Reabertura do aeroporto da Pampulha para jatos é complicada, diz ministro
Para o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, a reabertura do aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, para jatos resultará um "sentimento de perda" às empresas que assumiram a concessão do aeroporto de Confins, localizado a cerca de 40 quilômetros da capital mineira.
Segundo ele, apesar de não haver impedimentos legais para a liberação de pousos e decolagens de aviões de grande porte no local, o governo precisa avaliar o impacto da decisão num momento em que planeja leiloar quatro novos aeroportos.
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A autorização para que Pampulha volte a operar jatos está sendo estudada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
"Temos de dar aos nossos parceiros a segurança e a confiança de que o investimento dele vai ter, no prazo previsto, a retribuição [esperada]. Concordo que ele resolveu assumir o risco. Mas, estamos vivendo, sob o ponto de vista econômico, um momento diferenciado. Então, me parece que o governo deve politicamente se posicionar", afirmou nesta quarta-feira (25) durante seminário Fórum Infraestrutura de Transporte, promovido pela Folha.
Desde 2007, o aeroporto de Pampulha está fechado para aviões de grande porte. A superintendente de regulação econômica de aeroportos da Anac, Clarissa de Barros, afirmou nesta terça (24) que a proibição ocorreu devido aos ruídos provocados na cidade.
Segundo ela, não há restrições técnicas para a operação, nem desrespeito contratual. "Os aeroportos estão em um ambiente concorrencial, criado para incentivar os terminais a desenvolver novos modelos de negócios, oferecer melhores serviços a tarifas mais baixas", disse durante primeiro dia de debates no seminário Fórum Infraestrutura de Transporte.
CONFLITO
Para a CCR, que administra o aeroporto de Confins, a demanda por voos em Belo Horizonte não justifica a reabertura de Pampulha para aviões de maior porte.
Até o fim de 2016, a empresa vai terminar as obras de expansão do terminal 2 em Confins, duplicando a capacidade de movimentação de passageiros para 22 milhões por ano.
"Vamos ter ociosidade em Confins", disse Ricardo Bisordi de Oliveira Lima, diretor de negócios de Aeroportos da CCR, que também participou do evento.
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