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08/03/2012 - 13h03

Conab reduz previsão de safra de soja; eleva milho

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DA REUTERS

A estimativa para a safra de soja 2011/12 do Brasil foi rebaixada em março para 68,75 milhões de toneladas, contra 69,23 milhões de toneladas previstas no relatório de fevereiro, apontou levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado nesta quinta-feira.

A redução reflete as condições climáticas adversas, após a estiagem que afetou os principais Estados produtores da região Sul do país, e também parte da região Sudeste e o sudoeste de Mato Grosso do Sul.

"A gravidade climática afetou principalmente as lavouras de milho e soja no Rio Grande do Sul e no Paraná, uma vez que se encontram predominantemente nas fases críticas de floração e frutificação", informou a Conab.

Na temporada passada, o Brasil, segundo produtor global da oleaginosa, colheu um recorde de 75,32 milhões de toneladas, segundo a Conab.

A estatal estimou a exportação da oleaginosa neste ano-safra em 31,8 milhões de toneladas, contra as 32,4 milhões de toneladas embarcadas no ciclo anterior.

A retração no número para exportação de soja é a primeira em pelo menos cinco safras. O relatório da estatal mostra que desde 2006/07, o volume embarcado vinha crescendo gradativamente.

MILHO

A projeção para a safra total de milho foi elevada a um recorde de 61,7 milhões de toneladas, ante as 60,83 milhões de toneladas estimadas no último relatório.

"O incremento se deve à recuperação de parte da lavoura do milho de primeira safra e do crescimento do milho segunda safra", informou no relatório.

Apesar da quebra de safra no Sul, o Brasil terá uma colheita de verão praticamente estável ante a temporada passada, em 35,9 milhões de toneladas, em função de um aumento de área plantada de 9 por cento ante 2010/11.

A estimativa de produção na segunda safra de milho, em fase de plantio, ficou em 25,8 milhões de toneladas, ligeiramente acima das 25,79 milhão de toneladas previstas em fevereiro. A projeção representa um incremento de 20 por cento na safrinha nesta temporada, em relação ao ano-safra anterior.

A área plantada com milho segunda safra é prevista com incremento de 14 por cento ante 10/11, para 6,7 milhões de hectares.

"O aumento significativo na área semeada está relacionado à conjuntura atual do milho que tem mercado comprador praticando preços atraentes e a queda da produção no Sul do país, principalmente no Rio Grande do Sul", explica a estatal.

A Conab prevê um aumento de produtividade para o milho segunda safra de 5,2 por cento, para 3.838 quilos por hectare, fruto dos investimentos em híbridos de alta tecnologia e em maquinário.

O relatório aponta que o clima está favorável para o milho na maior parte do Centro-Oeste, líder na produção de safrinha, com chuvas em regime satisfatório para o desenvolvimento da cultura.

Contudo, a estatal alerta que o Instituto Nacional de Metereologia (Inmet) ainda prevê chuvas abaixo da média para o próximo trimestre para a região Sul, com perspectiva de má distribuição das precipitações.

A projeção para o algodão ficou estável em 2 milhões de toneladas ante o relatório de fevereiro. No ciclo anterior, o Brasil produziu 1,95 milhão de toneladas da pluma.

A estimativa para o trigo ficou estável em 5,79 milhões de toneladas, contra as 5,88 milhões de toneladas produzidas em 2010/11.

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