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16/01/2011 - 08h00

A arte concreta de Judith Lauand

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MARCELO MARANINCHI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A artista plástica Judith Lauand é homenageada em exposição que conta com mais de 100 obras, provenientes de coleções do Brasil e do exterior. A mostra traz telas do período em que Lauand aderiu ao movimento concretista, ainda nos anos 50, e trabalhos posteriores, como colagens, aplicações e suas famosas tramas em xadrez.

Leia entrevista com o curador, Celso Fioravante, e clique aqui para ver uma galeria com obras da exposição.

Folha - Como foi feito o recorte da exposição?

Celso Fioravante - A mostra apresenta 111 obras selecionadas entre mais de 600, pesquisadas em cerca de 50 coleções brasileiras e internacionais. A seleção começa em 1954 --ano em que a artista adere ao concretismo e passa a fazer parte do Grupo Ruptura, além de realizar sua primeira mostra individual e ser premiada no Salão Paulista de Arte Moderna-- e vai até o final dos anos 70, década em que sua pintura volta a ser construtiva, mas não mais concretista ortodoxa e sim tomada de uma liberdade maior no desenho, na composição e na seleção de cores.

Quais os materiais predominantes?

A mostra apresenta de tudo um pouco: pinturas em esmalte, têmpera, óleo e acrílica, desenhos em guache e nanquim, xilogravuras, tapeçarias, colagens, bordados e esculturas. Mas a pintura é o dominante.

Quais são os destaques?

Não há destaques. É um panorama amplo e complexo da produção da artista. Mas vale ressaltar o retorno da obra que pertencia ao acervo de Adolpho Leirner e que hoje está no Museu de Belas Artes de Houston (EUA).

Como você avalia a importância de Lauand?

O valor dela está ligado a toda a produção artística brasileira da segunda metade do século 20, da qual foi uma das mais importantes expoentes, apesar de sua pouca visibilidade. Se a história fosse correta, hoje Judith estaria entre as principais artistas do país. Ela foi uma heroína no circuito de arte em um momento em que o circuito sequer existia. Viveu de sua produção artística e acompanhou todos os movimentos artísticos desse período, e não apenas o concretismo. Ela foi pop, política, feminista, lutou pelo fortalecimento do mercado de arte e nunca abandonou seu objetivo maior, que era ser artista.

Serviço:
Exposição "Judith Lauand: Experiências"
De 20 de janeiro a 3 de abril
Museu de Arte Moderna de São Paulo
Endereço: Parque do Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - Portão 3)
Horários: Terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h)
ENTRADA FRANCA

 

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