Sem Eike Batista, empresa de energia MPX deve tirar letra X do nome
A MPX quer trocar o nome e abandonar o X, o grupo EBX e Eike Batista.
O empresário, hoje considerado "tóxico" pelo mercado, deve deixar o conselho da empresa. A Folha apurou que Eike pretende em breve vender a participação que ainda lhe resta na termelétrica.
Eike põe mineradora e termelétrica à venda para pagar dívidas
Ontem à noite estava sendo preparado um fato relevante da MPX. Nesse documento, a empresa anunciaria um aumento de capital de cerca de R$ 800 milhões, abaixo do R$ 1,2 bilhão previsto inicialmente.
O aumento de capital é condição necessária para a alemã E.ON concluir a compra de 24,5% da participação de Eike na empresa, elevando sua própria fatia para 36,2%. A expectativa é que E.ON e BNDES subscrevam papeis na oferta, o que elevaria a participação dos alemães ainda mais.
Na concepção original do negócio, o banco BTG faria oferta firme de compra das ações a R$ 10 para viabilizar o aumento da fatia da E.ON.
Mas o BTG não deve cumprir a garantia, e a negociação deve sair a preço de mercado. A ação da MPX fechou ontem a R$ 6,45.
Com a operação, o BTG praticamente resolveria o problema de sua própria exposição ao grupo EBX. O banco tem cerca de R$ 650 milhões em empréstimos para as empresas X, mas a maior parte é para a MPX.
ESTALEIRO
Procuradas, a holding EBX e outras empresas do grupo não se manifestaram. Por meio de nota, a OSX diz que "não confirma o fechamento do estaleiro do Açu" (RJ) e que o projeto segue em fases.
A empresa confirmou ainda que está vendendo uma de suas plataformas de petróleo, mas negou que outra esteja à venda, afirmando que ela segue alugada para a OGX.
Segundo a Folha apurou, o BTG tentou vender uma fatia da OSX para duas empresas estrangeiras, mas o negócio não foi para a frente.
Eike e André Esteves, sócio do BTG, engajaram-se para avançar na negociação com a Petrobras para a empresa de investimentos em petróleo Sete Brasil entrar como sócia, mas não tiveram sucesso.
Para executivos da OSX, seria a única chance de evitar o fechamento do estaleiro.
A petroleira OGX informou em comunicado ao mercado ontem que tem condições de honrar seus compromissos de médio prazo, apesar de um desembolso iminente de US$ 449 milhões para a OSX.
A OGX é alvo de investigação da CVM sobre irregularidade nas informações ao mercado.
(RAQUEL LANDIM, RENATA AGOSTINI, DENISE LUNA E MARIANA SALLOWICZ)
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Calculadoras
O Brasil que dá certo
s.o.s. consumidor
folhainvest
Indicadores
Atualizado em 27/03/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | +0,65% | 127.691 | (17h39) |
Dolar Com. | -0,06% | R$ 4,9798 | (17h00) |
Euro | -0,10% | R$ 5,3954 | (17h31) |