Como um processo que levou anos para ser efetivado, a Independência do Brasil reúne nomes e histórias além de dom Pedro 1º e do grupo político das províncias do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Do norte ao sul do território, muitas pessoas participaram das lutas para emancipar o Brasil do Império Português. Conheça cem desses personagens, listados em ordem alfabética.
Agostinho Gomes
1769 (Salvador) - 1842 (Salvador)
Eleito deputado para representar a Bahia nas cortes de Lisboa em 1821, para a Assembleia Constituinte em 1823 e para o Senado em 1826. Contudo, desiludido com a monarquia brasileira, publicou em 7 de setembro de 1839 um artigo que defendia que Brasil e Portugal voltassem a se unir, ideia vista como um crime para a época.
Ana Maria José Lins
1764 (Porto Calvo - AL) - 1839 (São Miguel dos Campos - AL)
Aliou-se aos revolucionários da Revolução Pernambucana (1817) e da Confederação do Equador (1824). Com a casa cercada pelas tropas imperiais, ela e seu filho resistiram atirando, garantindo a fuga para os demais combatentes.
António da Silveira Pinto da Fonseca
1770 (Poiares e Canelas - Portugal) - 1858 (Poiares e Canelas - Portugal)
Militar português, o brigadeiro fez parte da Revolução do Porto, que exigia a submissão da monarquia a uma Constituição, e foi presidente da Junta Provisional do Governo Supremo do Reino.
Antônio Leão
Data desconhecida (Jequiá da Praia - AL) - 1825 (Jequiá da Praia - AL)
Revolucionário, participou da Revolução Pernambucana (1817) e da Confederação do Equador (1824). Preso e condenado à morte, teve seu corpo esquartejado e espalhado pela praia de Jequiá.
Azeredo Coutinho
1742 (Campos dos Goytacazes - RJ) - 1821 (Lisboa)
Inquisidor-geral do Reino de Portugal, foi o bispo que fundou o seminário de Olinda, centro de instrução religiosa que tornou-se celeiro das ideias republicanas que culminariam nas revoluções pernambucanas.
Barão de Jequiá
1800 (São Miguel dos Campos - AL) - 1870 (São Miguel dos Campos - AL)
O capitão Manuel Duarte Fernandes Ferro foi um dos nomes da resistência alagoana junto à Revolução Pernambucana (1817) e à Confederação do Equador (1824).
Bárbara de Alencar
1760 (Exu - PE) - 1832 (Fronteiras - PI)
Comerciante, foi um importante nome da Revolução Pernambucana (1817) e da Confederação do Equador (1824) no Ceará, tendo sido uma das poucas mulheres a assumir protagonismo na cena pública no período.
Bárbara Heliodora
1759 (São João del-Rei - MG) - 1819 (São Gonçalo do Sapucaí - MG)
Poetisa, mineradora e ativista, participou das conspirações da Inconfidência Mineira.
Bartolomeu Jacaré
Data e local de nascimento e morte desconhecidos
Conta a tradição que ele, um indígena, chefiou uma tropa de tapuias flecheiros durante a Guerra da Independência da Bahia.
Belchior Pinheiro de Oliveira
1778 (Diamantina - MG) - 1856 (Pitangui - MG)
Padre, foi membro da comitiva de dom Pedro 1º na sua viagem do Rio a São Paulo em 1822 e foi um dos homens a orientá-lo a proclamar a Independência.
Carlota Joaquina
1775 (Aranjuez - Espanha) - 1830 (Queluz - Portugal)
Esposa de dom João 6º, chegou a ser conhecida como "a megera de Queluz" pelas constantes conspirações contra o reinado do marido.
Chalaça
1791 (Lisboa) - 1852 (Lisboa)
Francisco Gomes da Silva era bastante amigo dom Pedro 1º. Era malvisto por seu caráter boêmio e oportunista. Acompanhou o príncipe na viagem que culminou na Independência.
Cipriano Barata
1762 (Salvador) - 1838 (Natal)
Ativista das revoluções no Nordeste, foi jornalista e editou o Sentinela da Liberdade, no qual defendia a Independência e mudanças radicais na sociedade brasileira. Enquanto político, foi deputado pela província da Bahia nas cortes de Lisboa, em 1821.
Corneteiro Luís
Data e local de nascimento e morte desconhecidos
Luís Lopes foi o corneteiro das tropas brasileiras em meio à guerra da Independência na Bahia. Conta a história que ele teria invertido o som da ordem de seus superiores, incentivando os brasileiros à luta ao invés da retirada. Eles teriam vencido a batalha.
Coronel Santinho
1788 (Salvador) - 1848 (Salvador)
Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque foi um militar e senhor de engenho que se destacou nas batalhas pela Independência da Bahia ao vencer as forças portuguesas.
Dom João 6º
1767 (Queluz - Portugal) - 1826 (Lisboa)
Rei de Portugal à época da Independência do Brasil, era pai do imperador dom Pedro 1º e firmou, em 1825, o tratado que reconheceu a emancipação do país.
Dom Pedro 1º
1798 (Queluz - Portugal) - 1834 (Queluz - Portugal)
Um dos protagonistas da Independência, bradou a emancipação do Brasil de Portugal e se tornou o primeiro imperador da nova nação. Governou o país até 1831.
Domingos José Martins
1781 (Marataízes - ES) - 1817 (Salvador)
Comerciante, foi um dos líderes da Revolução Pernambucana de 1817 e membro da junta que assumiu o governo republicano. Por conta da insurreição, foi fuzilado pelo Império
Domitila de Castro Canto e Melo
1797 (São Paulo) - 1867 (São Paulo)
Instituída marquesa de Santos em 1826, foi a principal amante de dom Pedro 1º, tendo sido levada à corte pelo imperador. Eles mantiveram um relacionamento de 7 anos.
Elias José Ribeiro de Carvalho
Governador-geral do Piauí, chegou a mobilizar militares para reprimir uma rebelião que pedia a instalação de uma junta de governo na província, em 1821. Logo em seguida, porém, cedeu o poder frente a perda de sua legitimidade perante a população (não foram encontradas informações de nascimento e morte).
Emiliano Mundurucu
1791 (Recife) - 1863 (Boston - EUA)
Líder do batalhão dos homens pardos em meio à Confederação do Equador, arquitetou uma revolta racial com planos de assassinar as famílias brancas de Recife.
Evaristo da Veiga
1799 (Rio de Janeiro) - 1837 (Rio de Janeiro)
Jornalista, poeta e político, compôs com dom Pedro 1º o "Hino da Independência". Enquanto ele escreveu a letra, o imperador foi responsável pela criação da música.
Francisco Adolfo de Varnhagen
1816 (Iperó - SP) - 1878 (Viena - Áustria)
Militar, diplomata e, sobretudo, historiador, escreveu "História Geral do Brasil", obra importante de síntese da história do país, e "História da Independência do Brasil", livro póstumo.
Francisco Anastácio
Data e local de nascimento e morte desconhecidos
Negro escravizado, participou das lutas pela Independência na Bahia, onde compôs as forças do Batalhão dos Periquitos.
Francisco de Castro Canto e Mello
1790 (São Paulo) - 1847
Militar, foi ajudante de ordens de dom Pedro 1º na sua viagem do Rio a São Paulo, onde ocorreria a proclamação da Independência. Era irmão da futura marquesa de Santos, amante do imperador. Não foram encontradas informações sobre o local de sua morte.
Francisco Elesbão Pires de Carvalho e Albuquerque
1785 (Mata de São João - BA) - 1856 (Mata de São João - BA)
Feito barão de Jaguaripe por dom Pedro 1º, lutou ao lado das tropas brasileiras durante a Guerra da Independência da Bahia.
Francisco Ignácio de Souza Queiroz
1782 (São Paulo) - 1830 (Porto - Portugal)
Membro do governo provisório de São Paulo à época da Independência, liderou a revolta conhecida como a Bernarda de Francisco Ignácio, que seria apaziguada pelo então príncipe Pedro em setembro de 1822.
Francisco Moniz Tavares
1793 (Recife) - 1876 (Recife)
Político com destaque na Revolução Pernambucana, foi o primeiro brasileiro a discursar nas recém-fundadas cortes de Lisboa, onde falou contra a grande presença militar portuguesa na província de Pernambuco.
Frei Caneca
1779 (Recife) - 1825 (Recife)
Líder e mártir da Confederação do Equador (1824) e jornalista (redator do Typhis Pernambucano). Suas ideias liberais inspiraram o movimento republicano e separatista.
Gama Lobo
1782 - 1857 (São Paulo)
Foi o primeiro comandante da Imperial Guarda de Honra que escoltou dom Pedro 1º na viagem em que a Independência foi proclamada. Não foram encontradas informações precisas sobre o local de seu nascimento.
Georgina de Albuquerque
1885 (Taubaté - SP) - 1962 (Rio de Janeiro)
Uma das primeiras mulheres a se consolidar como artista no Brasil, pintou o quadro "Sessão do Conselho de Estado" (1922), em que aparecem figuras importantes daquele momento, como princesa Leopoldina e José Bonifácio (com o braço estendido).
Gervásio Pires Ferreira
1765 (Recife) - 1838 (Recife)
Comerciante, envolveu-se na Revolução Pernambucana de 1817 e foi presidente da junta que governou a província entre 1821 e 1822.
Gonçalves Ledo
1781 (Cachoeiras de Macacu - RJ) - 1847 (Sumidouro - RJ)
Jornalista e político, foi o fundador do Revérbero Constitucional Fluminense, jornal de orientação liberal que defendeu o projeto nacionalista da Independência.
Hilário Gomes Nogueira
1750 (Baependi - MG) - 1822 (São João Marcos - RJ)
Grande cafeicultor do Vale do Paraíba, declarou apoio a dom Pedro 1º antes de morrer, parceria que fortaleceu o projeto de Independência.
Hipólita Jacinta Teixeira de Mello
1748 (Prados - MG) - 1828 (Prados - MG)
Rica proprietária rural, foi uma das mulheres de destaque da Inconfidência Mineira. Ao saber da prisão de Tiradentes, escreveu um bilhete avisando aos demais conjurados e ordenou o início do levante militar para salvar o movimento.
Hipólito da Costa
1774 (Colônia do Sacramento - hoje Uruguai; na época, colônia da Espanha) - 1823 (Londres)
Um dos pioneiros do jornalismo brasileiro, fundou o Correio Braziliense em 1808. O jornal, impresso em Londres, mas escrito em português, chegou a defender um império luso-brasileiro com sede na América até se tornar partidário da Independência.
Inácio Luís Madeira de Melo
1775 (Chaves - Portugal) - 1833 (Portugal)
Militar português, foi governador de armas e comandou as tropas portuguesas durante a Guerra da Independência na Bahia. Foi derrotado em 2 de julho de 1823.
Jean Baptiste-Debret
1768 (Paris) - 1848 (Paris)
O francês integrou a missão artística que, em 1817, fundou uma academia de artes no Rio de Janeiro. São dele alguns dos principais quadros e gravuras do período, grande parte publicada no livro "Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil" (1834).
Jerônimo Cavalcante de Albuquerque
1799 (Igarassu - PE) - 1843 (Pedra - PE)
Rico proprietário de Maceió, liderou 400 homens armados e depôs, sem resistência, a junta portuguesa que governava Alagoas. Aclamou o então regente Pedro como defensor perpétuo do Brasil.
Joana Angélica
1761 (Salvador) - 1822 (Salvador)
Abadessa do Convento da Lapa, na Bahia, foi morta por soldados portugueses ao tentar impedir a invasão do local. Transformou-se em mártir da fé cristã e da guerra da Independência na Bahia.
João Cândido de Deus e Silva
1787 (Belém) - 1860 (Niterói - RJ)
Um dos líderes do movimento que aclamou dom Pedro 1º no Piauí, iniciando o processo de adesão da província à Independência do Brasil.
João Carlos Oeynhausen Grevembourg
1776 (Lisboa) - 1838 (Moçambique)
Visconde e marquês de Aracati, foi governador das capitanias de Ceará, Mato Grosso e São Paulo. Nesta última, foi opositor do grupo de José Bonifácio e demitido do cargo.
João de Deus Nascimento
1771 (Cachoeira - BA) - 1799 (Salvador)
Alfaiate e um dos líderes da Conjuração Baiana, revolta que defendia a independência da província e a abolição da escravatura.
João Guilherme Ratcliff
1776 (Porto - Portugal) - 1825 (Recife)
Político luso-brasileiro, foi um dos líderes da Confederação do Equador, revolução de orientação republicana. Foi condenado à morte.
João José da Cunha Fidié
Final do século 18 (Portugal) - 1856 (Lisboa)
Foi nomeado governador de armas do Piauí em 1821 para manter a relação que a província tinha com Portugal. Venceu a Batalha do Jenipapo, um dos episódios mas sangrentos da guerra da Independência, mas foi rendido alguns meses depois.
João Ribeiro
1766 (Tracunhaém - PE) - 1817 (Olinda - PE)
O padre foi um dos líderes da Revolução Pernambucana (1817) e criador da bandeira que hoje é símbolo do Estado de Pernambuco.
João Soares Lisboa
1786 (Porto - Portugal) - 1824 (Recife)
Foi editor e redator do Correio do Rio de Janeiro, jornal de orientação liberal que divulgava ideias em defesa de um regime monárquico com princípios republicanos. Foi perseguido por isso.
Joaquim Dias Martins
Padre, é o autor da obra "Os Mártires Pernambucanos", manuscrito de 1823 com pequenas biografias das pessoas que participaram da Guerra dos Mascates (1710) e da Revolução Pernambucana (1817). Não foram encontradas informações sobre seu nascimento e sua morte.
Joaquim Inácio de Siqueira Bulcão
1768 (São Francisco do Conde - BA) - 1829 (São Francisco do Conde - BA)
Capitão da da Vila de São Francisco, incitou a aclamação da regência do então príncipe Pedro na região, além de ter colaborado com as tropas brasileiras durante as batalhas pela Independência na província.
Joaquim Silvério dos Reis
1756 (Leiria - Portugal) - 1819 (São Luís)
Coronel da cavalaria e fazendeiro, foi um dos mais famosos delatores da Inconfidência Mineira, escrevendo sobre a existência do movimento ao governador de Minas Gerais.
Johann Moritz Rugendas
1802 (Ausburgo - Alemanha) - 1858 (Weilheim an der Teck - Alemanha)
Pintor alemão, visitou o Brasil em 1821, quando tinha 19 anos, e posteriormente publicou "Viagem Pitoresca através do Brasil" (1835). A obra reúne gravuras e ilustrações do período.
Jorge de Avilez
1785 (Portalegre - Portugal) - 1845 (Lisboa)
General português que protagonizou uma revolta contra o então príncipe regente Pedro como reação à sua decisão de ficar no país, contrariando Lisboa. O motim foi derrotado e o militar se rendeu.
José Antônio Braklamy
1780 (Lagos - Portugal) - 1847 (Lisboa)
Jurista português, foi deposto da administração da província alagoana num movimento de insurgência contra a metrópole.
José Antônio Caldas
1787 (Marechal Deodoro - AL) - 1850 (Niterói - RJ)
Sacerdote e político, representou a província do Alagoas na Assembleia Constituinte de 1823. Com a dissolução da Assembleia por dom Pedro 1º, voltou ao Nordeste e se juntou à Confederação do Equador.
José Bonifácio de Andrada e Silva
1763 (Santos - SP) - 1838 (Niterói - RJ)
Hoje reconhecido como patrono da Independência do Brasil por conduzir as articulações políticas que levou à separação do Brasil de Portugal. Foi ministro de dom Pedro 1º.
José da Santíssima Trindade
1762 (Porto - Portugal) - 1835 (Mariana - MG)
Bispo de Mariana à época da viagem de dom Pedro 1º por Minas Gerais, declarou apoio ao projeto de Independência monarquista do então príncipe, frente às proposições federalistas e republicanas que surgiam.
José de Barros Falcão de Lacerda
1775 (Recife) - 1851 (Recife)
Comandante militar, envolveu-se na Revolução Pernambucana (1817) e na Confederação do Equador (1824), além de ter comandado forças brasileiras na Batalha de Pirajá, durante a guerra da Independência na Bahia.
José de Barros Lima
1764 (Recife) - 1817 (Recife)
Conhecido como o "leão coroado", foi um militar e revolucionário pernambucano. Em 1817, resistiu a uma voz de prisão e matou o comandante Barbosa de Castro com um golpe de espada, estopim da Revolução Pernambucana.
José Martiniano de Alencar
1794 (Crato - CE) - 1877 (Rio de Janeiro)
Escritor e político brasileiro, tomou parte da Revolução Pernambucana (1817) e da Confederação do Equador (1824) ao lado da mãe e dos irmãos. É pai do escritor José de Alencar.
José Pereira Filgueiras
1758 (Campos de Cachoeira - BA) - 1825-1830 (Minas Gerais)
Conhecido como "Napoleão das Matas", o militar lutou contra a Revolução Pernambucana de 1817 e colaborou nas lutas contra tropas leais aos portugueses no nordeste do território.
Lino Coutinho
1784 (Salvador) - 1836 (Salvador)
Médico e político, foi deputado pela Bahia nas cortes de Lisboa. Em meio à guerra pela Independência na Bahia, recusou-se a jurar a Constituição Política da Monarquia Portuguesa e fugiu para Falmouth, na Inglaterra.
Lucas Dantas Amorim Torres
1774 (Salvador) - 1799 (Salvador)
Marceneiro e militar, foi um dos líderes da Conjuração Baiana, movimento de caráter separatista e republicano. Via nessa forma de governo a garantia de direitos iguais para pardos, pretos e brancos.
Luís do Rego Barreto
1777 (Viana do Castelo - Portugal) - 1840 (Vila Real - Portugal)
Militar português que se notabilizou no combate às invasões napoleônicas na Europa. No Brasil, participou da repressão à Revolução Pernambucana e assumiu o governo da província entre 1817 e 1821.
Luís Duprat
1801 (Lisboa) - 1843 (Lisboa)
Advogado, liderou o motim em abril de 1821 na Praça do Comércio, Rio de Janeiro, a fim de tentar evitar o retorno do rei dom João 6º a Portugal.
Luís Gonzaga das Virgens
1761 (Salvador) - 1799 (Salvador)
Soldado que participou da revolta popular reconhecida como Conjuração Baiana. Por conta de seu envolvimento, foi enforcado pela Coroa Portuguesa.
Luís Rodrigues Chaves
Comandante das tropas brasileiras durante a Batalha do Jenipapo, importante momento da guerra pela Independência no Piauí. O Exército era formado por piauienses, maranhenses e cearenses com pouca experiência e armados com foices, facões e velhas espingardas. Chaves foi natural do Ceará, mas não foram encontradas informações precisas sobre a data de seu nascimento e morte.
Major do Sinimbu
1792 (São Miguel dos Campos - AL) - 1862 (São Miguel dos Campos - AL)
Francisco Federico Vieira Rocha era filho de Ana Lins e de Manoel Vieira Dantas, tendo tomado parte nas revoluções de Pernambuco (1817) e da Confederação do Equador (1824).
Manoel de Carvalho Pais de Andrade
1774 (Pernambuco) - 1855 (Rio de Janeiro)
Político e revolucionário, proclamou a Confederação do Equador em 1824, enquanto presidia a província de Pernambuco. Ficou no exílio em Londres com a derrota do movimento.
Manoel Soledade
Data desconhecida - 1822 (Cachoeira - BA)
Intelectual negro, foi ferido durante as lutas pela Independência na cidade baiana de Cachoeira. A tradição oral conta que ele teria sido responsável por motivar as tropas brasileiras com o toque de tambor e morrido sobre o instrumento.
Manoel Vieira Dantas
1769 (Penedo - AL) - 1850 (São Miguel dos Campos - AL)
Senhor de engenho, tomou parte da Revolução Pernambucana (1817) e da Confederação do Equador (1824), tentando efetivar uma república no Nordeste.
Manuel Faustino dos Santos
1775 (Santo Amaro - BA) - 1799 (Salvador)
O alfaiete foi um dos líderes da Conjuração Baiana, também conhecida como Revolta dos Alfaiates. Foi detido e condenado à morte pela Coroa.
Manuel Ignácio de Sampaio
1778 (Portugal) - 1856
Governador-geral da capitania do Ceará entre 1812 e 1820, enfrentou as revoltas populares decorrentes da Revolução Pernambucana de 1817 na região. Não foram encontradas informações sobre o local de sua morte.
Manuel Marcondes de Oliveira Melo
1780 (Pindamonhangaba - SP) - 1863 (Pindamonhangaba - SP)
Primeiro barão de Pindamonhangaba, o militar fez parte da comitiva de dom Pedro 1º na viagem de Santos a São Paulo, quando ocorreu o Grito do Ipiranga.
Marcos de Noronha e Brito
1771 (Lisboa) - 1828 (Lisboa)
Último vice-rei antes da mudança da sede da metrópole para o Rio de Janeiro, foi transferido para a Bahia quando a família real portuguesa aportou no Brasil. Lá, atuou na repressão à Revolução Pernambucana de 1817.
Marechal Saldanha
1790 (Lisboa) - 1876 (Londres)
João Carlos de Saldanha Oliveira e Daun foi o último governador e capitão-geral da capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul. Por sua lealdade a dom João 6º, sofreu tentativas de deposição. Pediu demissão em agosto de 1822 e voltou a Portugal.
Maria 1ª de Portugal
1734 (Lisboa) - 1816 (Rio de Janeiro)
Avó de dom Pedro 1º, foi a rainha de Portugal na época da Inconfidência Mineira e da Conjuração Baiana, atuando na repressão aos dois movimentos. Ficou conhecida como Maria, a Louca.
Maria Clemência da Silveira Sampaio
1789 (Rio Grande - RS) - 1862 (Rio Grande - RS)
Poetisa, declamou versos comemorando a coroação de dom Pedro 1º, ao mesmo tempo em que reivindicava questões para a província de São Pedro do Rio Grande do Sul. O poema foi publicado com o título "Versos Heroicos" pela Imprensa Nacional do Rio de Janeiro em 1823.
Maria Doroteia Joaquina de Seixas Brandão
1767 (Ouro Preto - MG) - 1853 (Ouro Preto - MG)
Uma das mulheres envolvidas na Inconfidência Mineira, foi noiva de Tomás Antônio Gonzaga. Há quem diga que ela é a Marília idealizada nos versos da obra "Marília de Dirceu".
Maria Felipa de Oliveira
Por volta de 1799 (Itaparica - BA) - 1873 (Itaparica - BA)
Negra, marisqueira e símbolo de resistência da guerra da Independência na Bahia, liderou um grupo de mulheres que ateou fogo em navios portugueses na Ilha de Itaparica.
Maria Graham
1785 (Cumberland - Inglaterra) - 1842 (Londres)
Amiga de Leopoldina. Pintora, escritora e historiadora britânica, narrou os acontecimentos políticos dos anos da Independência do Brasil em seus diários.
Maria Leopoldina
1797 Viena (Áustria) - 1826 Rio de Janeiro
Primeira esposa de dom Pedro 1º, era a princesa regente no momento do grito do Ipiranga, colaborando para que as graves notícias de Lisboa alcançassem o príncipe a tempo. Teve forte influência no processo político da emancipação do Brasil.
Maria Quitéria de Jesus
1792 (Feira de Santana - BA) - 1853 (Salvador)
Combatente nas batalhas pela Independência na Bahia, vestiu-se de homem para se alistar no Batalhão dos Periquitos. Após a guerra, foi condecorada com a Imperial Ordem do Cruzeiro.
Marquês de Barbacena
1772 (Mariana - MG) - 1842 (Rio de Janeiro)
Felisberto Caldeira Brant, como era seu nome, foi o diplomata que atuou na costura do Tratado do Rio de Janeiro (1825), em que Portugal reconhece a Independência do Brasil.
Marquês de Olinda
1793 Sirinhaém (PE) - 1870 (Rio de Janeiro)
Pedro de Araújo Lima foi um dos políticos brasileiros que participaram das cortes de Lisboa. Fez ainda parte da Assembleia Constituinte de 1823 e de ministérios do Império.
Martim Francisco Ribeiro de Andrada
1775 (Santos - SP) - 1844 (Santos - SP)
Irmão de José Bonifácio, apoiou o movimento da Independência e colaborou para a articulação da causa de dom Pedro 1º na província de São Paulo.
Natividade Saldanha
1796 (Jaboatão dos Guararapes - PE) - 1830 (Santa Fé de Bogotá - Bolívia)
Advogado e político, foi secretário do governo de Manoel de Carvalho Pais de Andrade, instituído pela Confederação do Equador, em Recife. Fugiu para o exílio a fim de evitar a repressão.
Padre Mororó
1774 (Groaíras - CE) - 1825 (Fortaleza)
Participou da Confederação do Equador, na qual foi morto. Suas ideias, publicadas no Diário do Governo do Ceará, prezavam pela consolidação de um Nordeste independente.
Padre Roma
1768 (Recife) - 1817 (Salvador)
José Inácio Ribeiro de Abreu e Lima foi um dos líderes da Revolução Pernambucana de 1817. Foi preso e condenado à morte por fuzilamento.
Pedro Américo
1843 (Areia - PA) - 1905 (Florença - Itália)
Um dos mais importantes pintores brasileiros do séc. 19, além de poeta, cientista e político. Em 1888, pintou "Independência ou Morte", até hoje a principal (e mais controversa) representação do grito do Ipiranga.
Pedro da Silva Pedroso
1770 (Recife) - 1849 (Rio de Janeiro)
Revolucionário pernambucano conhecido como "pardo de Recife", foi o líder da Pedrosada, movimento que depôs a junta governativa da cidade e instituiu um breve governo de fortes conotações raciais.
Pierre Labatut
1776 (Cannes - França) - 1849 (Salvador)
Militar francês, foi contratado por dom Pedro 1º e por José Bonifácio para organizar o chamado Exército Pacificador, que lutou contra portugueses na Bahia. Sua violência inspirou, no Nordeste, a lenda do Monstro Labatut.
Sebastião Drago Valente de Brito Cabreira
1763 (Faro - Portugal) - 1833 (Porto - Portugal)
Oficial do exército português, participou da Revolução do Porto, de caráter liberal, e foi vice-presidente da junta governativa que administrou o reino de Portugal.
Sebastião Francisco de Melo e Póvoas
1775 (Lumiar - Portugal) - 1830 (Lisboa)
Foi o governador escolhido por dom João 6º para apaziguar a capitania de Alagoas, que havia acabado de ser desmembrada de Pernambuco, e representou a região nas cortes de Lisboa.
Sepé Tiaraju
1723 (São Luiz Gonzaga - RS) - 1756 (São Luiz Gonzaga - RS)
Guerreiro indígena guarani, é relembrado pelo fato de, no século 18, ter enfrentado portugueses e espanhóis pela liberdade das terras no sul do território.
Simplício Dias da Silva
1773 (Parnaíba - PI) - 1829 (Parnaíba - PI)
Rico proprietário do Piauí, foi um dos líderes do movimento que, na vila de Parnaíba, declarou apoio ao projeto de Independência de dom Pedro 1º. Num segundo momento, quando convidado a assumir o governo da província, recusou-se por não querer servir à monarquia autoritária do imperador.
Thomas Cochrane
1775 (Hamilton - Escócia) - 1860 (Londres)
Almirante com experiência nas guerras napoleônicas, foi contratado por dom Pedro 1º para garantir a vitória durante a guerras da Independência do Brasil. É tido como herói por alguns e como saqueador por outros.
Tiradentes
1746 (Ritápolis - MG) - 1792 (Rio de Janeiro)
Joaquim José da Silva Xavier foi um dos líderes da Inconfidência Mineira, conspiração separatista de orientação republicana. Foi o único conspirador condenado à morte pela Coroa Portuguesa, sendo enforcado e tendo o corpo esquartejado.
Tomás Antônio Gonzaga
1744 (Porto - Portugal) - 1810 (Ilha de Moçambique - Moçambique)
Jurista, poeta e ativista na Inconfidência Mineira. É autor de "Marília de Dirceu", um dos clássicos da literatura brasileira.
Tristão Gonçalves
1789 (Crato - CE) - 1825 (Jaguaretama - CE)
Filho de Bárbara de Alencar, proclamou a República do Crato no contexto da Revolução Pernambucana de 1817 e foi presidente da província do Ceará durante a Confederação do Equador (1824). Morreu em combate pelo movimento.
Urânia Vanério
1811 (Salvador) - 1849 (Salvador)
Aos 10 anos, escreveu "Lamentos de uma Baiana" (1822), um dos principais panfletos políticos a favor da independência no contexto da guerra que opôs portugueses e brasileiros na Bahia.
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