Caixa sobe em 175% taxa de avaliação de imóvel para financiamento
Luiz Carlos Murauskas/Folhapress | ||
Feirão de imóveis da Caixa Economica Federal em abril em São Paulo |
A Caixa Econômica Federal aumentou de R$ 800 para R$ 2.200 a tarifa cobrada pela avaliação de imóveis para o financiamento da casa própria. O aumento de 175% começou a valer na quarta-feira da semana passada, de acordo com informações do banco.
A tarifa é cobrada do cliente que vai financiar um imóvel, novo ou usado, com recurso da poupança, pelo SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). Nessa avaliação, é verificado se o valor do imóvel é coerente com os preços praticados no mercado.
A Caixa informou que elevou a tarifa porque o preço estava defasado em relação ao que é cobrado por outros bancos. "Os valores vigentes na Caixa estavam muito defasados e em grande falta de sintonia com o mercado, que já estava praticando tarifas na ordem de R$ 2.500", disse o banco, em nota.
Editoria de arte/Folhapress |
No caso de imóveis financiados pelo programa Minha Casa, Minha Vida, nas faixas 2 e 3, ou com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), não houve alteração de valor.
De acordo com a Caixa, para os imóveis comprados através desses programas, a tarifa cobrada é de 1,5% sobre o valor total do financiamento imobiliário.
O Bradesco informou que elevou o valor da tarifa de avaliação em janeiro deste ano, para R$ 2.500. O banco não revelou quanto era cobrado até o final de 2014. Itaú, HSBC, Santander e Banco do Brasil foram consultados, mas não informaram quanto cobram pela avaliação dos imóveis financiados.
JUROS EM ALTA
Em abril, a Caixa subiu, pela segunda vez desde o início deste ano, os juros para a compra da casa própria em financiamentos que usam recursos da caderneta de poupança. Um cliente do banco que contrata um financiamento hoje paga 9,30% de juros ao ano. Até 10 de abril, eram 9%.
Além disso, a instituição reduziu o valor que empresta para a compra de imóveis usados. Antes, era possível financiar até 80% do valor do imóvel. Agora, o limite caiu para 50%. Com isso, o comprador precisa ter a outra metade para pagar a entrada e financiar o restante.
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