Descrição de chapéu Podcast Folha

'Recall' de presidente a cada 2 anos pode ser uma boa ideia, diz pesquisador

Sérgio Abranches, autor de 'Presidencialismo de Coalizão', é o convidado da Ilustríssima Conversa

Walter Porto

​​O sociólogo e cientista político Sérgio Abranches é o convidado do podcast Ilustríssima Conversa desta semana.

Ele escreveu há 30 anos o artigo “Presidencialismo de Coalizão: O Dilema Institucional Brasileiro”, trabalho consolidou a expressão hoje usada à exaustão para definir o sistema de governo do Brasil. 

Neste ano, ele lança pela Companhia das Letras o livro “Presidencialismo de Coalizão - Raízes e Evolução do Modelo Político Brasileiro”, no qual se propõe a fazer um extenso balanço sobre o que aconteceu desde o governo Fernando Collor até Michel Temer. 

Na conversa com Walter Porto, repórter da Ilustríssima, ele discutiu o funcionamento do sistema presidencialista brasileiro e a relação entre Executivo e Legislativo nos últimos governos, com atenção especial para aqueles onde a relação foi esfrangalhada a ponto de dar partida a um processo de impeachment.

O autor ainda sugeriu mudanças para o nosso modelo de eleições e ponderou sobre a possibilidade de o futuro presidente Jair Bolsonaro ter boa relação com o Congresso eleito sem recorrer ao toma-lá-dá-cá.

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O cientista político Sérgio Abranches - Chico Cerchiaro/Divulgação

Além do link acima, o podcast pode ser acessado em sites e aplicativos que disponibilizam podcasts em celulares e computadores, como Stitcher e o Spotify, disponíveis em smartphones com os sistemas operacionais Android ou iOS. Usuários de aparelhos da Apple podem ouvir os episódios pelos mesmos aplicativos ou também pelo app Podcasts, que já vem instalado em iPhones.

Em aplicativos, o usuário pode assinar —sem qualquer custo— o podcast, passando assim a receber alertas quando novos episódios são publicados.

Na série quinzenal, são entrevistados autores de livros de não ficção ou de pesquisas acadêmicas.

Já participaram do programa:

  • Mauricio Stycer, autor de "Topa Tudo por Dinheiro - As Muitas Faces do Empresário Silvio Santos" (Todavia)
  • Adriana Negreiros, autora de " Maria Bonita - Sexo, Violência e Mulheres no Cangaço" (ed. Objetiva);
  • João Silvério Trevisan, autor de "Devassos no Paraíso", compêndio sobre a sexualidade no Brasil;
  • Gabriel Feltran, sociólogo e professor da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), autor de “Irmãos - Uma História do PCC” (Companhia das Letras); 
  • Contardo Calligaris, que reeditou recentemente o livro “Hello Brasil! - Psicanálise da Estranha Civilização Brasileira";
  • Marcelo D'Salete, autor das HQs "Angola Janga" e "Cumbe", que contam a história dos quilombos no Brasil;
  • Laura Carvalho, economista, colunista da Folha e autora de “Valsa Brasileira: Do Boom ao Caos Econômico”;
  • Renato Janine Ribeiro, ex-ministro da Educação e autor de "A Pátria Educadora em Colapso";
  • José Miguel Wisnik, autor de "Veneno Remédio", um ensaio sobre futebol;
  • Sérgio Rodrigues, autor de "O Drible", romance histórico sobre futebol; 
  • Lilia Schwarcz, antropóloga que lançou livro sobre racismo e escravidão; 
  • Marcos Nobre, professor de filosofia da Unicamp, segundo quem a sociedade passa por um momento de transição; 
  • Regina Zappa, que escreveu livro sobre maio de 1968; 
  • Flávia Biroli, autora de obra sobre desigualdades de gênero na política e sociedade; 
  • Claudia Wasserman, autora do livro "Teoria da Dependência", que falou sobre intelectuais que disputaram com FHC; 
  • Felipe Recondo, jornalista que escreveu "Tanques e Togas", sobre a atuação do STF durante a ditadura militar; 
  • Plinio Junqueira Smith, professor de filosofia, que escreveu "Uma Visão Cética de Mundo", sobre o filósofo Oswaldo Porchat; 
  • Francisco Bosco, doutor em letras e autor de "A Vítima Tem Sempre Razão?", que falou sobre o politicamente correto;
  • Conrado Hübner Mendes, professor de direito constitucional da USP, que falou sobre o Supremo.

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