um sonho pode levar”, diz, numa cadeira nos fundos da casa.

O sobrado de dois andares, com chão de pedra e imagens hinduístas espalhadas em estantes, é a realização de uma vontade antiga de Monique. Aos 16 anos, ela foi entrevistada para uma reportagem do jornal A Tarde, o maior da Bahia, que perguntava a alunos do ensino médio o que fariam depois da formatura. “Respondi que ia me mudar para a Chapada Diamantina e vender sopa e mingau. Demorou, mas eu vim.”

A mudança de Salvador, onde cresceu e passou a maior parte da vida, veio com uma série de outras mudanças, após o trauma. “Quando aconteceu [a morte de Peu], pensei: ‘Agora vou brincar de ser outra pessoa’.” Doou o guarda-roupas. Começou a fazer psicoterapia, mas, como chorava muito no consultório, trocou a análise por caratê e ioga. 

Ela havia passado metade da sua vida com o marido. “Quando eu conheci Peu, com uns 17 anos, uma amiga me levou a um show de rock no Pelourinho. Foi uma loucura.” A plateia batia cabeça. O guitarrista pulou do palco e começou a dedilhar Novos Baianos no meio da multidão.

Aquela seria a primeira de mais de 5.000 noites que Monique passaria com Peu. “A gente nunca teve namoro, já começamos a dormir um na casa do outro desde a primeira semana. A mãe dele e a minha mãe não se incomodaram.”

Como Peu não tinha amplificador, tocava a guitarra desligada na cama. A MTV ficava ligada sem som. “Ele largou a escola, acreditava muito naquilo”. E logo começou a conseguir resultados. Fez um teste para entrar na banda de Carlinhos Brown. Passou, se apresentou com Brown e, anos depois, seria convidado para gravar uma faixa com ele, produzida por Marisa Monte.

Enquanto tocava com artistas de projeção nacional, Peu sempre mantinha uma banda. Ou duas. A Dois Sapos e Meio conseguiu conquistar fãs na cena local. A Diga Aí Chefe também. Mas se dissolveram, assim como as quatro bandas de que Peu faria parte nos anos seguintes. 

“Não foi briga de dinheiro porque não tinha dinheiro. Sempre tinha a questão de ego e de reconhecimento”, diz Monique.

No começo da década de 2010, já fora da banda de Pitty e produzindo para outras cantoras, Peu conheceu Champignon, baixista que ficou famoso no Charlie Brown Jr. “Era linda a amizade deles, inteira calcada em música. Tocavam o tempo todo.” Os dois se juntaram a Junior Lima, que durante a infância foi metade da dupla Sandy & Junior, e criaram a banda Nove Mil Anjos

Como todos já eram conhecidos do público, conseguiram bons negócios. Assinaram um contrato de R$ 1 milhão para o disco ser lançado na memória de um aparelho celular. Gravaram o disco nos EUA, assim como um documentário. Mas um desentendimento dentro da banda impediu que todos os contratos fossem cumpridos —e eles se separaram.

Monique, assim como a filha, intercala o pretérito perfeito e o presente para falar de Peu. “Ele tem a natureza de doidão. É sexo, drogas e rock ‘n’ roll na veia. Mas, ao mesmo tempo, ele é muito família. Ele me queria perto o tempo todo, ele queria Ananda perto. Tinha a energia das drogas presente o tempo todo, mas tinha a da arte também.”

No fim da vida, o caos de Peu virou ordem. “Ele dormia cedo, acordava cedo, fazia academia. Mas estava sem perspectiva de realizar seu sonho. De viver de música de banda.” Para garantir o sustento, Monique concebeu um projeto de música erudita para inscrever na Lei Rouanet. Seriam três álbuns, de 11 músicas cada um, compondo uma ópera rock. Conseguiu aprovação e patrocínio em dezembro de 2012.

Era um começo de tarde de maio de 2013 quando, depois de uma discussão sobre querer ir morar em Los Angeles, Peu se trancou no quarto. “Ele nunca se trancava”, diz Monique. 

Horas se passaram antes que ela tentasse abrir a porta. Quando forçou sua entrada, virou de costas e levou as crianças para o playground do prédio. Pediu que um vizinho corresse até sua casa para saber se algo poderia ser feito. “O Ben teve febre no momento em que a gente desceu, e a Ananda, que não sabia o que tinha acontecido, me disse: ‘Mãe, eu nunca vou fazer isso’.”

“Na hora, vem uma raiva. ‘Como você fez isso comigo? Eu vou ter que conviver o resto da minha vida com isso.’ Mas eu joguei isso fora”, Monique pausa enquanto coloca uma assadeira com fatias de banana da terra no forno. “Joguei fora a raiva e abracei Peu, onde quer que ele estivesse.”

Ela voltou a morar com a mãe e se fechou por um período. “As pessoas não sabem como reagir, não sabem o que falar. Eu só pedia a quem mandava mensagens no Facebook que imaginasse a família feliz.” Ela foi uma das últimas pessoas a chegar ao enterro de Peu, para evitar expor sua fragilidade. “Não queria que ninguém me visse mal.”

A data também marcou a mudança profissional na sua vida. “Quando o Peu morreu, eu disse: nunca mais trabalho com produção”. Fez curso de formação como professora de ioga. Foi criar o filho mais novo na Chapada Diamantina.

Aos nove anos, Ben é um garoto falante de cabelo revolto que assiste a vídeos de youtubers o tanto quanto pode, vai de bicicleta à escola construtivista, joga no celular e tem um interesse aguçado por ciência. Mãe e filho, ambos descalços, fazem trilhas juntos até cachoeiras como a Primavera e poços como o Halley, pontos turísticos de Lençóis.

Monique também dedica parte do seu tempo a fazer um resgate da obra do marido. “É muito difícil mexer nessas coisas. Há uma procrastinação, porque ouvir a voz dele não é tão fácil assim”. Foi depois da mudança para Lençóis que ela tomou coragem para abrir o computador de Peu —e se deparou com uma memória formatada, em branco. “Achei que tivesse perdido tudo”. Demorou meses para ser lembrada, num sonho, de que ele havia comprado um HD externo nos Estados Unidos. 

Encontrou ali uma centena de composições, distribuídas em pastas. O único álbum da última banda de Peu, Trêmula, está ali.

Monique está cadastrando as músicas uma por uma na UBC, a União Brasileira de Compositores, e mandou canções inéditas para artistas com quem o guitarrista já havia trabalhado, como Ana Cañas e Pitty. “Eu vou fazer as coisas a meu tempo, fazer o que der pra fazer. Não sou urgente que nem Peu.”

No aniversário de um ano da morte, ela criou um site de homenagem a Peu, com depoimentos de artistas como Edgard Scandurra (“Ele tinha tudo pra ser um dos grandes guitarristas brasileiros”), Dinho Ouro Preto (“Peu era diferente, ele era indiferente ao ruído em nossa volta”) e Jorge Mautner (“Seu talento não ficava só na imensidão da música, mas na capacidade de sua comunicação, e comunicação é comunhão”).

Quatro meses depois da morte de Peu, seria a vez de Champignon cometer suicídio. Ambos tinham 35 anos e haviam feito parte da Nove Mil Anjos. Metade da banda tirou sua própria vida um ano após o grupo terminar. Por mais que o suicídio seja uma realidade não muito estranha ao meio musical, o assunto ainda é tabu. É difícil encontrar artistas que se disponham a falar sobre o que aconteceu com o colega.

 

Pitty, a parceira musical mais famosa de Peu, disse por meio de sua assessoria de imprensa que não encontrou tempo na sua agenda para falar, já que estava planejando o lançamento de um álbum e uma turnê. Nas mesmas três semanas em que foi procurada pela Folha, deu entrevistas para o programa “Fantástico” e para a revista Rolling Stone.

Junior Lima, que esteve com Peu e Champignon no grupo Nove Mil Anjos, tampouco respondeu a duas semanas de pedidos de entrevista.

Mas uma conversa importante sobre o ocorrido aconteceu em 2018. Faz poucas semanas que Monique contou para Ben o que havia acontecido com seu pai. O ensejo foi um vídeo em que o youtuber Felipe Neto aconselhava pessoas que estavam tristes a procurar ajuda. 

“Até então, a gente falava pra ele que o pai tinha virado uma estrela. Aí eu expliquei. Ele não entendeu, lógico”, ela ri. E dá de ombros: “Mas acho que foi bom mesmo assim”. 

Uma semana depois da conversa com a Folha em Lençóis, Monique envia por e-mail músicas que Peu não teve oportunidade de lançar. Uma delas se chama “Quando Alguém Morre”, e parte da letra diz: “Quando você morre/Não dá para prever/O tempo que essa morte/Acaba com você”. 


Chico Felitti é jornalista.

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.