Por R$ 725 mi, Abril Educação compra operação da Saraiva no setor de ensino
Fabio Teixeira/Folhapress | ||
Abril Educação adquire 100% da operação de educação da Saraiva |
"O que nos levou a avançar na transação foram pontos como o reforço da nossa presença em escolas, que é parte do objetivo da Abril Educação, e cada vez mais desenvolver relação próxima com donos de escolas, professores, alunos, famílias e gestores Eduardo Mufarrej, presidente da Abril Educação
Um dos principais competidores do mercado editorial e do varejo de conteúdo brasileiro, o grupo Saraiva vendeu seus negócios de educação para a Abril Educação.
Em uma transação avaliada em R$ 725 milhões, a Abril Educação anunciou nesta quinta-feira (18) a aquisição de 100% da operação da Saraiva Educação, braço do grupo formado por selos como Atual, Benvirá, Editora Saraiva, Editora Érica e sistema de ensino Ético.
A operação abrange o catálogo de livros didáticos, paradidáticos, universitários, jurídicos, ficção e não ficção.
"O que nos levou a avançar na transação foram pontos como o reforço da nossa presença em escolas, que é parte do objetivo da Abril Educação, e cada vez mais desenvolver relação muito próxima com donos de escolas, professores, alunos, famílias e gestores", disse o presidente da Abril Educação, Eduardo Mufarrej, .
Com marcas como Wise Up, Red Balloon e Anglo, a companhia já atua nos setores de editoras, escolas e sistemas de ensino básico e técnico, cursos preparatórios para concursos, ensino a distância e idiomas.
Atualmente, a empresa atende, com produtos ou serviços, mais de 130 mil escolas e cerca de 30 milhões de alunos no país.
A meta, segundo Mufarrej, é aproveitar os portfólios complementares para alcançar "atuação mais relevante em todos os segmentos da educação nacional".
Em fevereiro, o Grupo Abril vendeu a totalidade das ações da Abril Educação para fundos de investimento da gestora Tarpon, em uma operação avaliada em R$ 1,3 bilhão.
Analistas avaliam que o interesse da Abril Educação é crescer, com a venda de livros e serviços, em regiões que no futuro terão maior direcionamento de recursos do governo para educação.
"Ela já é forte em sistemas de ensino no Sudeste. Agora, a marca Ético, que é forte no Nordeste, pode ajudá-la a alcançar a região, onde ela vinha tendo dificuldade de crescer. O Norte também ficará mais acessível", afirma Gabriela Cortez, analista do BB Investimentos.
VAREJO
As áreas de varejo e comércio eletrônico da Saraiva não entraram no negócio. Segundo a empresa (com mais de cem lojas), a transação permitirá "maior foco nas operações de varejo".
Para Tales Paes, analista do Banco Fator, dentre os dois segmentos de atuação da Saraiva (varejo e educação), o segundo talvez seja mais promissor, porque o varejo de livros enfrenta desafios maiores, como o comércio eletrônico e a mudança de hábitos para a leitura digital.
"A editora é um segmento melhor, mas a transação veio como uma boa forma de resolver o problema de alavancagem da companhia, que era alta. Vinha ficando mais difícil fazer a rolagem da dívida, principalmente com a alta dos juros."
O acordo ainda está sujeito à aprovação do Cade.
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